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Política

Operação Apocalipse: Entenda as investigações que levaram a prisão de vereadores e o afastamento de deputados

Quinta-feira, 04 Julho de 2013 - 12:28 | RONDONIAGORA com TJRO


Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia, foram, determinadas na Operação Apocalipse, a suspensão da função parlamentar por 15 dias e a proibição de acesso à Assembleia Legislativa dos deputados Ana da 8, Adriano Boiadeiro, Cláudio Carvalho, Jean Oliveira e Hermínio Coelho. Também foi decretada sequestro/indisponibilidade de bens e busca e apreensão em seus domicílios e gabinetes, departamento financeiro e recursos humanos da casa, para coleta de provas.


O esquema, segundo apurou a polícia, teria ainda envolvimento de vereadores, empresários e funcionários públicos. Ao todo foram determinadas 64 prisões, entre elas a dos vereadores Jair Montes, Eduardo da Milla e Marcelo Reis. Eles estariam ligados aos supostos líderes da quadrilha, Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Bába e Fernando Braga Serrão, o Fernando da Gata, ambos com determinação de prisão preventiva. Beto é lotado no gabinete do deputado Adriano Boiadeiro. Nas investigações foi detectado que Beto e Fernando chefiariam também esquema de golpes a bancos com cartão de crédito. As cifras apuradas ultrapassam os 15 milhões de reais em apenas um dos bancos vítimas. A organização criminosa começou a ser investigada há um ano e meio por meio da delegacia de narcóticos. Porém, foi o depoimento da então esposa de Jair Monte que acabou por desvendar a intenção da quadrilha em se infiltrar no Poder Público para obter vantagens. Segundo a depoente, malas de dinheiro e drogas teriam sido escondidas na casa do vereador.
A decisão apontou grande lista de "fantasmas" e pessoas lotadas na Assembleia ligadas a traficantes que estariam investindo nas campanhas dos deputados para em seguida obterem lucro mediante desvios de recursos públicos por emendas parlamentares e os próprios salários desses contratados repassados à organização criminosa.
O esquema, segundo apurou a polícia, teria ainda envolvimento de vereadores, empresários e funcionários públicos. Ao todo foram determinadas 64 prisões, entre elas a dos vereadores Jair Montes, Eduardo da Milla e Marcelo Reis. Eles estariam ligados aos supostos líderes da quadrilha, Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Bába e Fernando Braga Serrão, o Fernando da Gata, ambos com determinação de prisão preventiva. Beto é lotado no gabinete do deputado Adriano Boiadeiro. Nas investigações foi detectado que Beto e Fernando chefiariam também esquema de golpes a bancos com cartão de crédito. As cifras apuradas ultrapassam os 15 milhões de reais em apenas um dos bancos vítimas. A organização criminosa começou a ser investigada há um ano e meio por meio da delegacia de narcóticos. Porém, foi o depoimento da então esposa de Jair Monte que acabou por desvendar a intenção da quadrilha em se infiltrar no Poder Público para obter vantagens. Segundo a depoente, malas de dinheiro e drogas teriam sido escondidas na casa do vereador.

Em seguida foram levantadas as nomeações em gabinetes dos deputados, como as esposas e outros parentes dos acusados, financiadores de campanhas, laranjas em empresas ligadas aos traficantes, empregados de confiança, a maioria deles com vida incompatível com a renda.

A complexidade das operações financeiras ilícitas são amplas, incluindo lavagem de capitais, originada da associação com o tráfico. A compra de material de construção e imóveis com cartões fraudados é outro exemplo apurado.

Outro nome que pareceu nas investigações, feitas sobretudo por interceptação telefônica autorizada pela justiça, é o de Michel Alves da Chagas, o Chimalé, condenado a mais 486 anos de prisão pelo Massacre do Urso Branco em 2002, que apesar de cumprir a pena , tem contato externo tanto para adquirir drogas quanto para financiar campanhas junto com Beto Baba. "A investigação demonstra um verdadeiro efeito cascata na seara criminosa, que deságua numa rede de crimes praticados por servidores públicos, parlamentares, empresários e particulares, o que ocasiona um grande prejuízo que acomete o cidadão contribuinte, tirando recursos que poderiam ser investidos em áreas sociais, como saúde, educação, transporte e outras, que atualmente, inclusive, têm sido pautas das inúmeras manifestações que têm assolado nosso país diariamente", escreveu o juiz de primeiro grau na decisão. Rondoniagora.com

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