Um ano depois, atentado contra o Rondoniagora não foi esclarecido

Cinco tiros foram efetuados durante a madrugada de 14 de março de 2013

Não houve qualquer avanço no inquérito que apura o atentado contra o Jornal RONDONIAGORA, ocorrido no dia 14 de março do ano passado, quando criminosos efetuaram cinco disparos na sede da empresa, em Porto Velho. O crime foi parar nas estatísticas policiais, da categoria e até em organismos internacionais. No entanto, a empresa e a sociedade não tiveram qualquer resposta da Polícia Civil, responsável pelas investigações.

Crimes contra jornalistas e veículos de comunicação em Rondônia são rotina. No ano anterior, em crime que também continua impune, o editor do site Tudorondonia, Rubens Coutinho, foi violentamente agredido pelo então diretor do Pronto Socorro João Paulo II, Sérgio Paulo de Mello Mendes Filho. Na inversão de valores, o médico processa veículos de comunicação que noticiaram o caso. O dono do site Rondoniaovivo foi outra vítima da truculência por falar a verdade: o ex-prefeito Roberto Sobrinho o agrediu frente a câmeras de tv. No final do ano passado, o ex-diretor da Rádio Meridional de Jaru Claudio Moleiro de Souza foi morto a tiros.

No caso do RONDONIAGORA o atentado ganhou ampla repercussão em todo o país, mas nada avançou.

O prédio sofreu atentado à bala na madrugada da quinta-feira, 14 de março. Pelo menos cinco disparos foram efetuados às 4h15min, atingindo as áreas externa e interna do local. As balas atingiram a diretoria e redação da empresa. No momento do crime, um repórter policial finalizava matérias, mas nada sofreu.

Delegado ouviu disparos

O delegado Moacir Figueiredo, titular da quinta delegacia de polícia de Porto velho, ouviu três disparos, por volta de 4h30 min da madrugada de 14 de março. Ele mora a 100 metros da sede da empresa, “Pela experiência, julgo ter sido usada uma pistola. Saí, fiz uma averiguação nos fundos da minha casa e caminhei, com minha arma, até as imediações da TV, mas não vi ninguém”, disse ele. A esposa do delegado, que dormia, também acordou com os tiros. Uma mulher que não se identificar também falou á reportagem: “foram três tiros muito rápidos.