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UMA ESPERANÇA

Sábado, 29 Março de 2014 - 11:01 | Gessi Taborda


UMA ESPERANÇA

Com 2,5 milhões de assinaturas, acaba de chegar ao Congresso um pedido de isenção de impostos para remédios. Já existe no Senado um projeto neste sentido, do senador Paulo Bauer, PSDB de Santa Catarina, mas não há jeito de colocá-lo em votação. Certa vez, o grande Joelmir Beting fez um estudo comparativo e descobriu que medicamentos veterinários pagam menos da metade dos impostos que incidem sobre remédios para seres humanos. E definiu a questão com uma frase definitiva: "É melhor entrar na farmácia latindo do que falando".



JOGADO FORA

Dia desses as instituições públicas de controle externo se manifestaram sobre os gastos de publicidade da prefeitura, recomendando parcimônia por parte do chefe do Executivo.
Na verdade o gasto com publicidade por instituições do estado, como o próprio governo estadual, as prefeituras, a assembleia legislativa, câmaras municipais, entre outros não precisavam gastar dinheiro (pequenas fortunas) com isso. Afinal, para que fazer propaganda desses órgãos se eles não enfrentam qualquer tipo de concorrência. Acontece que esse pessoal gosta de fazer publicidade por que o dinheiro para pagar isso não é deles. É do próprio povo.

ENDOIDOU


Recebi na tarde de ontem o informe dando conta que a prefeitura de lançou mais uma dessas campanhas absurdas, inventadas apenas para engabelar a opinião pública. “Vamos cuidar das nossas águas?” é o título da campanha lançada ontem, para marcar, como diz o informe, o Dia Mundial das Águas. Ou é galhofa ou o marqueteiro do “sôba” portovelhense anda fumando alguma coisa estranha. Numa cidade onde água servida e esgotos correm a céu aberto, isso sem falar dos canais totalmente entupidos e sem retificação existentes por toda a parte, como esse prefeito vem “convidar” a população para cuidar da nossa água? Sem dúvidas, o time do alcaide endoideceu de vez.

FAZENDO SABÃO


Desalojados pela cheia do Madeira e recolhidos em abrigos montados pela defesa civil terão, graças aos criativos membros do alto escalão de Mauro Nazif, uma alternativa de escapar da rotina dos acampamentos: eles vão aprender a fabricar sabão. Não, leitor. Não é piada. Transformar os desabrigados em “fabricantes” artesanais de sabão “faz parte do programa da prefeitura para incentivar e fortalecer as agroindústrias na capital rondoniense”. Essa afirmação estapafúrdia é de autoria de Leonel Bertolin, titular da Semagric.

CULPA DO RIO


Virou moda jogar a culpa dos problemas urbanos eternizados em nossa capital pela absoluta incompetência dos gestores público na conta do rio Madeira, que decidiu ser protagonista da maior cheia de sua história conhecida nesse ano.
Por isso a Semusa distribuiu ontem um balanço. “Onze unidades de saúde alagadas com água até o ar-condicionado, 12 bairros debaixo d'água, cerca de seis mil famílias atingidas (entre as que foram retiradas pela Defesa Civil e as que saíram por conta própria), 22 vias interditadas, fechamento de todos os poços da antiga sede do distrito de Jacy-Paraná, além do prejuízo avaliado em mais de R$ 1 bilhão. Essas são apenas algumas das consequências provocadas pela enchente deste ano do rio Madeira”, sublinhou.
Já foram confirmados pela Semusa, 17 casos de leptospirose dos 63 que estavam sendo investigados. Outra constatação é a ocorrência com mais frequência dos ataques de animais peçonhentos, como cobras escorpiões e aranhas. De janeiro a março já são 43 registros, sendo que 26 foram picadas de cobras (60,46%). A maior incidência foi em fevereiro quando aconteceram 22 ataques (14 são referentes a picadas de cobra).

