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BOMBA: Documentos comprovam que Valdir Raupp para se eleger governador negociou secretarias e cargos com seus aliados políticos
Quarta-feira, 27 Outubro de 2010 - 16:11 | Walmir Miranda
Ante a farta documentação que está em poder da imprensa, não existe a menor dúvida que o hoje senador da República, Valdir Raupp (PMDB), para se eleger governador do Estado de Rondônia fez acordo com “deus e o diabo” para superar seus adversários e concretizar o ambicionado “sonho”.
As firmas (assinaturas) foram reconhecidas pela tabeliã Helena Carvajal. Portanto, não há como negar a veracidade desses documentos.
RAUPP: “O PASSADO NÃO FOI TÃO RUIM ASSIM”
A documentação chega a ser estarrecedora pelo conteúdo explicito, assim como, pelo detalhamento das “negociações” com os supostos beneficiários, de forma que se assegurasse a vitória de Raupp para o principal cargo político de Rondônia: governador.
As “negociações” à época giraram em torno de R$ 11.000.000,00 (onze milhões de reais) sob a denominação de: TERMO DE COMPROMISSO – DESPESAS DE CAMPANHA, que embora tivesse “ares” de legal também soou aos olhos da população como algo imoral.
Porque ficou claro que tudo tinha o endosso do grupo liderado pelo hoje senador da República pelo PMDB.
O Termo de Compromisso – Despesas de Campanha - foi devidamente reconhecido em Cartório, posto que, dele constam às assinaturas de Valdir Raupp, do ex-deputado Chagas Neto e de João Bosco Oliveira de Almeida (que era presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR), além dos demais envolvidos na “tramóia” que agora veio à tona, e esta causando efeito de uma autêntica bomba no cenário político estadual.
As firmas (assinaturas) foram reconhecidas pela tabeliã Helena Carvajal. Portanto, não há como negar a veracidade desses documentos.
RAUPP: “O PASSADO NÃO FOI TÃO RUIM ASSIM”
Cabe mencionar que, na 5ª-feira pretérita (21/10), Raupp foi indagado pela reportagem do RONDIAGORA, sobre a venda da Ceron, a falência do Beron, além de saques indevidos do FGTS de um grupo de servidores estaduais. Essas operações teriam sido realizadas por diversas pessoas que atualmente, ou seja, em 2010, estão ao lado do candidato a governador Confúcio Moura (PMDB) pregando a denominada “NOVA RONDONIA”.
Em relação a tudo isso, o ex-governador e atual senador Valdir Raupp disse que: “o passado não foi tão ruim assim”.
E como a população rondoniense sabe, Raupp é o maior entusiasta da campanha de Confúcio Moura, e também uma espécie de “guru”, ao lado de políticos como o ex-governador José Bianco, o ex-senador Expedito Júnior, o ex-deputado estadual Carlão de Oliveira, a ex-senadora Fátima Cleide, o ex-deputado federal Eduardo Valverde, o ex-vereador David Chiquilito, e do atual senador pelo PDT, Acir Gurgacz, dentre outros.
Pela documentação supra mencionada se pode deduzir que, Raupp teria sido mesmo capaz de “negociar” o Estado de Rondônia para conseguir se tornar governador. Sobre modo, sob a promessa de dividir os cargos mais importantes do Estado, além de direcionar licitações para contemplar com obras importantes as empreiteiras através das quais passaria o dinheiro dos cofres estaduais.
Tudo com o objetivo de “saldar” compromissos de sua milionária campanha eleitoral pela coligação “A Vontade do Povo”, e em cujo grupo se encontrava figuras como: ele (Raupp), Chagas Neto, Marcos Gomes Pires, Olavo Pires (que foi assassinado posteriormente e até hoje não se sabe quem foi o mandante), Olavo Pires Neto (Olavinho), e Emerson Olavo Serpa Pires.
CONTRATAÇÕES
Como que prevendo gastos pesados no segundo turno daquelas eleições majoritárias, Valdir Raupp teria entendido que seria preciso, assim que assumisse o governo, direcionar licitações e contratar logo nos primeiros meses de governo obras de saneamento e terraplenagem com as empresas: 1) EGO EMPRESA GERAL DE OBRAS S.A; 2) MCC - MADEIRAS COMÉRCIO E CONSTRUÇÕES LTDA; 3) LOQUIP S/A CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO, além de outras empresas indicadas pela família do ex-senador Olavo Pires.
