Política
PT junta Cassol e Agnaldo Muniz
Domingo, 04 Maio de 2014 - 10:40 | RONDONIAGORA
FÁTIMA CLEIDE É CONVIDADA A FICAR FORA DO PROCESSO ELEITORAL
O improvável parece acontecer em Rondônia no cenário político. O Partido dos Trabalhadores está cada vez mais convicto da participação do senador Ivo Cassol (PP) e de todo seu grupo na campanha do deputado federal Padre Ton ao Governo de Rondônia. No último encontro, realizado em Cacoal, os aliados petistas confirmaram conversações com o PSC do ex-deputado Agnaldo Muniz. Membro da Igreja Assembleia de Deus, Agnaldo foi responsável por uma campanha contra a reeleição da ex-senadora Fátima Cleide por ela apoiar o projeto de homofobia no Congresso Nacional, inclusive proibindo pastores de condenar a união homossexual nos cultos da igreja. Fátima Cleide tentou demover a ideia de Ton, mas o próprio partido pediu que ela se retirasse da disputa eleitoral em favor das negociações com os outros partidos. “Poderia pelo menos deixar engatilhada a minha candidatura, caso não dê certo essas alianças”, teria dito ela, mas novamente recebeu uma resposta negativa. Padre Ton sai ao Governo e os cargos de vice-governador e senador estão a disposição dos eventuais aliados, Cassol e Agnaldo Muniz. Em relação a aliança com o PMDB, Padre Ton deixou escapar o que realmente acontece nos bastidores políticos quando os dirigentes tratam de negociações majoritárias. “Esse partido descumpriu todos os acordos com o PT”, disse ele sobre o PMDB. Padre Ton se referia a distribuição de cargos do terceiro e segundo escalão para os companheiros no Governo Confúcio Moura e a recusa do chefe do Executivo a ceder secretarias de “porteiras fechadas”. “Volto a rezar missa, mas vice do Confúcio eu não serei”, esclareceu Padre Ton, sepultando os comentários de que o PMDB estaria fazendo gestões em Brasília para o PT nacional empurrar “goela abaixo” a aliança com o governador Confúcio Moura.
Plano B
Em relação a Agnaldo Muniz, ele já demonstrou o interesse de disputar o Senado. Ele estava conversando com o ex-senador Expedito Junior (PSDB) e o tucano já contava com o PSC nas alianças majoritária e proporcional, mas naquele grupo Agnaldo não tem chances de concorrer ao Senado, já que a vaga pertence ao PSD do deputado federal Moreira Mendes. Agnaldo busca na aliança com o PT e o grupo do senador Cassol a possibilidade de concorrer ao cargo de senador. Agnaldo traria para esse pacto o apoio dos pastores da Assembleia de Deus.