Política
GOVERNO SEGURA EMENDAS, DEPUTADOS SE REVOLTAM E TRANCAM PAUTA
Quarta-feira, 05 Novembro de 2014 - 10:01 | RONDONIAGORA
A não liberação de emendas parlamentares, por parte do Governo, foi amplamente discutida na Assembleia Legislativa. O tema foi levantado pelo deputado estadual Maurão de Carvalho (PP), ao anunciar que esteve na Secretaria de Finanças (Sefin), para verificar a possibilidade de pagamento das emendas dos deputados estaduais e foi informado de que um membro do Ministério Público recomendou a suspensão dos pagamentos de emendas. Recebi a triste notícia de que o Ministério Público mandou uma recomendação para que o Governo não efetue o pagamento das emendas parlamentares. Tenho mais de R$ 3 milhões de emendas prontas para ser pago, mas a Procuradoria Geral do Estado já se pronunciou por acatar essa recomendação do MP, declarou.
Em seguida, Maurão de Carvalho propôs que seja formada uma comissão de deputados para discutir o impasse com o procurador geral do Estado e o secretário de Finanças. Prefeitos e associações, que esperam por essas emendas, já fizeram os projetos, os convênios e não podem ficar no prejuízo, destacou.
Em aparte, o deputado José Lebrão (PTN) disse que o assunto precisa ser discutido amplamente, inclusive junto ao Ministério Público, para que seja esclarecida a recomendação. Precisamos resolver isso. Se tem o financeiro, é preciso que haja o pagamento, que é legal e uma ação dos parlamentares, disse. Em seguida, Lebrão informou que a recomendação do MP se restringia à liberação de emendas para eventos.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), aproveitou pra criticar o Governo. Não acredito que uma recomendação de um promotor impeça o Governo de fazer o pagamento das emendas. Eu não vou colocar nada para ser votado, enquanto não pagar essas emendas, que estão conveniadas e empenhadas. Não colocarei nenhum projeto de interesse do Governo em pauta, afirmou.
Para Hermínio, se houver alguma suspeita de ilegalidade, o MP deve agir sim. Mas, na minha opinião, o Governo está se utilizando dessa situação para não pagar nenhuma emenda. Tenho emendas para as Irmãs Marcelinas, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e para outras entidades sérias, que não podem continuar no prejuízo.
O deputado Claudio Carvalho (PT) opinou que poderia ter havido uma recomendação para um convênio específico, não para a totalidade das emendas. Agora, essa Casa sempre disse amém ao Governo, que em retribuição agora vai dar o troco aos parlamentares, desabafou. Já o deputado Neodi Carlos (PSDC) destacou que em quatro anos, mesmo tendo direto a liberação de R$ 18 milhões em emendas, foram pouco mais de R$ 3 milhões liberados nesse período. Eu acho que deveria existir, no próximo orçamento, um dispositivo para penalizar o Executivo, caso não libere o pagamento das emendas. O Governo atual não libera as emendas. No anterior, se liberava 100% das emendas.
Neodi disse ainda que concordo com o presidente Hermínio de que o Governo está pegando carona nessa recomendação, para brecar o pagamento de todas as emendas. Há uma cultura de que o parlamentar precisa destinar emendas, quando na verdade, o papel é muito mais amplo como legislador e fiscalizador.
Ao final, os deputados definiram pelo convite ao secretário estadual de Finanças, Gilvan Ramos e do procurador-geral, Juraci Jorge, para que esclareçam aos parlamentares, na próxima terça-feira (11), sobre o pagamento das emendas. Também ficou acertado que a Casa não votará nenhum projeto de interesse do Executivo, antes de ser resolvido o impasse.
Em seguida, Maurão de Carvalho propôs que seja formada uma comissão de deputados para discutir o impasse com o procurador geral do Estado e o secretário de Finanças. Prefeitos e associações, que esperam por essas emendas, já fizeram os projetos, os convênios e não podem ficar no prejuízo, destacou.
Em aparte, o deputado José Lebrão (PTN) disse que o assunto precisa ser discutido amplamente, inclusive junto ao Ministério Público, para que seja esclarecida a recomendação. Precisamos resolver isso. Se tem o financeiro, é preciso que haja o pagamento, que é legal e uma ação dos parlamentares, disse. Em seguida, Lebrão informou que a recomendação do MP se restringia à liberação de emendas para eventos.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), aproveitou pra criticar o Governo. Não acredito que uma recomendação de um promotor impeça o Governo de fazer o pagamento das emendas. Eu não vou colocar nada para ser votado, enquanto não pagar essas emendas, que estão conveniadas e empenhadas. Não colocarei nenhum projeto de interesse do Governo em pauta, afirmou.
Para Hermínio, se houver alguma suspeita de ilegalidade, o MP deve agir sim. Mas, na minha opinião, o Governo está se utilizando dessa situação para não pagar nenhuma emenda. Tenho emendas para as Irmãs Marcelinas, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e para outras entidades sérias, que não podem continuar no prejuízo.
O deputado Claudio Carvalho (PT) opinou que poderia ter havido uma recomendação para um convênio específico, não para a totalidade das emendas. Agora, essa Casa sempre disse amém ao Governo, que em retribuição agora vai dar o troco aos parlamentares, desabafou. Já o deputado Neodi Carlos (PSDC) destacou que em quatro anos, mesmo tendo direto a liberação de R$ 18 milhões em emendas, foram pouco mais de R$ 3 milhões liberados nesse período. Eu acho que deveria existir, no próximo orçamento, um dispositivo para penalizar o Executivo, caso não libere o pagamento das emendas. O Governo atual não libera as emendas. No anterior, se liberava 100% das emendas.
Neodi disse ainda que concordo com o presidente Hermínio de que o Governo está pegando carona nessa recomendação, para brecar o pagamento de todas as emendas. Há uma cultura de que o parlamentar precisa destinar emendas, quando na verdade, o papel é muito mais amplo como legislador e fiscalizador.
Ao final, os deputados definiram pelo convite ao secretário estadual de Finanças, Gilvan Ramos e do procurador-geral, Juraci Jorge, para que esclareçam aos parlamentares, na próxima terça-feira (11), sobre o pagamento das emendas. Também ficou acertado que a Casa não votará nenhum projeto de interesse do Executivo, antes de ser resolvido o impasse.