Política
PARA ARTHUR VIRGÍLIO, MINISTRO ACHA QUE VIVE EM DITADURA AO DESCUMPRIR DECISÃO DO SENADO SOBRE BERON
Sexta-feira, 11 Janeiro de 2008 - 14:06 | RONDONIAGORA.COM

Essa decisão me feriu várias vezes. Como amazônida porque atinge um estado da minha região; me feriu como membro da oposição brasileira porque imaginamos que é nosso dever sustentar os pilares da democracia, arranhados com a decisão do Governo; como membro do Senado, a soberania da Casa foi jogada por terra, explicou o parlamentar, elogiando a atuação de Expedito no episódio.
Para o parlamentar tucano, o Governo Lula deveria respeitar a democracia e se achasse errado o que o Senado aprovou buscar os mecanismos legais. O caso seria provocar o Supremo Tribunal Federal. Se a partir da provocação do Governo, o STF decidisse pela inconstitucionalidade nós todos nos curvaríamos, inclusive o governador de Rondônia. Mas se decidisse o contrário, caberia o governo respeitar. Esse é o princípio da independência dos poderes, reafirmou o representante do Amazonas.
Ocorre, segundo ele, que o Governo Federal não fez provocação alguma no STF. Simplesmente o Senado decide que o Governo de Rondônia não precisa mais pagar a dívida do Beron, e o ministro Guido Mantega resolve de forma atabalhoada e arbitrária dizer não. Isso significa que não precisa mais do Senado porque temos uma ditadura implantada no País, criticou Arthur Virgílio.
Agora, o senador tucano aguarda a decisão da ministra Ellen Gracie, presidente do STF, e uma das plantonistas da Corte. É melhor estar nas mãos da ministra, que é criteriosa, técnica e centrada do que nas mãos do ministro Guido Mantega.
A entrevista completa do senador Arthur Virgilio (em áudio) será divulgada às 15 horas no jornal RO News da ALLTV Amazônia.