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Política

Vice do DF renuncia ao cargo após escândalo

Terça-feira, 23 Fevereiro de 2010 - 16:31 | TERRA


O governador interino do Distrito Federal (DF), Paulo Octávio, entregou a carta de renúncia ao cargo na tarde desta terça-feira, que deve ser lida às 17h, na Câmara Legislativa. Hoje, Paulo Octávio também anunciou sua desfiliação do DEM. O político, que era vice-governador do DF, assumiu o governo após o afastamento do cargo e prisão de José Roberto Arruda por suposto envolvimento em um caso de pagamento de proprina no DF.



Paulo Octávio chegou perto de renunciar na quinta-feira passada, reclamando da falta de apoio para comandar o governo, mas recuou no último momento, alegando estar atendendo a vários apelos que teria recebido de parlamentares, autoridades e da população.

Ele chegou a dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também havia feito um pedido para que continuasse, informação que foi desmentida pela Palácio do Planalto e pela própria assessoria do governo, ao dizer que o governador em exercício teria se confundido ao falar de improviso.

O político entregou na tarde desta terça-feira também a carta de desfiliação do DEM ao presidente nacional da legenda, Rodrigo Maia, na liderança do partido na Câmara dos Deputados. Ontem, Paulo Octávio havia afirmado que iria esperar a decisão do DEM sobre a sua permanência ou não no partido.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
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