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Política

Moreira Mendes cobra autorização para construção do gasoduto Urucu-Porto Velho

Segunda-feira, 04 Agosto de 2008 - 18:04 | Assessoria


Em seu primeiro discurso na tribuna da Câmara depois do recesso parlamentar, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) voltou a cobrar do governo federal a autorização para construção do gasoduto Urucu-Porto Velho. Segundo ele, ao longo dos vinte anos de descoberta da bacia de Urucu - completados agora em julho – já foram gastos cerca de R$ 14,6 bilhões na queima de óleo diesel para produzir energia na Amazônia. Enquanto isso, o País perdeu bilhões de metros cúbicos de gás com a queima ou a reinjeção do produto nos poços. “Só agora, depois de muita luta dos deputados e senadores do Amazonas, é que o governo autorizou a construção do gasoduto Coari/Manaus. O que queremos é que o governo federal entenda o gasoduto Urucu-Porto Velho como uma obra prioritária para o desenvolvimento de Rondônia, principalmente para a capital Porto Velho”, defendeu.

Para reforçar seus argumentos em defesa do gasoduto, Moreira Mendes disse que a Petrobrás anunciou – ainda para este mês de agosto – o início da perfuração de dois novos poços no campo de Urucu, além de outros cinco até o final do ano. “A notícia é alvissareira, é muito importante para o desenvolvimento da Amazônia, sobretudo para os estados do Amazonas e também de Rondônia. Mas o nosso gasoduto Urucu-Porto Velho, que está todo projetado, com licença ambiental concedida pelo IBAMA, com os parceiros definidos, não há a menor possibilidade do governo federal se sensibilizar com a questão e autorizar a sua construção”, lamentou o deputado.

Atualmente, a bacia de Urucu produz 51,5 mil barris/dia de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural. Somente este ano, a Petrobrás está investindo R$ 660 milhões na área, dos quais R$ 529 milhões na perfuração de novos poços.

Moreira Mendes lamentou o descaso do governo federal para com o Estado de Rondônia, ressaltando que não há razões para que a obra do gasoduto não seja executada. “Ela aparece no PAC como obra prioritária, como projeto, mas há muito tempo deixou de ser projeto. Esta obra está pronta para ser executada, inclusive com o licenciamento ambiental, que é o mais difícil de se conseguir. O governo federal parece que está tinhoso com relação a Rondônia, parece que definitivamente virou as costas para o nosso Estado, não autoriza e não faz esforço para que a Petrobrás conclua o gasoduto”, concluiu.
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