Política
Isabel Luz embolsa diária irregular
Domingo, 01 Junho de 2014 - 10:49 | RONDONIAGORA
EX-SECRETÁRIA GANHOU DINHEIRO PARA CUSTEAR DESPESAS, QUE JÁ HAVIAM SIDO PAGAS POR UNIVERSIDADE
Exonerada da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), após dois incidentes em sua gestão mal explicados – o desaparecimento de condicionadores de ar, televisores de plasma e a morte do servidor Moisés Rodrigues – Isabel de Fátima Luz foi chamada ao Tribunal de Contas de Rondônia para explicar o porquê da utilização de 11 diárias, totalizando R$ 7.432,23, para viajar a Massachusetts e Washington nos dias 5 a 11 de novembro de 2012, quando todas as despesas foram pagas pela Universidade Federal de Juiz de Fora. O conselheiro Benedito Alves da Silva – indicado pelo governador Confúcio Moura - já considera a ex-secretária como autora de infração ao Artigo 37 da Constituição Federal, desrespeitando os princípios da Legalidade e Moralidade na administração pública.
Na época, ainda no cargo, Isabel Luz, uma das assessoras de maior confiança do chefe do Executivo rondoniense, confessou que o custeio da viagem foi bancado pela instituição pública de Minas Gerais, mas garante que recebeu apenas uma “ajuda de custo”, que, segundo ela, era direito de todo servidor quando tem uma viagem custeada por outra entidade e que tem o valor de metade de uma diária. Em release distribuído pela Seduc, Isabel ainda afirmou que “poderia levar dois técnicos, também custeados pela universidade, mas como havia toda uma questão de obter visto, então não ficou viável, mas todos os outros secretários foram acompanhados do seu staff”.
História mal contada
Continua sendo um grande mistério para a população o furto de 200 televisores, 46 notebooks e 3 centrais de ar de 36 mil BTUs no almoxarifado da Secretaria de Estado da Educação no Bairro São Sebastião I. Na época, o caso foi registrado como extravio/furto pelo diretor de divisão, Rodrigo William, e até hoje a Polícia Civil não deu uma conclusão sobre o inquérito. O caso rumoroso aconteceu na gestão da ex-secretária Isabel Luz, que emitiu uma nota à imprensa, dizendo que havia acionado a polícia e a empresa de segurança que fazia a proteção do local à época, a Rocha Vigilância.
Além do sumiço dos bens do almoxarifado, outro fato que chamou atenção da opinião pública foi o desaparecimento do funcionário Moisés Rodrigues. Sua esposa, Maria Selva da Silva, em depoimento diz que alguns funcionários que trabalhavam no setor tinham ar-condicionado até no banheiro. Ela acusou também um outro funcionário José Raimundo de manter um patrimônio incompatível com sua renda, pois ambos trabalhavam no mesmo setor.