Consta do documento subscrito por Valdir Raupp: “FICA ESTIPULADO, NESTA DATA, O VALOR DE CR$ 03 (TRES BILHÕES DE CRUZEIROS), cerca de R$ 11.000.000,00 (Onze Milhões de Reais) em obras, DEVENDO ESTE VALOR SER ACRESCIDO DA DEVIDA CORREÇÃO”.
Dolorida e vergonhosa realidade devidamente comprovada pela documentação em poder da imprensa. Como diz o adágio popular: contra fatos não existe argumentos. Embora as personalidades mencionadas tenham o sagrado direito de espernear à vontade nessa questão.
Essa documentação também mostra que, naquela oportunidade foram negociadas diversas secretarias de estado. Dentre estas: a SEPLAN e todos os seus cargos; Depois aparece a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM); Secretaria de Segurança Pública; Caerd; Companhia de Habitação (COHAB); Enaro: Companhia de Mineração de Rondônia; CAGERO; Procuradoria Geral do Estado; DER, além de 38 (trinta e oito) Cargos de Direção Superior (CDS).
VORACIDADE ATINGIU O BERON
A documentação em poder da imprensa mostra que o Ex-Banco do Estado de Rondônia (BERON) também fez parte das “negociações” comandadas pelo hoje senador Valdir Raupp (PMDB). Pelo menos é o que consta com todas as letras no ÍTEM 4, do famigerado TERMO DE COMPROMISSO. Ali fico definido que a presidência do Ex-Banco de Rondônia, todas as suas diretorias, cargos comissionados e o seu Conselho Deliberativo foram negociados também com apoiadores da candidatura de Valdir Raupp.
Em função daquela vergonhosa “negociata”, atualmente, Rondônia paga mensalmente ao Banco Central cerca de R$ 12.000.000,00 (Doze Milhões de Reais), porque o BERON foi a falência e, também teve de pagar milhões em indenizações aos seus funcionários. À época teve gente que recebeu indenização superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais). Essas coisas foram amplamente divulgadas através da imprensa.
A negociata teve como beneficiários: Olavo Pires Gomes Neto, Emerson Serpa Pires, Marco Emílio Gomes Pires, Chagas Neto e João Bosco de Oliveira de Almeida.
Portanto, se alguém agora vier dizer que esses fatos são mentiras, que antes de mais nada, saibam, que a afirmação disso está no bojo do famigerado TERMO DE COMPROMISSO – DESPESA DE CAMPANHA, subscrito pelas pessoas acima mencionadas.
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A DELICADA SITUAÇÃO DE CONFÚCIO E SEUS APOIADORES
Por toda essa lamentável situação que a população de Rondônia não merece, em função das marcas deixadas pelo passado do ex-governador Valdir Raupp (PMDB), se pode imaginar o quão delicada é, no momento, a situação do candidato Confúcio Moura (PMDB).
Confúcio não tem como negar os “laços” que o envolve com Valdir Raupp e com os diversos apoiadores de sua candidatura ao governo de Rondônia, principalmente, pelo “palanque” que formou para disputar o segundo turno das eleições contra o governador João Cahulla.
Confúcio sabe que ao juntar em seu “palanque”, partidos políticos de extrema esquerda e de extrema direita, “no afã de unir todos contra um”, sob o slogan “UMA NOVA RONDÔNIA” teria deixado transparecer que, na verdade, o que lhe interessa, bem como, ao grupo de Valdir Raupp é vencer a eleição a qualquer custo. Sem se importar com as seqüelas deixadas pelo ex-governador peemedebista, e em decorrência das quais, Rondônia e sua população continuam pagando um elevado preço.
POPULAÇÃO NÃO ESQUECEU
Assim, como analistas da política tupiniquim já estariam conjecturando, Confúcio teria cometido erro crasso ao declarar num debate televisivo: “QUE CAHÚLLA CONTINUA FALANDO DE COISAS QUE A POULAÇÃO JÁ ESQUECEU DE LONGAS DATAS”.
