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Política

Polícia cumpre mandados na Câmara e escritórios de advocacia

Segunda-feira, 18 Abril de 2016 - 13:48 | Da Redacao


Gabinete da Câmara de Vereadores, escritório de advocacia, empresas com contrato com a prefeitura e residência de um vereador são alvos da ação 

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta segunda-feira (18), a terceira fase da Operação Água Limpa que investiga ilegalidades constatadas no Serviço Autônomo de Águas e Esgoto (Saae) de Vilhena. Sete delegados e 25 agentes e escrivães de Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras estão cumprindo oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da primeira vara criminal, todos na cidade de Vilhena. Nesta fase, estão entre os alvos são o vereador Carmozino Alves Moreira, além de um advogado sócio de Josafá Lopes Bezerra (ex-diretor-deral do Saae) num escritório de advocacia, bem como, duas empresas.

Lincoln Ossamu Mizusaki e Fábio Campos, delegados responsáveis pela investigação, após a apreensão de processos administrativos ocorrida no dia 19 de fevereiro, no Saae, constatou-se que a autarquia celebrou contratos, sem prévia licitação, com as empresas de J. Pires dos Santos Eireli, registrada em nome de Jovane Pires dos Santos e JC Santi Eireli-ME, de José Cleberson Santi, ex-assessor de Carmozino. No primeiro contrato, o Saae locou uma pá carregadeira, e, no segundo, fez locação de caminhão basculante, totalizando  R$ 135.220.

Ainda segundo a polícia, embora essas empresas estejam cadastradas em favor de Jovane Pires e José Cleberson, tudo indica que tais pessoas seriam apenas “laranjas”, pois a denúncia é de que a J.Pires pertenceria ao advogado e sócio do ex-diretor do Saae, exonerado em Janeiro deste ano, e a JC Santi seria do vereador Carmozino.

“Essas empresas, conforme apontaram as denúncias investigadas pela Polícia Civil, são no sentido de que foram constituídas para burlarem a lei, pois o vereador, por ocupar um cargo público, estaria vedado de contratar com o poder público, e o advogado, por ser amigo e sócio de Josafá, não poderia celebrar contrato com o SAAE, muito menos sem a prévia licitação”, disse o delegado Lincoln Mizusaki.

As buscas estão sendo cumpridas nas residências dos investigados e nas sedes das supostas empresas, bem como no gabinete do vereador, na Câmara Municipal.

Segunda fase

O inquérito da segunda fase da operação, que investigava os contratos do Saae com a empresa MWX já foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público e Judiciário. Por tal motivo, foi instaurado novo inquérito para apurar outros contratos irregulares da autarquia municipal nesta terceira fase.

Até agora, na operação Água Limpa, já foram indiciados e proibidos de frequentar ou contratar com a Prefeitura de Vilhena, Josafá Lopes Bezerra, além do ex-secretário municipal e ex-assessor do gabinete da prefeitura, Washington Luiz Sarat Santos e o sócio da MWX Marcelo Novaes Marinho, por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e fraude em licitações, além de dois proprietários de empresas de informática na cidade de Vilhena, por fraude em licitações.

No inquérito, decorrente da segunda fase da operação, ficou demonstrado que a empresa MWX recebeu mais de R$ 250 mil do Saae e não prestou grande parte dos itens do edital pelo qual foi paga pela empresa municipal, bem como já ficou provado que grande parte do dinheiro pago pela autarquia à MWX tinha como destino direto a conta do ex-assessor de gabinete e ex-secretário adjunto da prefeitura.

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