Política
Esporte é debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa
Quinta-feira, 01 Outubro de 2015 - 17:06 | RONDONIAGORA
Na manhã desta quinta-feira (1), no Plenário da Assembleia Legislativa, ocorreu por indicação do deputado Léo Moraes (PTB) audiência pública para discutir assuntos pertinentes ao esporte no Estado. Leo Moraes salientou que apesar das dificuldades que todos conhecem para se fazer esporte em Rondônia, com o trabalho dos deputados e por sua autoria, se aprovou lei que transforma as milhas voadas pelos deputados e servidores da Casa em serviço, em passagens para os atletas.
Mas ainda é pouco, afirmou, acrescentando que o Poder Executivo Estadual e o Municipal necessitam aprofundar os investimentos, pois nos esportes individuais o atleta que não possuir um paitrocínio, não consegue viajar e representar o Estado em competições nacionais.
Leo ressaltou que de cada 1 real aplicado no esporte economiza-se até 4 em outras áreas. Portanto, é imprescindível que se repense o esporte como um todo. Pediu aos presentes que apresentem propostas para que a situação esportiva melhore.
Uma das propostas foi encaminhada pelo coordenador do curso de educação física, Célio Borges, que entregou esboço para a instalação de uma pista de atletismo oficial para atender não somente os universitários, mas todos os atletas de Rondônia. Pediu apoio do Estado para complementar a verba de R$ 16 milhões, pois R$ 10 milhões serão do Ministério dos Esportes. Léo Moraes se comprometeu em encaminhar o pleito até o DER para auxiliar na execução da obra.
Também encaminhará junto à Federação de Futebol de Rondônia, requerimento para que seja apresentada prestação de contas, tendo em vista a proposta do desportista Loló, que propôs a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito naquela federação. Pela proposta do presidente da Federação Aquática de Rondônia, professor Paulo Siqueira, o parlamentar afirmou que irá estudar, com sua assessoria, a criação de um simpósio para discussão do desporto em Rondônia.
O secretário da Sejucel, Rodinei Paes, afirmou que não conseguirá resolver o problema de 30 anos atrás, mas é preciso trabalhar pensando no futuro, criando leis que efetivamente contribuam com o engrandecimento do desporto e que a secretaria seja um fomentador, um incentivador de todos os esportes.
Paes concordou com o paratleta Rogério Lima quanto à falta de critérios para concessão de passagens aéreas para atletas, e disse que a secretaria está se mobilizando neste sentido, pois não pode entregar bilhetes sem critérios, deixando de fora atletas que podem trazer resultados positivos.
Leo Moraes também reafirmou que irá encaminhar proposta ao executivo para a criação da Bolsa Atleta.
O secretário Municipal de Desportos de Porto Velho, Rafael Claros, ressaltou a importância de se criar políticas públicas necessárias ao fomento do desporto.
Ao final foi assinado um termo de compromisso para ser encaminhado ao Executivo, para que sejam cumpridos dispositivos da Lei Complementar 272, de 11 de dezembro de 2012, que prevê a destinação de 0,75% do orçamento estadual para o desporto e lazer a ser incluso na proposta orçamentária para deliberação da Assembleia até o final desta sessão legislativa.
O deputado Lazinho da Fetagro (PT) parabenizou Léo Moraes pela realização do evento em prol do setor desportivo. De forma categórica, disse que não vê a educação, a segurança e a saúde sem o esporte. Comentou ser um tema muito importante, que merece amplo debate envolvendo outros mecanismos. Afirmou que sempre foi praticante de futebol e que gosta do setor desportivo e se colocou à disposição para colabora com o setor.
Já o deputado Adelino Follador (DEM) disse que jogou no Ariquemes como goleiro, na época de 70. Deixou claro que é importante apoiar o esporte amador. Defendeu uma audiência sobre o esporte no interior. Demonstrou preocupação com o futuro do futebol profissional de Rondônia.
É uma vergonha o futebol de Porto Velho, que tem que jogar em outro município porque não tem estádio na capital. Lamentou que Vilhena e Ariquemes estão falidos em se tratando de futebol profissional. Lembrou que outras modalidades também têm suas dificuldades e sugeriu reunião bem mais ampla com os gestores do desporto, porque o debate é necessário para fortalecer o setor.
Pronunciamentos
O jornalista e militante do esporte, Miguel Silva, afirmou que nos seus 43 anos como incentivador do setor, já viu muitos atletas despontarem no cenário local e nacional e que existem leis que buscam incentivar o esporte e que serviram de referência para outros Estados fazerem suas leis também, mas que necessitam ser cumpridas. Finalizou salientando a importância em investir na juventude e em sua formação.
O representante da Defensoria Pública do Estado, Valmir Júnior Rodrigues, afirmou que o esporte é um dos direitos constitucionais do cidadão e colocou a defensoria à disposição para criar e manter estes direitos e no auxílio jurídico. Para ele, o esporte muitas vezes é a porta de entrada para a mudança de vida e para a educação e formação do cidadão.
