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Política

Governo apresenta projeto inovador do Hospital Estadual de Urgência e Emergência

Segunda-feira, 10 Outubro de 2011 - 17:53 | Decom


Mais um importante passo para a construção do Hospital Estadual de Urgência e Emergência foi dado na manhã desta segunda-feira (10), quando foi apresentado, no auditório do Palácio Presidente Vargas, o projeto de construção da unidade. Para o governador Confúcio Moura, o momento foi de satisfação, considerando a engenharia e arquitetura completas do projeto.



O novo hospital será construído em uma área doada pela prefeitura de Porto Velho, através do Decreto Municipal 12.181, de 20 de junho de 2011, no Setor 5, quadra 49, com 10.987,24 metros quadrados, localizado na avenida Venezuela, número 2633, nas proximidades da Maternidade Municipal Mãe Esperança. “Esse projeto vai ser inovador, vamos receber a unidade com a chave, pronta para inaugurar”, afirmou o governador.

O projeto executivo da obra, que custou cerca de R$ 900 mil, financiados pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no distrito de Jaci-Paraná, compreende sondagem de solo, arquitetura, estrutural, elétrico, lógica, telefônico e CFTV, além de hidrossanitário, estação de tratamento de esgoto, prevenção contra incêndio, gases medicinais, climatização, paisagismo, impermeabilização, comunicação visual, perspectivas eletrônicas e proteção radiológica.

A empresa de arquitetura, planejamento e consultoria Pró-Saúde foi a responsável pela elaboração do projeto apresentado pelo engenheiro Carlos Marchesi. “Conseguimos finalizar o projeto 11 dias antes do prazo. Este será o hospital mais moderno da região e até quem sabe do Brasil”, disse Marchesi.

Carlos Alberto Silvestre, assessor do diretor institucional da Energia Sustentável, disse que para Jirau é de suma importância a qualidade de vida da população de Porto Velho e do Estado. “Sabemos que o governo está se preocupando muito com a saúde da população de Rondônia e nós, da Energia Sustentável, queremos parabenizar o município e o Estado por essa parceria. Quem ganha com isso é a população”, observou Silvestre.

O secretário de Estado da Saúde (Sesau), Orlando Ramires, falou sobre o crescimento de Rondônia e em consequência disso há superlotação das unidades de saúde. “A cidade de Porto Velho cresceu muito, assim como o Estado, e os leitos não acompanharam esse crescimento. O resultado que vemos é este: unidades lotadas. Com o investimento que o governo está fazendo e com a inauguração desse novo hospital, vamos sanar essa necessidade”, afirmou Ramires.

A deputada estadual Epifânia Barbosa lembrou os tempos em que a prefeitura não podia contar com o apoio do Estado. “Fizemos um papel de oposição ao governo passado por não ter esse apoio que estamos tendo agora. A gente precisa da união das três entidades federativas e esperamos o mais rápido possível a concretização deste sonho”, disse a deputada.

O diretor do Departamento de Obras e Serviços Públicos (Deosp), Abelardo Castro, garantiu que vai monitorar a obra para que seja entregue no prazo, que é de 15 meses após o início dos serviços. “A saúde é o setor onde precisamos causar mais impacto. O Deosp vai estar empenhado ao máximo para dar qualidade e cumprir o prazo de 15 meses. Parabéns por essa importante obra que deve amenizar a problemática da saúde pública em Rondônia”.

Atualmente o Pronto-Socorro João Pulo II é a unidade que atende pacientes de todo o Estado de Rondônia e até de Estados vizinhos. “Em Rondônia temos 1,5 milhão de habitantes, mais os pacientes de Estados vizinhos e até da Bolívia. O João Paulo é visto como um vilão, mas ele é a vítima e é como um funil, pois a demanda é muito grande. Todo dia chega gente. O pronto-socorro não é o problema, é a solução crítica de uma situação caótica”, disse o governador.

O Estado vai investir recursos próprios num total de R$ 73 milhões, sendo R$ 43 milhões em engenharia e arquitetura e R$ 30 milhões em equipamentos.

Leitos

O projeto ficou com 17.007,99 m² de área a ser construída, com tal de 254 leitos distribuídos em quatro pavimentos. No térreo vão funcionar 40 leitos de observação do pronto-tendimento; 19 leitos de emergência e parada cardíaca, e dois leitos de observação e isolamento do pronto-atendimento. No primeiro pavimento serão construídos 27 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dois leitos de isolamento da UTI. No segundo e terceiro pavimentos devem ficar o setor de internação, com 58 leitos em cada; e o setor de internação isolamento com quatro leitos, também em cada pavimento. No último pavimento serão construídos 31 leitos de internação e oito leitos de recuperação pós-anestésica.

“Estamos vivendo um momento diferenciado, estamos trabalhando juntos, realmente em cooperação. Hoje a nossa Capital tem governos estadual e municipal, após oito anos de abandono. O Governo de Rondônia está de parabéns”, disse o vice-prefeito Emerson Castro, que representou o prefeito Roberto Sobrinho.

Mais saúde

Durante a apresentação do projeto, o governador Confúcio Moura destacou ainda mais ações importantes que estão sendo desenvolvidas para mudar a realidade da saúde em Rondônia. De acordo com o governador, em dezembro deste ano devem ser inauguradas duas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), uma na zona Sul e outra na zona Leste. “A UPA é como um hospital, onde o paciente pode ficar internado até 48 horas na UTI. A prefeitura deve entregar no próximo ano mais duas unidades, uma em Porto Velho e a outra no distrito de Jaci-Paraná, que irão somar junto com as do Estado. Com isso todos os pacientes destas regiões poderão ser atendidos lá mesmo”, disse.

O Estado passa por uma série de reestruturações no setor da saúde. O Pronto-Socorro João Paulo II, após a inauguração do novo hospital, deve atender somente pacientes ortopédicos e acidentados; já o Hospital Infantil Cosme e Damião será transferido para um novo prédio, anexo ao Hospital de Base Ary Pinheiro, dando lugar ao Hospital Geriátrico, enquanto o Hospital do Câncer, gerido pela Fundação de Barretos, tem o objetivo de ser referência em oncologia.
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