Laerte critica demissões na Emater e teste seletivo do DER

O deputado Laerte Gomes (PEN), em discurso na sessão ordinária da Assembleia Legislativa, disse que não entende o critério que a Emater utilizou para demitir 24 servidores com até 25 anos de carreira e o teste seletivo do DER. “Os funcionários da Emater deram sua vida na empresa, têm família, sonhos. Já no teste seletivo do DER, pessoas que nunca subiram numa máquina tiraram notas boas e pessoas que tinham experiência tiraram notas ruins”, relatou.

Sobre a Emater disse que, quando é preciso conter despesas, é necessário cortar gastos, gratificações e os recém-contratados. “O que vimos foi o contrário: foram demitidos os mais antigos. Não entendo qual critério foi adotado e o presidente da Emater foi prefeito junto comigo. Receberam sua exoneração através de e-mail e fax”, criticou.

Afirmou que há outros mecanismos, como o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e “o que não se pode é demitir um servidor com 25 anos de carreira como se não representasse nada”. Salientou que a economia do Estado depende do setor produtivo, do trabalho da Emater e os produtores precisam de apoio. “Se precisa reduzir gastos, então acabe com 50% dos cargos comissionados e 30% das secretarias, porque tem algumas que não sei nem para que servem”, sugeriu Laerte Gomes.

Sobre o teste seletivo do DER, afirmou ter sido informado que no currículo o candidato tinha que enviar a foto junto. “Percebo que este teste seletivo foi um engodo, uma vergonha com apadrinhamento político. Gostaria que o coronel Caetano, o qual acredito que seja uma pessoa honrada, cancelasse este teste seletivo”, afirmou.
Disse que denunciará este teste seletivo no Ministério Público e no Tribunal de Contas. “Pessoas com 20 anos de carteira assinada com experiência tiraram nota 1,0 e 2,0 e outros que nunca subiram numa máquina tiveram notas 6,0, 7,0 e 8,0”, frisou.

Citou, também, que havia lido em sessão na Assembleia Legislativa uma carta com o desabafo do produtor Vanderlei Aquino, que instalou uma agroindústria de queijo em Nova Brasilândia do Oeste, custeou toda a instalação do prédio e não recebeu os equipamentos que deveriam ser encaminhados pela Seagri. “A agroindústria foi lacrada pela Idaron de Rolim de Moura depois da denúncia na tribuna e vamos verificar o motivo”, destacou.

Apartes

A deputada Glaucione Rodrigues (PSDC) disse que havia 800 funcionários na Emater, e no último mandato foram contratados 400 funcionários. “Por que os mais recentes não foram demitidos?”, indagou. Ela sugeriu que o secretário executivo seja convocado na Assembleia para prestar esclarecimentos.
O deputado Ezequiel Junior (PSDC) disse que na sua região um dos melhores técnicos foi demitido e os produtores estão querendo fazer uma manifestação na Emater. “Sugiro que seja formada uma comissão e convidado Luiz Gomes, para que venha à Assembleia esclarecer esse fato”, observou.
O deputado Luizinho Goebel (PV) disse que foi apresentado um requerimento coletivo solicitando essas informações. “Houve diversas mudanças na Emater no ano passado e hoje vemos que foram políticas. Temos que urgentemente saber o que está acontecendo”, afirmou.