Deputados estaduais lamentam resultado da PEC da Transposição

Os deputados estaduais usaram a tribuna da Casa de Leis na tarde de terça-feira (07), para falar da insatisfação e decepção do povo de Rondônia ao receber o parecer da Advocacia Geral da União sobre a transposição dos servidores públicos de Rondônia para o quadro da União, que beneficia apenas o funcionalismo admitido até a data de posse do primeiro governador eleito do estado, 15 de março de 1987, permanecendo todos com os salários pagos hoje pelo Estado.

Para o deputado Follador o resultado do parecer é uma grande frustração para os servidores públicos estaduais de Rondônia. “Conheço pessoas que aguardam há 3,4 anos para ser aposentar esperando os benefícios da transposição, que infelizmente não veio. Será que juridicamente o Senado e a Câmara dos Deputados não tinham pessoas competentes para dar esse parecer a muito tempo, pois fomos enrolados, iludidos a espera tanto tempo para hoje termos uma noticias dessa que não agrada nossos servidores, não agrada o estado de Rondônia”, desabafou.

O deputado Luizinho Goebel (PV) disse que o Governo Federal não fez a sua parte. “Deveríamos ter barganhado a construção das Usinas em nosso estado com a aprovação digna dessa transposição quando a presidente Dilma Rousseff (PT) veio aqui”, frisou. Ele disse ainda que Rondônia foi o único estado da federação excluído da transposição. “A transposição não faria bem só ao servidor, seria excelente para movimentar e fortalecer a economia de Rondônia. Lamentamos esse resultado que não trouxe qualquer alteração para nossa população.”concluiu.

Já o deputado Euclides Maciel (PSDB) disse que será um grande incentivador de manifestações dos sindicatos em Rondônia. Uma noticia como essa deixa nosso povo triste. “Pode até mandar prender, mas vou incentivar o povo a se manifestar, senão ficaremos capachos o resto da vida de Brasília. O governo Federal só se importa com as usinas do Madeira e agora vamos mostrar que Rondônia tem força sim”, disse.

Os parlamentares enfatizaram que a situação já era conhecida pela imprensa, sindicalistas e pelos próprios representantes de Rondônia na Câmara e no Senado, mas que sempre preferiram falar que tudo daria certo, no momento certo.