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FIM DA ERA SOBRINHO E A LAMA NO PT - Por Ivonete Gomes

Domingo, 09 Dezembro de 2012 - 12:24 | Ivonete Gomes


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“Decepcionam aqueles que acreditaram na promessa de uma sigla partidária que chegaria ao poder para mudar a vida da população”



O final do segundo mandato do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), foi antecipado em vinte e cinco dias. Demorou. Há quem diga que as ações dos órgãos fiscalizadores aconteceram aos 48 minutos da prorrogação.  De qualquer forma, a estrela do PT de Porto Velho despencou do firmamento e dificilmente voltará a brilhar no cenário político. As pretensões de uma candidatura de Sobrinho a qualquer outro cargo eletivo, certamente, serão barradas pela Lei da Ficha Limpa.

Ao lado do chefe do Executivo municipal também estão a caminho do ostracismo, membros do alto escalão do Partido dos Trabalhadores em Rondônia. Outrora paladina da moralidade e dona de uma austeridade que beirava as raias da prepotência e arrogância, Mirian Saldaña, seguiu algemada para a sede da Superintendência da Polícia Federal. Dizem que chegou a passar mal ao ver agentes federais batendo às portas de seu “palácio”, quão grande era seu sentimento de impunidade.

Como o pobre ladrão que rouba a galinha para matar a fome, seguiram no camburão da Polícia Federal os ilustres secretários Israel Xavier, da Sempre, e Joelcimar Sampaio, da Semad. Dois outros nomes ovacionados como liderança no PT.

Israel, homem culto, dita criatura de princípios e conduta ilibada, professor universitário, é apontando como um dos caciques do esquema. Ele, Joelcimar e Mirian formavam a equipe de confiança e “arrecadação” de Roberto Sobrinho.  Os três faziam parte de um grupo com muitos membros treinados pela alta cúpula do PT para as mesmas assertivas: NÃO SEI NADA, SOU HONESTO, SOU VÍTIMA DA IMPRENSA GOLPISTA, JORNALISTA É ACHACADOR, ESSE PARTIDO AJUDA O POVO, entre outras grandes bobagens que se não combatidas tornam-se um mantra e, pior, passam a ser verdade.

Estes senhores e senhoras, contumazes na arte de lançar pedras provam agora que nada mais são do que porcada magra. Ansiavam estar no poder para usá-lo da mesma forma que outros: em benefício próprio.  Decepcionam aqueles que acreditaram na promessa de uma sigla partidária decente que chegaria às hostes dos poderes constituídos para mudar o Brasil e melhorar a vida dos brasileiros.

Tão lamentável quanto os desvios de milhões de reais dos cofres da municipalidade é a omissão dos 16 vereadores de Porto Velho. Vultosa quantia saia de forma irregular e nenhum deles teve a decência de realizar o dever imposto pelo cargo: o de fiscalizar. Nem Marina Carvalho (PSDB), nem Marcelo Reis (PV), nem Eduardo Rodrigues (PV), nem Elis Regina (PCdoB), nem Edmilson Lemos (PSDB), nenhum, nenhum livrou a população portovelhense de tamanho vexame e prejuízo.  Estavam os nobres parlamentares ocupados demais com suas reeleições para se preocupar verdadeiramente com o povo.

Enquanto a capital de Rondônia vai literalmente por água abaixo durante o período de inverno amazônico, os vereadores eleitos como representantes da população elaboram projetos como a construção de monumentos à santa da Igreja Católica. Na Suíça, onde a vida vai muito bem, o projeto seria de bom alvitre. Aqui, onde presenciamos fechamento de postos de saúde para inauguração de UPA´s, a ideia é de mal grado, patética e, de certa forma, revoltante.

Mas, esperemos que nesta nova legislatura, reeleitos e eleitos façam o dever de casa e não deixem para os Ministérios Públicos Estadual e Federal e Polícia Federal, a missão de fazer faxina.


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