Política
Laerte defende harmonia com o Governo e fala sobre transparência na eleição
Terça-feira, 05 Fevereiro de 2019 - 18:13 | da Redação
Em entrevista nesta terça-feira a radialistas da Rádio Parecis, em Porto Velho, o presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB) reafirmou que vai trabalhar por uma constante parceria e harmonia com o Governo do Estado, mas deixou claro que nunca vai abrir mão em defender as prerrogativas dos parlamentares.
Em tom descontraído, Laerte respondeu a questionamentos dos jornalistas Everton Leoni, Sérgio Pires, Domingues Júnior, do professor Jorge Peixoto e ainda de ouvintes. “Tenho conversado com o governador, tivemos uma proximidade já em um passado recente, quando eu era líder do Governo e e ele secretário. Sei da vontade dele de fazer o bem, é uma pessoa séria e sei das dificuldades de início de governo, ele vai adequando e vamos trabalhar pela harmonia, para ser parceiro, agora jamais abrindo mão da prerrogativa dos deputados, fiscalizar, mas acima de tudo ajudar”.
Laerte explicou que chegou ao comando da Assembleia com muita transparência. Seu grupo estava fechado desde do final do ano passado e só foi aumentando. Não falávamos, lógico para não chamar a atenção, mas sempre as claras, com transparência. Essa coalização foi construída um a um e mostra a confiança que os deputados colocaram em minha pessoa, e é uma responsabilidade muito grande. Tendo o resultado da eleição, disse ao próprio governador, que nosso pensamento, a arma, a ferramenta que iremos usar é o diálogo. O governador querendo o bem, é o que queremos. Agora os poderes são independentes e vamos trabalhar para que seja harmonioso, com respeito, cada um com seu papel, mas com respeito. ”
Ainda sobre a eleição da Mesa Diretora, o presidente elogiou a postura dos outros pré-candidatos, como o deputado Lebrão, que inclusive votou na chapa vitoriosa. “Houve muita transparência na montagem da chapa”.
Concursados
Respondendo a questionamentos de candidatos do último concurso, Laerte explicou que assumiu o Poder há dois dias e já pediu para a procuradoria jurídica verificar as questões legais da homologação. Ele que irá chamar os aprovados, mas precisa de estudos que serão preparados.
Estradas precárias
Em uma observação que fez ao novo Governo, Laerte Gomes deu testemunho sobre a precariedade das estradas rondonienses, que segundo ele, estão intransitáveis e que precisam urgentemente de reparos. “Estão todas em condições precárias. Precisa de um planejamento muito forte, me parece que não está tendo equipe de manutenção. Tem que fazer o paliativo garantindo condições melhores para o cidadão transitar”.
Prioridades e o Governo
Ao responder a questionamento sobre quais deveriam ser as pautas prioritárias do Governo e até que ponto podem alinhar-se com o que a Assembleia também deseja, o presidente defendeu que políticas públicas precisam ser implementadas para o Estado e citou a regionalização da saúde. “Não se pode admitir que Ji-Paraná não tenha um hospital regional”. Laerte afirmou ainda que a geração de empregos, de oportunidades para os jovens também deveriam ser colocadas em prática com urgência. “Hoje não há um problema tão grande como desemprego e falta de oportunidade para os jovens. Nossos pequenos e médios municípios estão morrendo e os jovens se deslocando para os maiores municípios”.
Para o deputado, como o Estado tem vocação agrícola, não pode atrapalhar os pequenos produtores e buscar formas de incentivo. “O agronegócio vai sozinho e o poder público não atrapalhando está bom demais, mas o pequeno precisa de programas, estudar aptidão de cada região. É um problema de estado, para ter isso, é necessário criar programas de incentivo para o agricultor, que é o que aquece. Financiar o pequeno produtor. Nosso caminho é o campo, a roça”. Ele defendeu ainda políticas para o turismo.
Tarifas do Detran
Entre outros assuntos tratados na entrevista, Laerte Gomes também condenou as altas taxas cobradas pelo Detran rondoniense. “O Detran tem um superávit alto. A Assembleia vai discutir com certeza esse problema, que vai estar na mesa de discussões. As taxas são altas, duas a três vezes mais que em estados vizinhos como Acre e Amazonas e sem política de educação de trânsito, sem retorno, sem campanhas”, afirmou.