Política
UOL: PF descobre "condomínio" de madeireiras em área da União na Amazônia; 8 são presos; irmão de deputado Lebrão também
Quarta-feira, 01 Junho de 2011 - 00:35 | UOL
A Polícia Federal de Rondônia prendeu nesta terça-feira (31) oito madeireiros que invadiram uma área de aproximadamente 170 mil hectares pertencente à União --equivalente à área da cidade de São Paulo-- para extrair ilegalmente árvores nobres, como cerejeira, mogno e faveira-ferro na região da divisa dos Estados de Rondônia, Acre e Amazonas, sobretudo em Vista Alegre do Abunã (RO)
Segundo o delegado Carlos Sanches, os criminosos cercaram e dividiram a área para cada um dos envolvidos e criaram uma espécie de condomínio fechado, batizado de Condomínio Jequitibá", em alusão à madeira da árvore de mesmo nome. A região invadida pelos criminosos é de selva fechada.
Entre os detidos está José Genário Macedo, conhecido como Ceará Popó, que segundo a PF é patrão de Ozias Vicente Machado, preso na segunda-feira (30) suspeito pela morte do líder camponês, Adelino Ramos, o Dinho, assassinado na sexta-feira (27). No final do ano passado, agentes da PF à paisana foram informados da intenção de Ceará Popó em matar Dinho, que colaborava com o Ibama no combate aos madeireiros ilegais.
Na mesma ocasião, os policiais ouviram que Ceará Popó tinha interesse em matar agentes da PF. A Polícia Civil investigará se Ceará Popó tem participação na morte do ativista. Também foi preso Pedro Amarildo Clemente, irmão do deputado estadual José Eurípedes Clemente (PTN).
Segundo a PF, o grupo invadiu a área e começou a montar o condomínio em meados de 2009. Nesses dois anos, os criminosos removeram, sobretudo, as árvores nobres, mas a ideia era posteriormente desmatar a região para criar gado. Pelo menos 45 mil metros cúbicos de madeira foram retirados e 1.500 hectares foram devastados --equivalente a mais de 2.000 campos de futebol.
O grupo cobrava R$ 30 de pedágio para cada caminhão que atravessasse a área, que é cortada por estradas de terra precárias, em nome da Associação Ruralista do Ramal Jequitibá, que não existe legalmente. Monitoramos o local e contabilizamos que em 90 dias passaram pelo menos 2.000 caminhões, afirma Sanches. A quadrilha ainda mantinha olheiros que portavam rádios e telefones clandestinos.
Além de Ceará Popó e Clemente, foram presos Nixon Luiz Severino, André Bandeira Macari, Nedio Francisco Carbonera, Pedro Cesconeto, Ivo Armindo Ladwing e Moisés Basso Stevanelli. Os presos foram levados para o presídio Urso Panda, anexo do Urso Branco, em Porto Velho.
Segundo o delegado Carlos Sanches, os criminosos cercaram e dividiram a área para cada um dos envolvidos e criaram uma espécie de condomínio fechado, batizado de Condomínio Jequitibá", em alusão à madeira da árvore de mesmo nome. A região invadida pelos criminosos é de selva fechada.
Entre os detidos está José Genário Macedo, conhecido como Ceará Popó, que segundo a PF é patrão de Ozias Vicente Machado, preso na segunda-feira (30) suspeito pela morte do líder camponês, Adelino Ramos, o Dinho, assassinado na sexta-feira (27). No final do ano passado, agentes da PF à paisana foram informados da intenção de Ceará Popó em matar Dinho, que colaborava com o Ibama no combate aos madeireiros ilegais.
Na mesma ocasião, os policiais ouviram que Ceará Popó tinha interesse em matar agentes da PF. A Polícia Civil investigará se Ceará Popó tem participação na morte do ativista. Também foi preso Pedro Amarildo Clemente, irmão do deputado estadual José Eurípedes Clemente (PTN).
Segundo a PF, o grupo invadiu a área e começou a montar o condomínio em meados de 2009. Nesses dois anos, os criminosos removeram, sobretudo, as árvores nobres, mas a ideia era posteriormente desmatar a região para criar gado. Pelo menos 45 mil metros cúbicos de madeira foram retirados e 1.500 hectares foram devastados --equivalente a mais de 2.000 campos de futebol.
O grupo cobrava R$ 30 de pedágio para cada caminhão que atravessasse a área, que é cortada por estradas de terra precárias, em nome da Associação Ruralista do Ramal Jequitibá, que não existe legalmente. Monitoramos o local e contabilizamos que em 90 dias passaram pelo menos 2.000 caminhões, afirma Sanches. A quadrilha ainda mantinha olheiros que portavam rádios e telefones clandestinos.
Além de Ceará Popó e Clemente, foram presos Nixon Luiz Severino, André Bandeira Macari, Nedio Francisco Carbonera, Pedro Cesconeto, Ivo Armindo Ladwing e Moisés Basso Stevanelli. Os presos foram levados para o presídio Urso Panda, anexo do Urso Branco, em Porto Velho.
Veja Também
POLÍCIA PRENDE MAIS 5 SUSPEITOS DE PARTICIPAÇÃO NA MORTE DE ADELINO RAMOS
As investigações do assassino do líder camponês Adelino Ramos avançaram nesta quarta-feira com o cumprimento de 5 mandados de prisão expedidos pela...
POLÍCIA CIVIL NÃO TEM DÚVIDAS DE QUE SUSPEITO PRESO MATOU ADELINO RAMOS
Com informações desencontradas sobre a prisão de cinco novos suspeitos de envolvimento da morte do camponês e ex-líder do MCC, Adelino Ramos, a Pol...
FAMÍLIA DE SUSPEITO DA MORTE DE ADELINO RAMOS FEZ AMEAÇAS, DIZ DELEGADO; CONFIRA VÍDEO
O delegado regional de Extrema, Thales Beiruth, disse na manhã desta quinta-feira em Porto Velho que a família de Ozias Vicente fez ameaças de mort...
Irmão de deputado estadual é solto pela Justiça Federal
Por determinação do juiz da 5ª Vara Federal, Herculano Martins Nacif, já está solto Pedro Amarildo Clemente, irmão do deputado estadual José Euripe...