Política
Em primeira entrevista, prefeito fala sobre união política, prioridades, fake-news e rodoviária
Quinta-feira, 02 Janeiro de 2025 - 09:09 | Redação
Logo após a posse nesta quarta-feira (1º), o prefeito Léo Moraes (Podemos) respondeu a questionamentos de jornalistas sobre os últimos acontecimentos e prioridades de sua gestão. Negou por exemplo que iria rever o funcionamento da nova rodoviária.
Você foi buscar no meio de vereadores, ex-vereadores que estavam do outro lado. Que que significa isso para você? Você não tem inimigo político agora?
Léo Moraes - Nada é maior do que a vontade do povo de Porto Velho. Se temos diferenças, elas vão ficar fora da circunscrição de Porto Velho. As diferenças não podem ofuscar a necessidade de construção de uma Porto Velho democrática inclusiva e uma Porto Velho para todos. Esquecer as panelas, esquecer os grupelhos que tomavam conta, para que a gente consiga realmente efetivar a boa política pública. Menos maquiagem e muito mais trabalho. Então a gente tem procurado quadros técnicos, pessoas capazes que, a despeito das suas convicções e empreguem resultado, construa uma nova cidade e respeitem o que a população fez de nos colocar essa condição. Eu estou para estender o braço a esse secretário, mas ao mesmo tempo, a fim de capacitá-los, a fim de subsidiá-los, também estou aqui muito disposto a cobrar resultados. Tudo com um plano de ação e com reuniões constantes, porque a gente não pode, infelizmente, continuar a ser um arquipélago com várias ilhas, onde secretarias não se comunicam entre si. Isso é uma política do passado, é uma política antiga, defasada. E aqui isso não vai perseverar agora. Porto Velho é de todos portovelhenses.
O senhor decidiu por extinção de órgãos?
Léo Moraes - Nós temos um plano. Nós temos uma provável alteração e mudança administrativa que será discutida com os vereadores para que possamos ter mais celeridade, mais agilidade, modernizar essa máquina que hoje é pesada, que ela é enfadonha e ela faz muito pouco. Eu costumo dizer e não de hoje: Se a máquina, se o poder público estiver na mesma velocidade da gana, da fibra e da força de trabalho do portovelhense essa cidade vai ser referência. Não é do Norte não, vai ser referência do nosso Brasil. Acabou essa história de falar mal de Porto Velho.
Qual será a sua grande prioridade?
Léo Moraes – A prioridade é fazer o povo sobreviver. A população vai no posto de saúde, não tem remédio, não tem médico especialista, você não tem máquina funcionando para realizar um raio x, como é a UPA da zona leste. Quem dirá falar sobre cirurgias? Vivemos um caos instalado onde os órgãos, bem como o terceiro setor, apontam que nós temos a pior capital entre todas do Brasil em relação a saúde. Aí eu vou falar que está tudo bem? Não, não está tudo bem. Nós vamos ter sempre franqueza. Nós vamos ter honestidade para tratar com as pessoas e dialogar com os quadros da nossa sociedade. Os mandatários que têm nos ajudado desde já eu digo isso porque nós nem começamos, praticamente já conseguimos recursos da bancada federal, do estado, o Fernando Máximo aportou R$ 40 milhões. O deputado federal Crisóstomo R$ 41 milhões, outros deputados, senadores e senadoras de matrizes políticas que são distintas também ajudando. O senador Jaime Bagattoli se comprometeu com R$ 20 milhões e o senador Confúcio já colocou muito mais do que isso. E é isso que nós teremos todo mundo que quiser trabalhar para Porto Velho pode vir, nós estamos de braços abertos para reconhecê-los e, sobretudo, fazer a população se atendida. Aí quem está na ponta da corda é quem passa pelas dificuldades e é por eles que nós vamos trabalhar, porque foram eles que nos colocaram aqui.
Sobre suas propostas, a Guarda Municipal está entre suas metas?
Léo Moraes - Eu tenho sonho e eu preciso colocar esse sonho em prática. Isso daí passa pela aprovação do projeto de Lei na Câmara municipal. Não tenho dúvidas que a Câmara entende que isso é importante para diminuir contravenções, diminuir delitos.
Fake news
Léo Moraes - Eu peço a toda a sociedade que vocês monitorem, acompanhem as nossas redes, acompanhem a rede da prefeitura, os meios de comunicação, porque infelizmente ainda tem uma pequena parcela que prefere perpetuar a mentira à inverdade, a falar essas fake news. A mentira não pode prosperar. Este é o momento de união. É um momento de Aliança, é o momento de compaixão, de solidariedade. Fazer a política de décadas e décadas atrás. Eu acho que a gente está em constante evolução. E o pior: autoridades ainda tem espaço de voz para ficar professando mentiras por aí? Eu fico muito triste, eu fico muito decepcionado, mas na certeza que é uma minoria e logo, logo a própria população vai enxergar para que esses quadros sejam extirpados da vida pública.
O senhor vai rever o funcionamento da nova rodoviária?
Léo Moraes - Eu vou ter responsabilidade. Eu não posso falar isso sem criar uma comissão para que ela faça uma avaliação técnica. Eu não sou irresponsável, eu não sou inconsequente. E a minha vaidade não é maior do que a vontade do povo. Eu não falei isso, isso daí é uma bobagem. Isso aí é tão é tão pequeno, tão pueril, é tão pobre, que não cabe nem comentar. Eu quero que aquela bela rodoviária ela realmente sirva à população, porque ela esteja dentro dos ditames legais e que ela cumpra realmente a sua função e também, mais do que isso, eu quero ter uma saúde muito digna. Eu preciso ter uma postura muito melhor, eu preciso estabelecer grandes prioridades. Eu digo isso porque na qualidade de quem encaminhou recursos para essa rodoviária e nem por isso eu estou discutindo que se torne público, por isso é meu ou o que? É do outro, não é de ninguém. Isso daqui é do povo e respeitem. Povo a rodoviária não é desse, nem do atual e nem do próximo. Isso daí está tão ultrapassado e alguém ainda passa a política em cima disso.