Política
Frente Democrática órfã de senador
Quinta-feira, 21 Julho de 2022 - 17:18 | da Redação
Dificilmente o senador Acir Gurgacz (PDT) garantirá o registro de uma candidatura à reeleição em razão de problemas jurídicos. A Frente Democrática, formada pelo PSB, PT, PSOL, PC do B, PV e Solidariedade, terá que buscar outro nome. Na coletiva do PSB, explicando a saída de Vinícius Miguel da corrida ao Governo, algumas lideranças falavam em uma eventual composição com o ex-senador Expedito Junior (PSD), mas as chances são remotas, já que ele não encontraria apoio no eleitorado das esquerdas, especialmente das lideranças petistas.
Por mais que o Judiciário brasileiro seja conhecido por uma espetacular insegurança jurídica, são quase nulas as chances do ex-senador Ivo Cassol conseguir participar das eleições desse ano. Condenado em ação penal pelo STF, ele tenta naquela mesma instância uma revisão criminal de seu caso, mas a Procuradoria Geral da República ainda no ano passado rebateu ponto a ponto todos os argumentos apresentados sobre uma possível prescrição do caso. A última movimentação também é do ano passado.
Por mais que o Judiciário brasileiro seja conhecido por uma espetacular insegurança jurídica, são quase nulas as chances do ex-senador Ivo Cassol conseguir participar das eleições desse ano. Condenado em ação penal pelo STF, ele tenta naquela mesma instância uma revisão criminal de seu caso, mas a Procuradoria Geral da República ainda no ano passado rebateu ponto a ponto todos os argumentos apresentados sobre uma possível prescrição do caso. A última movimentação também é do ano passado.
Nada a ver
Divulgadores de fake news apresentam o argumento de que o ex-governador do DF, José Roberto Arruda foi beneficiado com uma liminar, o que garantiu sua elegibilidade e assim, tentam fazer analogia com a situação de Cassol. Os casos e condenações são diferentes. Cassol respondeu e foi condenado em ação penal. Arruda foi condenado por improbidade administrativa e acabou beneficiado por uma nova legislação que alterou prazos de prescrição.
Choro não convence
As lágrimas do ex-deputado Carlos Magno não convenceram os companheiros do Podemos a ceder uma vaga na nominata de deputado estadual. O deputado Alan Queiroz diz que há um compromisso firmado com o líder do Podemos, Léo Moraes, pré-candidato a governador, para não permitir o acesso de Magno, experiente na Assembleia e na Câmara Federal, ao listão dos estaduais. Embora saiba das resistências internas, Carlão desfila em Porto Velho com simpatizantes em reuniões anunciando seu retorno à Assembleia. Caso Léo Moraes decida pelo “goela abaixo”, o Podemos estará com sua nominata seriamente comprometida.
Mais barulho
Mas Carlos Magno não é único problema do deputado Léo Moraes. O PSD quer desembarcar de “mala e cuia” no projeto do líder do Podemos, mas não abre mão da candidatura do ex-senador Expedito Júnior. De olho nas articulações, o PP já avisou que cai fora da aliança, caso haja uma composição com dois postulantes ao Senado no mesmo palanque. Os progressistas até aceitam o PSD indicando o vice de Léo, mas com Expedito fora do páreo.
Candidato de ponta
Expedito leu uma pesquisa de intenções de voto interna na qual apontou uma ligeira liderança na briga pelo Senado, e decidiu entrar na disputa, mesmo sem palanque de Governo. O PSD também está com a nominata fechada para Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
Não ficou legal
Por outro lado, a traição do senador Marcos Rogério com Expedito Júnior causou um grande mal estar nas bases eleitorais do parlamentar na região da Zona da Mata. O ex-senador tem apoio em vários segmentos por ter feito um mandato com várias conquistas no Senado, a exemplo dos mototaxistas.
Céu de brigadeiro
Diferente dos adversários, o governador Marcos Rocha navega em águas tranquilas nesse processo pré-eleitoral. Na convenção de domingo, ele terá sua candidatura à reeleição homologada com apoio do Republicanos, PSC, Patriotas, Avante e PSDB. Seu time de candidatos a deputado estadual e federal deve fazer o maior número de cadeiras no Parlamento. O vice também será conhecido, mas provavelmente a indicação do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, deve prevalecer.