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Política

Mais dois políticos são cassados em Rondônia

Sexta-feira, 27 Fevereiro de 2009 - 16:44 | MPF-RO


Na sessão realizada ontem (26) no Tribunal Regional Eleitoral, mais dois políticos tiveram seus diplomas de vereador cassados. A Procuradoria Regional Eleitoral sustentou em sua manifestação que nas últimas eleições os dois realizaram compra de votos.
O primeiro a ser cassado foi Isaú Raimundo da Fonseca, de Ji-Paraná, que adquiriu mais de 362 litros de gasolina no Posto Avenida, na avenida Marechal Rondon, local onde a Polícia Federal flagrou diversos eleitores abastecendo seus veículos com requisições fornecidas por políticos. O vereador negou a distribuição do “vale combustível”. Na ocasião a Justiça Eleitoral de Ji-Paraná o condenou à cassação do registro de candidatura, impedimento à diplomação e pagamento de multa de cinco mil reais. O então candidato defendeu-se e negou todas as acusações.
Em manifestação ao TRE, o procurador regional eleitoral Heitor Soares afirma que “as provas produzidas nos autos demonstram que o recorrente (Isaú Raimundo da Fonseca) teve participação na prática delituosa, corrompendo eleitores mediante compra de votos”. Assim, na sessão de ontem, por unanimidade, o TRE cassou o diploma do vereador.
O segundo cassado foi Edilson Cavalcante Procópio, de São Miguel do Guaporé, que era acusado de compra de votos e abuso do poder econômico. Nas vésperas das eleições, o candidato prometeu facilidades para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a pessoas analfabetas, em troca de votos. A facilidade consistia em disponibilizar uma pessoa para fazer a prova teórica do Detran em nome dos eleitores analfabetos. Procópio também foi acusado de fazer compra de votos, por meio de uma “colaboração” no valor de vinte reais por eleitor. Na época, a Polícia Militar colheu vários depoimentos de pessoas beneficiadas com as práticas.
Na primeira instância, a Justiça Eleitoral julgou que as provas não eram suficientes e negou o pedido de cassação. A Procuradoria Regional Eleitoral recorreu da decisão, ressaltando que um cabo eleitoral de Edilson Cavalcante Procópio fizera a compra de votos - fato que foi confirmado por diversas testemunhas, além da investigação da Polícia Militar. Ainda segundo a Procuradoria, Procópio teria se valido de ser instrutor de uma auto-escola e cunhado do dono da mesma auto-escola para prometer carteiras de motorista a analfabetos em troca de votos, o que configura abuso do poder econômico.
Com base nestas provas, o TRE decidiu pela cassação de Edilson Cavalcante Procópio, também por unanimidade. Rondoniagora.com

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