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A cultura da propina nos leva ao buraco - Por Ivonete Gomes
Segunda-feira, 19 Março de 2012 - 12:30 | Ivonete Gomes
Não foi exatamente a descoberta da pólvora, mas a reportagem da revista eletrônica Fantástico, da Rede Globo de Televisão, tornou pública uma prática enraizada em todas as esferas de poder desde a instituição das parceiras público-privadas no Brasil.
Empresário disposto a prestar serviços ou fornecer produtos à administração pública está obrigado a dominar a arte do tiquinho. Um tiquinho de propina aqui para ganhar a licitação, outro tiquinho ali para aprovar pareceres. E acolá, mais um tiquinho para liberação de pagamento. Daí o espetacular fenômeno das obras superfaturadas, já que empresário não coloca a mão no bolso, e, portanto, toda a propinagem é devidamente incluída no valor global do processo.
Na impossibilidade de alcançar um valor que contemple todo o esquema, a palavra de ordem é economia. Reduz-se a qualidade da obra e garante-se o lucro do empresário e a propina do contratante. Na melhor das hipóteses, o resultado pode ser uma cratera em uma rodovia federal, o rompimento de camada asfáltica com milímetros de espessura, calçadas de acessibilidade fora dos padrãos, ruas com visível falta de terraplanagem ou casas populares em formato de pombal. Na pior das hipóteses, caro leitor, a obra é abandonada.
Salvo engano, e deixando para outra oportunidade análise das vias públicas de Ji Paraná, parece-nos que em Rondônia é o portovelhense quem mais vem sofrendo com a má qualidade dos serviços públicos.
Outrora orgulho do prefeito Roberto Sobrinho, a Zona Leste de Porto Velho está, literalmente, afundando. Os milhões gastos na pavimentação asfáltica, calçadas e meio-fio foram varridos por um único inverno amazônico. A má execução da obra ficou evidenciada aos demais moradores da cidade com o desvio obrigatório da BR-364, onde, inesperadamente surgiu um buraco de proporções corruptas.
A passagem obrigatória pelos bairros Ulisses Guimarães, Airton Senna e Mariana traz à tona o avesso das propagandas do petista de que a capital está um primor. Da obra, inaugurada com pompas no ano passado, restam apenas resquícios de um Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) que deveria ter vida útil de 20 anos .
Óbvio que o discurso populista de Roberto Sobrinho está afiado. A culpa é do fluxo de carretas (em uma semana de desvio). A culpa é de desse São Pedro (ó algoz!).
Empresário disposto a prestar serviços ou fornecer produtos à administração pública está obrigado a dominar a arte do tiquinho. Um tiquinho de propina aqui para ganhar a licitação, outro tiquinho ali para aprovar pareceres. E acolá, mais um tiquinho para liberação de pagamento. Daí o espetacular fenômeno das obras superfaturadas, já que empresário não coloca a mão no bolso, e, portanto, toda a propinagem é devidamente incluída no valor global do processo.
Na impossibilidade de alcançar um valor que contemple todo o esquema, a palavra de ordem é economia. Reduz-se a qualidade da obra e garante-se o lucro do empresário e a propina do contratante. Na melhor das hipóteses, o resultado pode ser uma cratera em uma rodovia federal, o rompimento de camada asfáltica com milímetros de espessura, calçadas de acessibilidade fora dos padrãos, ruas com visível falta de terraplanagem ou casas populares em formato de pombal. Na pior das hipóteses, caro leitor, a obra é abandonada.
Salvo engano, e deixando para outra oportunidade análise das vias públicas de Ji Paraná, parece-nos que em Rondônia é o portovelhense quem mais vem sofrendo com a má qualidade dos serviços públicos.
Outrora orgulho do prefeito Roberto Sobrinho, a Zona Leste de Porto Velho está, literalmente, afundando. Os milhões gastos na pavimentação asfáltica, calçadas e meio-fio foram varridos por um único inverno amazônico. A má execução da obra ficou evidenciada aos demais moradores da cidade com o desvio obrigatório da BR-364, onde, inesperadamente surgiu um buraco de proporções corruptas.
A passagem obrigatória pelos bairros Ulisses Guimarães, Airton Senna e Mariana traz à tona o avesso das propagandas do petista de que a capital está um primor. Da obra, inaugurada com pompas no ano passado, restam apenas resquícios de um Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) que deveria ter vida útil de 20 anos .
Óbvio que o discurso populista de Roberto Sobrinho está afiado. A culpa é do fluxo de carretas (em uma semana de desvio). A culpa é de desse São Pedro (ó algoz!).
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