Política
Amorim dá nome aos bois na comissão que fiscaliza empréstimos do BNDES
Quarta-feira, 17 Dezembro de 2008 - 16:09 | Assessoria
Apesar dessa contradição, afirma o deputado, o BNDES anunciou na semana passada que vai injetar R$ 450 milhões no grupo Independência, uma holding familiar que detêm 100% de um dos maiores frigoríficos do País. Esse aporte será feito em duas etapas, com o repasse de R$ 250 milhões de imediato (nesse mês) e R$ 200 milhões em janeiro próximo.
O parlamentar também fez relato, na tribuna da Câmara, desse favorecimento que, segundo ele, vem desde os anos 70, e elencou um total de 66 conglomerados maioria multinacional - beneficiados. Enquanto isso falta financiamento para os pequenos produtores rurais, principalmente em Rondônia, que são submetidos a todos os rigores de uma legislação bancária que lhes exigem todos os tipos de garantias, e que na maioria das vezes torna inviáveis as suas operações de financiamento para plantio e colheita, comparou.
Apesar dessa contradição, afirma o deputado, o BNDES anunciou na semana passada que vai injetar R$ 450 milhões no grupo Independência, uma holding familiar que detêm 100% de um dos maiores frigoríficos do País. Esse aporte será feito em duas etapas, com o repasse de R$ 250 milhões de imediato (nesse mês) e R$ 200 milhões em janeiro próximo.
Segundo Amorim, esse aporte de capital será usado para pagar dividas, aumento de capital de giro e se sobrar algum, para aumento da produtividade, e não prevê nada sobre aumento e geração de empregos, que é umas das metas principais do BNDES.
É exatamente essa caixa preta que o meu requerimento de fiscalização visa, pois a Operação Santa Teresa da Policia Federal em seu relatório numero 10, afirma que os presos pela operação tinham um contato estreito com a cúpula do BNDES, que pleiteavam um financiamento no valor de um bilhão de reais para construção de rodovias no Peru e Argentina. Esses mesmos lobistas presos pela operação Santa Teresa, agenciavam um empréstimo de 300 milhões para o Frigorífico Friboi e 126 milhões de reais para a Prefeitura de Praia Grande (SP). Esses fatos, em se tratando de dinheiro do trabalhador, já são suficientes, até mesmo para uma CPI, atesta Amorim.