Cidades
Cesar Cassol pede pressa no processo de transição
Terça-feira, 06 Novembro de 2012 - 10:33 | Denis Farias

Mesmo tendo montado a equipe de transição e enviado documento solicitando a nomeação ao atual prefeito, Tião Serraia, Cesar disse que até agora não obteve resposta e que a demora pode prejudicar o início de seu trabalho em janeiro do ano que vem. Questionado por Dorli, sobre o boato atribuído a Tião, de que ele trataria o novo prefeito tal como foi tratado por sua antecessora, Mileni Mota, Cesar disse que tem documentos que comprovam que a ex-prefeita abriu imediatamente o processo, ainda no ano de 2008.
Eu tenho provas de que a Mileni fez o dever de casa com ele. Abriu certinho as portas da prefeitura e sua equipe pode fazer um diagnóstico de como estavam as coisas. Essa demora é inaceitável. Precisamos saber onde estamos pisando para já tomarmos providências. Estive com um dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e ele me disse que existem regras e normais para isso, coisa que o atual prefeito não está cumprindo com a nossa equipe, argumentou.
Outro tema questionado por telespectadores nas duas emissoras foi quanto à coleta de lixo da cidade. O prefeito eleito foi categórico em afirmar que a situação só está ruim por ingerência da atual administração. Ele explicou que a licitação que contratou a empresa Coenco de forma terceirizada para realizar o serviço, acabou sendo suspensa pelo TCE em agosto deste ano, a pedido do Ministério Público, com suspeita de irregularidades e superfaturamento.
Os valores que seriam pagos a esta empresa estavam errados. Com menos da metade desse recurso poderia ser feito um trabalho muito melhor. Não sou contra a terceirização, mas com valores justos. Em Pimenta Bueno a prefeitura contratou dois caminhões para recolher o lixo por 28 mil reais/mês. O prefeito entra apenas com a mão de obra, fica muito mais barato. É uma alternativa que podemos fazer aqui e não gastar errado os recursos do nosso povo, disse.
Nas duas entrevistas, Cesar Cassol também fez questão combater a expansão desordenada do município, com a abertura de novos loteamentos. Segundo ele, nos últimos anos, Rolim de Moura recebeu dois desses empreendimentos sem qualquer infraestrutura (asfalto, rede de esgoto, de águas pluviais), o que deve onerar muito os cofres do município em alguns anos. Ele pediu para a população que não comprem esses terrenos, sob a alegação de que eles empobrecem o município e não trazem divisas para a região.
Me falaram que é uma empresa de Brasília. Grandes coisas. Pode ser da onde for. O problema é que estão fazendo com Rolim o mesmo que os EUA sofreram há alguns anos, a chamada bolha imobiliária. Eles começam a vender terrenos e acabam inflacionando o mercado. Sem falar que não tem qualquer infraestrutura. Daqui há alguns anos, a prefeitura é que será cobrada para fazer melhorias nessas regiões, o que é proibido por Lei. Por isso que eu peço, para que não comprem esses terrenos. Além do dinheiro ir embora da nossa cidade, você paga o terreno e ainda continua no aluguel. Melhor é financiar uma casa pronta na Caixa, que garante a compra do material aqui e você já sai do aluguel imediatamente, explicou.