Política
Moreira defende perdão da dívida do Finame Rural
Sexta-feira, 05 Fevereiro de 2010 - 11:48 | Assessoria
O governo incentivou os produtores a comprarem novos equipamentos para a colheita, até porque precisava também proteger a indústria de equipamentos agrícolas, mas o financiamento se tornou impagável, revela o deputado. Ele ressalta que, mesmo tendo registrado um crescimento acentuado nos últimos anos, desde 2005 o setor agrícola vem sofrendo muitos prejuízos. O setor agrícola foi para o espaço, resume.
O governo incentivou os produtores a comprarem novos equipamentos para a colheita, até porque precisava também proteger a indústria de equipamentos agrícolas, mas o financiamento se tornou impagável, revela o deputado. Ele ressalta que, mesmo tendo registrado um crescimento acentuado nos últimos anos, desde 2005 o setor agrícola vem sofrendo muitos prejuízos. O setor agrícola foi para o espaço, resume.
O problema
Para Moreira Mendes, os produtores não conseguiram pagar o financiamento porque os juros bancários são muito altos. Tem máquina que foi comprada por 600 mil, mas o produtor só consegue vender a que ele comprou por 200 mil. Enquanto isso sua dívida com os bancos é de 1 milhão de reais, critica. As renegociações feitas até agora, diz o deputado, não resolvem a vida desses produtores, porque o governo apenas prorrogou a dívida.
A solução
Com o objetivo de resolver o problema e dar novo fôlego aos produtores, os parlamentares da Frente Agropecuária estiverem reunidos esta semana com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, e com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para cobrar uma solução imediata. O BNDES, o Banco do Brasil e os chamados bancos de fábrica são os credores, mas, de acordo com Moreira, é preciso envolver o governo federal e todas as entidades ruralistas na discussão.
Tem que haver o perdão da dívida - e não apenas uma renegociação. As partes envolvidas produtores rurais, bancos e governo vão ter que compartilhar o prejuízo. Alguém vai perder, e não pode ser apenas o produtor, aponta.
Moreira adiantou que o BNDES já se prontificou a modificar uma de suas resoluções, mas isso, em sua opinião, é apenas um paliativo. Os ruralistas querem a volta do crédito, a retomada dos investimentos, a possibilidade de pagamento das dívidas e um melhor equilíbrio no tamanho das propriedades, para evitar a concentração de terras e outras distorções. Ainda de acordo com o parlamentar, em Rondônia os mais prejudicados são os produtores do sul do Estado, especialmente os da região de Vilhena, que estão devendo aos bancos, perdendo patrimônio e com capacidade limitada de produção.