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Política

Ex-secretário é pivô de escândalo

Domingo, 02 Fevereiro de 2014 - 10:08 | RONDONIAGORA


RUI VIEIRA DETERMINOU COMPRA DE TERRENO EM JI-PARANÁ, SUPERVALORIZADO EM R$ 1,7 MILHÃO



O escândalo da compra de dois terrenos somando 105 hectares, fora do perímetro urbano da cidade de Ji-Paraná, denunciado pelo Tribunal de Contas de Rondônia, tem como pivô principal o ex-secretário estadual de Administração, Rui Veira. O assunto foi abordado nesta semana pelo Rondoniagora.com e causou grande repercussão na mídia rondoniense. No início, as acusações pesavam sobre o coordenador de Patrimônio do Estado de Rondônia, Álvaro Lustosa Junior, mas na verdade quem determinou a compra dos lotes foi o ex-secretário estadual de Administração, Rui Vieira. Exonerado do cargo no início de outubro do ano passado, ele não voltou mais a gestão do governador Confúcio Moura (PMDB).

Rui Vieira teria determinado a Coordenadoria Geral de Patrimônio as negociações com a Imobiliária 2B Ltda, representante do proprietário dos dois imóveis. Na época, houve um esforço da classe política porque o Exército pediu a cessão de um terreno – não seria necessariamente o que estava em negociação com o Governo – para construção do Batalhão de Infantaria de Selva. Os avaliadores do Estado, Luismar Almeida de Castro e Rafael Silva Grangeiro, fizeram as medições dos terrenos e calcularam em R$ 37.590,90 o valor do hectare, chegando ao final ao preço de R$ 4,2 milhões, adicionada a comissão da imobiliária. O TCE, segundo o conselheiro Wilber Coimbra, fez avaliações também e chegou a conclusão que o hectare naquela região de Ji-Paraná não passa de R$ 21.253,49. Ou seja, o Governo comprou por R$ 4,2 milhões dois imóveis que valiam no mercado R$ 2.231.161,64. O prejuízo só foi detectado após o pagamento de R$ 3,3 milhões. A última parcela de R$ 700 mil foi barrada pela Corte.

Não falou

O ex-secretário Rui Vieira não foi localizado para comentar o assunto. O Rondoniagora investiga também a compra de um outro terreno, mas em Porto Velho, com os mesmos problemas de preço fora de mercado. Para pessoas próximas, Rui teria comentado que determinou a compra dos dois imóveis porque recebeu ordens de quem o indicou para o cargo. O coordenador-geral do Patrimônio, Álvaro Lustosa Junior, prefere falar no processo do Tribunal de Contas. Mas garantiu que não houve irregularidade nas avaliações e que sua família sempre teve o nome honrado em Rondônia. Curioso é Rafael Grangeiro, um dos avaliadores, é casado com a irmã de Álvaro Lustosa.

Rondoniagora.com

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