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Política

Carlos Magno expõe situação de comunidades indígenas a secretário

Quarta-feira, 21 Março de 2012 - 10:15 | Assessoria


Na tarde desta terça-feira (20), o deputado federal Carlos Magno (PP-RO) visitou o secretário especial de saúde indígena, Antonio Alves de Souza para conhecer de perto o trabalho da Secretaria e expor a atual situação dos índios no estado de Rondônia, que estão a cada dia mais desamparados e sofrendo inclusive falta de assistência básica, segundo o parlamentar.



O progressista comentou ainda que os funcionários que atuam nas áreas que oferecem suporte no setor da saúde para os indígenas são poucos e estão sem estímulo para atuar de forma ativa, inclusive por restrições de espaço físico que não são adequados.

Magno indagou diferentes questões sobre a saúde do índio que no caso particular de Rondônia se encontra com várias deficiências, tanto no atendimento emergencial quanto na continuidade de tratamento, que segundo o parlamentar é o que mais lhe preocupa “é lamentável saber que o dentista é obrigado a extrair o dente do paciente na tribo porque não tem condições de realizar o tratamento” lamentou Carlos Magno.
O secretário fez algumas colocações sobre os costumes dos indígenas que em diversas aldeias estão passando por alterações e que devido à nova vivência está prejudicando a saúde do índio, pois, com o consumo do sal, do açúcar e demais alimentos, por exemplo, está desenvolvendo doenças como a hipertensão e diabetes e que esta adaptação precisa ser acompanhada por profissionais da saúde para que o uso adequado passe a ser aplicado e não prejudique a saúde dos povos que vivem nas aldeias.

Antonio de Souza comentou ainda que o índio não tem um acompanhamento de saúde adequado, inclusive por conta da distância que dificulta o acesso dos profissionais que em alguns casos levam até 12 horas para chegar ao polo base de determinadas aldeias, em barcos. O secretário explicou também que algumas questões relacionadas à saúde e bem estar dos índios não são necessariamente questões físicas, mas culturais, como os suicídios e que é importante preservar os profissionais da saúde que pertencem aos grupos indígenas para que haja troca de informação em relação aos costumes, até porque para os índios os pajés são autoridades no quesito saúde e sendo assim, esclareceu a inviabilidade de contratar todos os profissionais da área com o propósito de atender esta população, por meio de concurso público.

Ao final da reunião o secretário especial de saúde indígena, informou que os contratos são realizados por meio de convênios contratados por 12 meses podendo ser prorrogados por 60 meses e que a Secretaria está levantando informações sobre a realidade de acesso às aldeias tanto no período de cheia dos rios quanto de baixa para que o planejamento seja traçado conforme as possibilidades. A palavra consenso foi bastante utilizada durante a reunião por ambos e estabelecida como principal iniciativa para construir um planejamento de atividades onde todos possam sair ganhando, afinal o índio precisa de terra e tem que ser produtiva, pois, sem terra produtiva a questão acaba se tornando um problema de saúde nacional.
Rondoniagora.com

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