SEM EPIDEMIA


Mas pelo menos, afirma o informe da Semusa, em se tratando de dengue e malária não aconteceu, como se previa, nenhum surto epidêmico. Isso em virtude das ações da própria Semusa: “Desde o final do ano passado a Semusa trabalha para evitar a ocorrência de epidemias de dengue e malária no município. E todo esse empenho foi recompensado quando olhamos os números. A tão anunciada epidemia de dengue e malária, que todo mundo falava que ia acontecer, não aconteceu”, registra o informe de Domingos Sávio, homem forte daquela Secretaria.
A partir de agora, alerta esse secretário, “a situação hoje piora a cada dia porque o rio não para de subir”.

NOTAS ECONÔMICAS

Duas das maiores exportadoras globais de açúcar, a americana Cargill e a brasileira Copersucar, fecharam um acordo para criar uma trading que unirá suas atividades de comercialização do produto bruto e refinado. Segundo o Valor, o acordo ainda precisa da aprovação de autoridades antitruste no Brasil e no exterior.
O BC revisou para cima as expectativas de alta nos preços para este ano e para 2015. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado ontem, o IPCA acumulado em 12 meses deve fechar 2014 em 6,1%. Para o próximo ano a expectativa é de alta de 5,5%.

VÃO APROVEITAR

Os deputados federais, senadores e outros políticos que andam de olho nas eleições de outubro estão pouco ligando para essa a enganação em que se transformou a tal “Transposição de Servidores” de Rondônia para a folha do governo federal. É uma situação de total desrespeito aos servidores e ao próprio estado de Rondônia. Se a tal lei fosse cumprida e permitisse a transposição dos milhares de servidores que chegaram a entregar suas opções dentro do prazo previsto, a união estaria simplesmente corrigindo uma injustiça com os rondonienses diante desse sistema utilizado para absorver servidores de estados que foram, até recentemente, territórios federais.
O assunto “transposição” foi utilizado como promessa de políticos em eleições passadas. Certamente nesse ano outros políticos em busca da reeleição deverão fazer a tradicional exploração oportunista dessa novela. A falta de caráter de muitos dos políticos rondonienses não tem limite.

ÁGUAS TURVAS


Se nada descarrilar do objetivo eleitoral do PMDB em Rondônia, a candidatura à reeleição de Confúcio Moura estará definida hoje na festa organizada pelo partido em Ji-Paraná. E certamente o nosso filósofo caipira de Ariquemes deverá aparecer nas próximas pesquisas liderando o primeiro lugar. Ele, como é notório, não tem de enfrentar uma oposição aguerrida, porque isso não existe em Rondônia.
Mas mesmo se surgir de imediato na liderança da disputa, isso não significa que Confúcio estará navegando em águas calmas. Muito pelo contrário.

TÁ RUIM, MAS TÁ BOM?


A péssima avaliação de seu governo, sua grande rejeição, será motivo de alarme durante todo o período da disputa. O péssimo relacionamento de Confúcio com os segmentos mais importantes dos servidores públicos dá sinais de que vêm mais problemas por ai.
Isso sem contar que no segmento político há previsão de chuvas e tempestades capazes de irritá-lo ao extremo e criar-lhe barreiras perigosas. E mesmo assim, nesse cenário de uma política desbotada, ele pode até escapar da guilhotina eleitoral, por que como canta Zeca Pagodinho numa de suas músicas, “Está ruim, mas tá bom”. Dependendo de vários fatores, a contagem regressiva para a saída de Confúcio pode ter começado.

GRANDE

Mais uma vez o prefeito andou fazendo promessas de transformar a cidade num paradigma para o Brasil. Porto Velho tem todo direito em quer ser grande, mas isso não vai acontecer tão cedo. A cidade tem um quartel em pleno centro (com um espaço militar para prática esportiva e ordem unida), têm problemas relacionados à sinalização do trânsito com faixas de pedestres depois dos semáforos, pontos de ônibus em locais inadequados, praças sem jardins e arborização. Sem mudanças estratégicas modernas, sem a presença de estadistas que parem de enrolar o povo e só pensar em reeleição não vamos sair desse atraso e desse aspecto de acampamento tão cedo.

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