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Conversa mole
Terça-feira, 25 Março de 2014 - 14:28 | Gessi Taborda
Fala-se outra vez sobre os riscos do prefeito de Porto Velho sofrer um processo de “impeachment”, diante do rosário de escândalos que vai destruindo a antiga imagem de Mauro Nazif, com um aríete da corrupção.
REGISTRO
REGISTRO
A coluna acabou não registrando no sábado a importante efeméride do Dia da Água. E olha que esse é um assunto importante para os moradores de Rondônia, especialmente os de Porto Velho, onde pouco ou nada se fez nos últimos governos para garantir água tratada a 100 por cento da população, a não ser, claro, as promessas de praxe. E, reforcemos: não há luz no final do túnel, principalmente pela situação de desordem e falência da estatal (Caerd) responsável pela execução e gestão da captação, tratamento e distribuição da água à população.
Talvez exatamente por isso tanto o governante do PMDB, o tal filosófico Confúcio, como os políticos locais preferiram o silêncio sobre o Dia da Água, registrada no sábado, 22.
MORTE DE MILHÕES
Há uma meta definida na política mundial: a redução pela metade do número de pessoas sem acesso à água potável. A cinco anos do prazo para a meta, que vence em 2015, 87% da população mundial dispõe de fontes de abastecimento de água potável, diz relatório da ONU divulgado na semana que passou. Apesar do avanço em relação ao acesso à água potável, os números sobre o saneamento básico ainda são ruins.
Mais de 2,6 bilhões de pessoas – 39% da população mundial – continuam sem esse serviço. De acordo com o documento, o problema ainda mata anualmente 1,5 milhão de crianças de até 5 anos.
AFETADOS DE RO
As crianças e mulheres, segundo a OMS/Unicef, são as mais atingidas pelas dificuldades no acesso à água e na falta de saneamento básico.
Desconheço a existência de um algum estudo confiável sobre o reflexo da falta de água tratada para crianças rondonienses. Certamente são números capazes de pesar na consciência daqueles que dilapidaram recursos vindos para custear o saneamento básico na capital e no interior. Isso se os maus políticos tivessem algum tipo de consciência.
CASCATEIRO
O colunista já não se ilude com esse negócio de faz de conta da administração municipal há muito tempo. É cada vez mais difícil pedir credibilidade popular para os dirigentes públicos de Rondônia, especialmente para incompetência indisfarçável do prefeito de Porto Velho, o “probo” Mauro Nazif.
Ao dar posse aos integrantes do Conselho Municipal de Educação (com mandatos até 2017), Mauro Nazif saiu-se com essa nova cascata: “Nós compramos a ideia de transformar a educação de Porto Velho em um referencial nacional, para isto precisamos valorizar e principalmente investir na formação dos educadores da rede”. E o prefeito falou isso como se não acreditasse na total falta de credibilidade que a população lhe devota.
É claro que a declaração do alcaide mereceu aplausos de Mário Jorge (ex-vereador) e Mara Genery Centeno (???) escolhidos, respectivamente, como presidente e vice do tal CME. Afinal, certamente vão garantir altos estipêndios sem a obrigação de dar qualquer show de competência.
SEM PLANO
Mara parece ter saído do nada. Possivelmente por não ter compreendido o espírito da coisa revelou uma inconfidência na solenidade de posse: o ensino público municipal, funcionando a muito tempo de forma calamitosa, não tem plano de educação municipal. “O plano é uma das atribuições do fórum permanente, iremos trabalhar na sua conclusão”, afirmou Mara.
Já Mário Jorge, com seu jogo de cintura de político e professor, estabeleceu como meta a construção de um prédio para abrigar o Conselho. É preciso ficar atento sobre o valor da obra, a empreiteira, etc, etc.
PENHORA
O Grupo Laselva, maior rede de livrarias em aeroportos no Brasil, conseguiu reverter na Justiça uma penhora online de R$ 170 mil. A decisão foi deferida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), considerando que a empresa está em recuperação judicial e que não poderia sofrer com o bloqueio do valor. A Laselva, que tem dívidas estimadas em R$ 120 milhões, “poderá seguir com sua recuperação judicial sem sofrer restrições patrimoniais da espécie nestes autos, pois estarão afastados atos judiciais que possam comprometer a sobrevivência da sociedade empresária e implicar em prejuízo à Recuperação Judicial”.
CATÓLICOS
Recebo e repasso o convite do Seminário Maior João XXIII, da Arquidiocese de Porto Velho, para participar das festividades por ocasião da canonização dos beatos João XXIII e João Paulo II, que serão realizadas na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré (Rua Pau Ferro 640 – Bairro Eldorado), no próximo dia 27, com missa solene que começa a ser celebrada às 16 horas. O convite está assinado Pe. Geraldo Siqueira de Almeida, reitor do Seminário.
VIOLÊNCIA
O aumento da violência em Rondônia, destacado pela imprensa todos os dias em suas manchetes (especialmente nos sites) é, na verdade, generalizado e contra as pessoas e contra a propriedade, de lastro até para o crime organizado. O policiamento ostensivo em Porto Velho (e, como consta, também nas cidades dó interior) faliu. Procure um PM patrulhando nas calçadas em qualquer bairro: não se encontra. Lembre-se do “Cosme e Damião”? Só existe por aqui em vias comerciais nas épocas das festas de final do ano.
Não dá para ver luz no fim do túnel. As manchetes sobre execuções (como a registrada dia desses em Candeias, só para exemplificar) assaltos, roubos, homicídios é apenas o reflexo da falta de credibilidade na segurança pública de responsabilidade do governo e também na incapacidade da Justiça e julgar, condenar e manter na cadeia os marginais.
MACUNAIMA
E agora – com a desculpa das inundações – a desorganização macunaímica de Porto Velho é geral, visível, sensível, vergonhosa, descarada, principalmente nas praças (??) do centro da cidade tomadas pelo comércio da pirataria, do contrabando e do negócio marginal, numa permissão ilegal disfarçada de “apoio social” a quem por longos anos vive desse empreendedorismo de faz-de-conta. O prefeito trata a cidade com total descaso. Ao permitir que a lei seja desrespeitada pelo comanda da pirataria tomando conta dos logradouros públicos, o prefeito não só ajuda a incentivar a ilegalidade como parece contribuir para acobertar as atividades ilícitas que ainda concorrem com comerciantes que pagam impostos e geram empregos.