Rodinei Paes fez breve explanação sobre sua secretaria e relatou que o Conselho Estadual de Desporto e Lazer tem se reunido constantemente para a institucionalização do esporte. Anunciou a criação de um Tribunal de Ética que julga atletas e desportistas.
A Sejucel atenderá com kits com bolas, redes e outros equipamentos os municípios que apresentarem projetos que atendam crianças e jovens com esporte e formação esportiva.
O presidente da Federação de Atletismo de Rondônia, Walter Alves Brasil Filho, afirmou que as federações precisam se cadastrar junto ao Estado para que possam receber recursos quando seus membros trabalharem como árbitros nos Jogos Intermunicipais de Rondônia (JIR). Relatou também as atividades desenvolvidas pela entidade.
Presidente do Esporte Clube Genus, Francisco Evaldo da Silva, reclamou da burocracia das leis destinadas ao esporte. Nem todos são bandidos e o esporte está sendo marginalizado. Citou a dificuldade de se tentar manter um clube e não ter casa, se referindo à paralisação das obras do estádio.
Chiquinho Teixeira é radialista em Juazeiro, mas é natural de Rondônia. Ele disse estar triste com a situação atual do esporte e em especial do futebol do Estado, afirmando ser um absurdo um clube como o Genus ir para a Copa do Brasil do próximo ano sem ter um estádio para mando de campo.
Félix Fera, ex-dirigente de clube de futebol de Porto Velho, disse que o futuro é o jovem. No entanto, alertou que estudem, pois só assim galgarão posto de destaque. Foi taxativo ao afirmar que o futebol de Rondônia, hoje, é capenga. Lembrou do Copão da Amazônia, na época do futebol amador, que era muito melhor que o profissionalismo praticado agora no Estado. Criticou a atuação da Federação de Futebol de Rondônia e chegou a sugerir uma intervenção na administração da entidade que, segundo ele, é a grande responsável pela decadência do futebol rondoniense.
Célio Borges, da Universidade Federal de Rondônia, falou que se encontra em Rondônia há 35 anos e tem forte ligação com o Jogos Escolares de Rondônia (Joer). Lembrou que foi o fundador da Federação de Judô e pediu comprometimento institucional de gestores em favor do esporte. Questionou qual o esporte que se estava discutindo na audiência pública. Lembrou que a capacidade desportiva de Rondônia é muito forte e precisa ser mais bem observada pelos gestores. Entregou ao deputado Leo Moraes proposta de institucionalização dos Jogos universitários de Rondônia, pois acaba o Joer e não se tem como aproveitar o potencial dos atletas estudantis.
O paratleta, Rogério Lima afirmou que não se pode ater ao passado, mas sim mirar o futuro e resolver a questão de locais adequados para a prática esportiva, bem como a criação de leis que permitam que empresas tenham maior interesse em apoiar o desporto. Pediu o estabelecimento de critérios para a concessão de passagens a atletas que representam o Estado e a criação de Bolsa atleta.
Mas ainda é pouco, afirmou, acrescentando que o Poder Executivo Estadual e o Municipal necessitam aprofundar os investimentos, pois nos esportes individuais o atleta que não possuir um paitrocínio, não consegue viajar e representar o Estado em competições nacionais.
Leo ressaltou que de cada 1 real aplicado no esporte economiza-se até 4 em outras áreas. Portanto, é imprescindível que se repense o esporte como um todo. Pediu aos presentes que apresentem propostas para que a situação esportiva melhore.
Uma das propostas foi encaminhada pelo coordenador do curso de educação física, Célio Borges, que entregou esboço para a instalação de uma pista de atletismo oficial para atender não somente os universitários, mas todos os atletas de Rondônia. Pediu apoio do Estado para complementar a verba de R$ 16 milhões, pois R$ 10 milhões serão do Ministério dos Esportes. Léo Moraes se comprometeu em encaminhar o pleito até o DER para auxiliar na execução da obra.
Também encaminhará junto à Federação de Futebol de Rondônia, requerimento para que seja apresentada prestação de contas, tendo em vista a proposta do desportista Loló, que propôs a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito naquela federação. Pela proposta do presidente da Federação Aquática de Rondônia, professor Paulo Siqueira, o parlamentar afirmou que irá estudar, com sua assessoria, a criação de um simpósio para discussão do desporto em Rondônia.
O secretário da Sejucel, Rodinei Paes, afirmou que não conseguirá resolver o problema de 30 anos atrás, mas é preciso trabalhar pensando no futuro, criando leis que efetivamente contribuam com o engrandecimento do desporto e que a secretaria seja um fomentador, um incentivador de todos os esportes.
Paes concordou com o paratleta Rogério Lima quanto à falta de critérios para concessão de passagens aéreas para atletas, e disse que a secretaria está se mobilizando neste sentido, pois não pode entregar bilhetes sem critérios, deixando de fora atletas que podem trazer resultados positivos.
Leo Moraes também reafirmou que irá encaminhar proposta ao executivo para a criação da Bolsa Atleta.
O secretário Municipal de Desportos de Porto Velho, Rafael Claros, ressaltou a importância de se criar políticas públicas necessárias ao fomento do desporto.