• Será que a população de Rondônia é tão desalmada, a ponto de ter esquecido a grande convulsão social, que sacudiu o Estado, em decorrência das quase dez mil demissões (lamentavelmente ocorridas dentro do governo de José Bianco) e que levaram pais e mães de famílias ao desespero, porque sequer tiveram direito as suas indenizações? E que teve gente que teria entrado em depressão a ponto de falecer?
• Será que Confúcio esqueceu que José Bianco (DEM) recebeu o Estado “arrebentado” das mãos de se antecessor (Valdir Raupp)? Inclusive, com diversas folhas de pagamento dos servidores estaduais atrasadas?
• Será que já saiu da memória da população que Valdir Raupp, quando governador de Rondônia, vendeu as Ações Nominativas Ordinárias da CERON para a ELETROBRÁS, a preço de “banana”?
• Será que Confúcio pensa que a população esqueceu da “história” dos saques (irregulares) de FGTS de um grupo de servidores estaduais? E que os saques também teriam ocorrido no governo de Valdir Raupp (PMDB)?
Não se sabe se Confúcio Moura (que parece já estar comemorado sua eleição antes da hora), sabe dos efeitos que aqueles lamentáveis e vergonhosos fatos continuam causando à população rondoniense? Ou se apenas está fazendo “jogo de cena”, em razão da atual refrega política.
Entretanto, convém analisar que é uma verdade incontestável que a revelação desses documentos (TERMO DE COMPROMISSO – DESPESAS DE CAMPANHA), portanto, atinentes as “negociações e partilha” de órgãos do Estado, quando da eleição de Valdir Raupp ao governo, e que podem, sim, modificar o cenário político em Rondônia até o dia 31, domingo próximo, quando o eleitorado irá decidir quem realmente quer para dirigir os destinos do Estado pelos próximos quatro anos.
IMPACTO NEGATIVO
Não se pode deixar de levar em consideração, também, que para grande parte da população, a atitude de Confúcio ao desfilar em carro aberto (numa carreata em Alta Floresta) ao lado de políticos, dentre os quais Carlão de Oliveira (ex-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia) que luta para escapar de condenações impostas pela Justiça, tendo inclusive sido preso na “Operação Dominó” da Polícia Federal, causou impacto tremendamente negativo para a sua campanha ao governo.
Da mesma forma que, para a população soou como muito estranho o posicionamento do ex-governador José Bianco (DEM), em apoiar Confúcio desde o primeiro turno das eleições, ou seja, esqueceu que “comeu o pão que o diabo amassou” ao receber o governo das mãos de Raupp, e apesar de feito um bom governo teve de amargar a derrota nas urnas quando buscou reeleger-se, porém, perdeu para Ivo Cassol.
Tem ainda a situação de Expedito Júnior (PSDB), que segundo se comenta em todo o Estado, poderia vir a ter um contrato milionário com o governo, vez que é empresário da área de segurança privada. Isso faz sentido, porque antes de romper com Cassol, como a população também sabe, o ex-senador Expedito tinha contrato com o Estado em valor mensal bastante substancial.
Completando o corolário de fatos que, de certa forma, vem contribuindo para modificar a opinião do eleitor sobre Confúcio Moura (PMDB), ainda resta a expectativa sobre que não teria sido prometido para o PT, PSB, PC do B, PDT, dentre outras siglas que estão no seu palanque eleitoral “batalhando” contra acrescente candidatura de João Cahulla.
Também pode ser considerado nesse contexto, o tremendo obstáculo criado para Confúcio e Valdir Raupp, com a aliança que João Cahulla (PPS) fez com o PSDB, inclusive, passando a pedir votos para o candidato a presidente José Serra, que venceu Dilma (PT), em Rondônia, quando do primeiro turno das eleições. Verdade ou não?
Por essas e por outras é que a eleição ainda apresenta aspectos de indefinição. Embora exista quem acredite exatamente o contrario.
Porém, como se pode observar, a realidade é outra bem diferente. É isso que está na boca do povo em todo o Estado atualmente.
ATÉ A PRÓXIMA, PREZADO LEITORES !!!
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