Cidades
Caramujo africano gigante vira praga em Ouro Preto e prefeito não aplica legislação
Quinta-feira, 03 Fevereiro de 2011 - 10:05 | Alexandre Araujo
Com o período de chuvas, uma velha praga está mais uma vez se alastrando por vários bairros de Ouro Preto do Oeste. A infestação de caramujos africanos gigantes aumenta a cada ano e preocupa a população local por causa das doenças que o animal causa, enquanto a prefeitura através da Secretaria municipal de Saúde fica inerte para o problema, sem ao menos ter competência para orientar a população quanto ao risco que é a praga dos caramujos africanos.
O chamado caramujo africano (Achatina Fulica), ocupa normalmente terrenos baldios e áreas de cultivo de hortaliças. O molusco, que pode atingir 15 cm de comprimento e pesar até 200 g, se prolifera rapidamente e causa muitas dores de cabeça aos moradores.
A ameaça de infestação assusta, pois o animal é vetor de doenças graves pelo fato de hospedar dois tipos de vermes. O Angiostrongylus costaricensi é causador de sérios problemas abdominais que podem levar à perfurações no intestino e até à morte por hemorragia. O outro verme é o Angiostrongylos cantonensis, principal causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso.
Durante o dia, o animal se esconde do sol na terra. À noite, ele invade terrenos e chega sobe em árvores e paredes. O caramujo se reproduz sozinho e é capaz de colocar cerca de 2,5 mil ovos por ano. Além disso, não existe um predador natural para a espécie, o que dificulta o controle da praga.
O simples toque na "gosma" que ele solta pode causar doenças. Por isso, a recomendação é a de que as pessoas não recolham caramujos sem luvas ou sacos plasticos em hipótese alguma. O segundo passo é colocar os animais dentro de uma lata, quebrar as cascas e cobrir com cal virgem.
No bairro Jardim Bandeirante, próximo ao Hospital Municipal, os caramujos vêm se transformando em uma das grandes pragas locais. O morador Onofre Mariano chega a retirar 200 animais de seu terreno em dias de chuva. "Eles parecem brotar do chão", afirma. "Eu mantinha uma pequena horta em meu terreno, mas fui obrigado a acabar com tudo depois que os caramujos começaram a aparecer".
A história da chegada dos moluscos africanos ao País é uma tremenda picaretagem e foi apresentado em uma feira agropecuária como uma alternativa econômica ao escargot, molusco europeu usado na alta gastronomia. O interessado pagava entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e recebia 30 unidades do Achatina fulica, um vídeo que ensinava como criá-los, um kit ração e a promessa de ganhar dinheiro fácil em pouco tempo.
As pessoas acreditaram que revenderiam os caramujos para quem comercializou as matrizes, mas isso nunca aconteceu, os agricultores não sabiam o que fazer com uma quantidade enorme de caramujos, que se reproduzem rapidamente. Aí começaram a soltá-los em tudo quanto foi lugar, rios, terrenos baldios, lixões.
Veja o que diz o código de postura de Ouro Preto que não vem sendo aplicado
Art. 128 - Os terrenos nas áreas urbanas e de extensão urbana deste município, deverão ser, obrigatoriamente, mantidos limpos, capinados e isentos de quaisquer materiais nocivos à vizinhança e à coletividade.
§ 4º - Quando o proprietário de terrenos não cumprir as prescrições do presente artigo e dos parágrafos anteriores, a fiscalização municipal deverá intimá-lo a tomar providências devidas, dentro do prazo de cinco dias.
O chamado caramujo africano (Achatina Fulica), ocupa normalmente terrenos baldios e áreas de cultivo de hortaliças. O molusco, que pode atingir 15 cm de comprimento e pesar até 200 g, se prolifera rapidamente e causa muitas dores de cabeça aos moradores.
A ameaça de infestação assusta, pois o animal é vetor de doenças graves pelo fato de hospedar dois tipos de vermes. O Angiostrongylus costaricensi é causador de sérios problemas abdominais que podem levar à perfurações no intestino e até à morte por hemorragia. O outro verme é o Angiostrongylos cantonensis, principal causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso.
Durante o dia, o animal se esconde do sol na terra. À noite, ele invade terrenos e chega sobe em árvores e paredes. O caramujo se reproduz sozinho e é capaz de colocar cerca de 2,5 mil ovos por ano. Além disso, não existe um predador natural para a espécie, o que dificulta o controle da praga.
O simples toque na "gosma" que ele solta pode causar doenças. Por isso, a recomendação é a de que as pessoas não recolham caramujos sem luvas ou sacos plasticos em hipótese alguma. O segundo passo é colocar os animais dentro de uma lata, quebrar as cascas e cobrir com cal virgem.
No bairro Jardim Bandeirante, próximo ao Hospital Municipal, os caramujos vêm se transformando em uma das grandes pragas locais. O morador Onofre Mariano chega a retirar 200 animais de seu terreno em dias de chuva. "Eles parecem brotar do chão", afirma. "Eu mantinha uma pequena horta em meu terreno, mas fui obrigado a acabar com tudo depois que os caramujos começaram a aparecer".
A história da chegada dos moluscos africanos ao País é uma tremenda picaretagem e foi apresentado em uma feira agropecuária como uma alternativa econômica ao escargot, molusco europeu usado na alta gastronomia. O interessado pagava entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e recebia 30 unidades do Achatina fulica, um vídeo que ensinava como criá-los, um kit ração e a promessa de ganhar dinheiro fácil em pouco tempo.
As pessoas acreditaram que revenderiam os caramujos para quem comercializou as matrizes, mas isso nunca aconteceu, os agricultores não sabiam o que fazer com uma quantidade enorme de caramujos, que se reproduzem rapidamente. Aí começaram a soltá-los em tudo quanto foi lugar, rios, terrenos baldios, lixões.
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