Ao final foi assinado um termo de compromisso para ser encaminhado ao Executivo, para que sejam cumpridos dispositivos da Lei Complementar 272, de 11 de dezembro de 2012, que prevê a destinação de 0,75% do orçamento estadual para o desporto e lazer a ser incluso na proposta orçamentária para deliberação da Assembleia até o final desta sessão legislativa.
O deputado Lazinho da Fetagro (PT) parabenizou Léo Moraes pela realização do evento em prol do setor desportivo. De forma categórica, disse que não vê a educação, a segurança e a saúde sem o esporte. Comentou ser um tema muito importante, que merece amplo debate envolvendo outros mecanismos. Afirmou que sempre foi praticante de futebol e que gosta do setor desportivo e se colocou à disposição para colabora com o setor.
Já o deputado Adelino Follador (DEM) disse que jogou no Ariquemes como goleiro, na época de 70. Deixou claro que é importante apoiar o esporte amador. Defendeu uma audiência sobre o esporte no interior. Demonstrou preocupação com o futuro do futebol profissional de Rondônia.
É uma vergonha o futebol de Porto Velho, que tem que jogar em outro município porque não tem estádio na capital. Lamentou que Vilhena e Ariquemes estão falidos em se tratando de futebol profissional. Lembrou que outras modalidades também têm suas dificuldades e sugeriu reunião bem mais ampla com os gestores do desporto, porque o debate é necessário para fortalecer o setor.
Pronunciamentos
O jornalista e militante do esporte, Miguel Silva, afirmou que nos seus 43 anos como incentivador do setor, já viu muitos atletas despontarem no cenário local e nacional e que existem leis que buscam incentivar o esporte e que serviram de referência para outros Estados fazerem suas leis também, mas que necessitam ser cumpridas. Finalizou salientando a importância em investir na juventude e em sua formação.
O representante da Defensoria Pública do Estado, Valmir Júnior Rodrigues, afirmou que o esporte é um dos direitos constitucionais do cidadão e colocou a defensoria à disposição para criar e manter estes direitos e no auxílio jurídico. Para ele, o esporte muitas vezes é a porta de entrada para a mudança de vida e para a educação e formação do cidadão.
Rodinei Paes fez breve explanação sobre sua secretaria e relatou que o Conselho Estadual de Desporto e Lazer tem se reunido constantemente para a institucionalização do esporte. Anunciou a criação de um Tribunal de Ética que julga atletas e desportistas.
A Sejucel atenderá com kits com bolas, redes e outros equipamentos os municípios que apresentarem projetos que atendam crianças e jovens com esporte e formação esportiva.
O presidente da Federação de Atletismo de Rondônia, Walter Alves Brasil Filho, afirmou que as federações precisam se cadastrar junto ao Estado para que possam receber recursos quando seus membros trabalharem como árbitros nos Jogos Intermunicipais de Rondônia (JIR). Relatou também as atividades desenvolvidas pela entidade.
Presidente do Esporte Clube Genus, Francisco Evaldo da Silva, reclamou da burocracia das leis destinadas ao esporte. Nem todos são bandidos e o esporte está sendo marginalizado. Citou a dificuldade de se tentar manter um clube e não ter casa, se referindo à paralisação das obras do estádio.
Chiquinho Teixeira é radialista em Juazeiro, mas é natural de Rondônia. Ele disse estar triste com a situação atual do esporte e em especial do futebol do Estado, afirmando ser um absurdo um clube como o Genus ir para a Copa do Brasil do próximo ano sem ter um estádio para mando de campo.
Félix Fera, ex-dirigente de clube de futebol de Porto Velho, disse que o futuro é o jovem. No entanto, alertou que estudem, pois só assim galgarão posto de destaque. Foi taxativo ao afirmar que o futebol de Rondônia, hoje, é capenga. Lembrou do Copão da Amazônia, na época do futebol amador, que era muito melhor que o profissionalismo praticado agora no Estado. Criticou a atuação da Federação de Futebol de Rondônia e chegou a sugerir uma intervenção na administração da entidade que, segundo ele, é a grande responsável pela decadência do futebol rondoniense.
Célio Borges, da Universidade Federal de Rondônia, falou que se encontra em Rondônia há 35 anos e tem forte ligação com o Jogos Escolares de Rondônia (Joer). Lembrou que foi o fundador da Federação de Judô e pediu comprometimento institucional de gestores em favor do esporte. Questionou qual o esporte que se estava discutindo na audiência pública. Lembrou que a capacidade desportiva de Rondônia é muito forte e precisa ser mais bem observada pelos gestores. Entregou ao deputado Leo Moraes proposta de institucionalização dos Jogos universitários de Rondônia, pois acaba o Joer e não se tem como aproveitar o potencial dos atletas estudantis.
O paratleta, Rogério Lima afirmou que não se pode ater ao passado, mas sim mirar o futuro e resolver a questão de locais adequados para a prática esportiva, bem como a criação de leis que permitam que empresas tenham maior interesse em apoiar o desporto. Pediu o estabelecimento de critérios para a concessão de passagens a atletas que representam o Estado e a criação de Bolsa atleta.