Cidades
CRM denuncia falta de cirurgião em pronto socorro
Quinta-feira, 20 Outubro de 2011 - 10:37 | Assessoria
Apesar de ser hospital pronto socorro e atender a população de dez municípios, além da comunidade local, o hospital regional de Rolim de Moura não dispõe de cirurgião plantonista, segundo verificou o Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) em recente visita ao município, durante o projeto Cremero Itinerante.
A comitiva do Conselho, composta pela presidente Maria do Carmo Wanssa, pelo tesoureiro do CFM, Hiran da Silva Gallo, Almerindo Brasil de Souza, vice- presidente do CRM; Simi Mirian Bennesby Marques, tesoureira do Cremero, Valter Ângelo Rodrigues, segundo secretário; e Jorge Antonio Tenório da Silva, representante do CRM em Rolim de Moura.
Numa breve avaliação, Hiran Gallo parabenizou a diretoria do Cremero pela ação que vem sendo desenvolvida no interior. Segundo ele, em Rolim, mais de 38 médicos estiveram presentes na reunião, além do prefeito e do secretário municipal de saúde,
Infelizmente o quadro da Saúde naquele município não é nada animador. Médicos desmotivados e condições de trabalho aviltantes. O serviço público não tem atrativo porque paga pouco e não oferece condições de trabalho adequadas.
O que mais chamou a atenção do Conselho Regional de Medicina, segundo Hiran Gallo, foi a forma como está, principalmente, a área emergencial da Saúde em Rolim. Não tem cirurgião de plantão para emergência. Falei para o prefeito: espero que não seja vítima do seu próprio sistema. Um hospital de pronto socorro não ter cirurgião de plantão é inadmissível, principalmente para um hospital que atende a população local e de outros dez municípios.
Hiran Gallo chama atenção para a questão dos representantes políticos originários de Rolim (Valdir Raupp e Ivo Cassol) e afirma ser inadmissível uma cidade que já deu dois governadores a Rondônia e conta atualmente com dois senadores e uma deputada federal deixar a população relegada à própria sorte na saúde pública. Por serem de lá, deveriam olhar com mais carinho para a Saúde.
De acordo com Hiran, os médicos reclamaram também da ação do Ministério Público (MP) que, em ações corriqueiras, entra na intimidade dos pacientes, lêem prontuários e chegam a xerocopiar os documentos que são restritamente de acesso médico, que é a história dos pacientes, isso é ilegal quebra o sigilo da relação médico-paciente.
Todos os médicos denunciaram esse desrespeito. Não somos contra o trabalho do MP, mas não podemos permitir a quebra do sigilo médico.
Balanço de gestão
Num balanço dos dez meses da gestão Confúcio Moura, Hiran Gallo falou de sua decepção, dizendo que, por se tratar de um colega médico, a quem devotou confiança, esperava uma melhoria considerável na Saúde em todo o Estado. É um balanço triste, até porque o governador é médico, é uma pessoa boa que teve a confiança de muitas pessoas, mas não atendeu as expectativas na Saúde. Agora fala-se de privatização, não sou contra as melhorias, mas não posso aceitar que nosso Estado seja saqueado, acentuou.
Um exemplo é o caso dos anestesistas. O plantão era R$ 1,6 mil, e era um sacrifício para pagar, aí, na calada da noite, fazem uma licitação e pagam esse plantão que passou de R$ 1,6 mil para R$3,6 mil. Vê-se logo que alguma coisa está errada. Essa privatização é claramente para alguém se locupletar, e por isso não posso ficar calado. Tenho 32 anos de atuação na saúde de Rondônia, e não posso deixar de expressar minha indignação.
A comitiva do Conselho, composta pela presidente Maria do Carmo Wanssa, pelo tesoureiro do CFM, Hiran da Silva Gallo, Almerindo Brasil de Souza, vice- presidente do CRM; Simi Mirian Bennesby Marques, tesoureira do Cremero, Valter Ângelo Rodrigues, segundo secretário; e Jorge Antonio Tenório da Silva, representante do CRM em Rolim de Moura.
Numa breve avaliação, Hiran Gallo parabenizou a diretoria do Cremero pela ação que vem sendo desenvolvida no interior. Segundo ele, em Rolim, mais de 38 médicos estiveram presentes na reunião, além do prefeito e do secretário municipal de saúde,
Infelizmente o quadro da Saúde naquele município não é nada animador. Médicos desmotivados e condições de trabalho aviltantes. O serviço público não tem atrativo porque paga pouco e não oferece condições de trabalho adequadas.
O que mais chamou a atenção do Conselho Regional de Medicina, segundo Hiran Gallo, foi a forma como está, principalmente, a área emergencial da Saúde em Rolim. Não tem cirurgião de plantão para emergência. Falei para o prefeito: espero que não seja vítima do seu próprio sistema. Um hospital de pronto socorro não ter cirurgião de plantão é inadmissível, principalmente para um hospital que atende a população local e de outros dez municípios.
Hiran Gallo chama atenção para a questão dos representantes políticos originários de Rolim (Valdir Raupp e Ivo Cassol) e afirma ser inadmissível uma cidade que já deu dois governadores a Rondônia e conta atualmente com dois senadores e uma deputada federal deixar a população relegada à própria sorte na saúde pública. Por serem de lá, deveriam olhar com mais carinho para a Saúde.
De acordo com Hiran, os médicos reclamaram também da ação do Ministério Público (MP) que, em ações corriqueiras, entra na intimidade dos pacientes, lêem prontuários e chegam a xerocopiar os documentos que são restritamente de acesso médico, que é a história dos pacientes, isso é ilegal quebra o sigilo da relação médico-paciente.
Todos os médicos denunciaram esse desrespeito. Não somos contra o trabalho do MP, mas não podemos permitir a quebra do sigilo médico.
Balanço de gestão
Num balanço dos dez meses da gestão Confúcio Moura, Hiran Gallo falou de sua decepção, dizendo que, por se tratar de um colega médico, a quem devotou confiança, esperava uma melhoria considerável na Saúde em todo o Estado. É um balanço triste, até porque o governador é médico, é uma pessoa boa que teve a confiança de muitas pessoas, mas não atendeu as expectativas na Saúde. Agora fala-se de privatização, não sou contra as melhorias, mas não posso aceitar que nosso Estado seja saqueado, acentuou.
Um exemplo é o caso dos anestesistas. O plantão era R$ 1,6 mil, e era um sacrifício para pagar, aí, na calada da noite, fazem uma licitação e pagam esse plantão que passou de R$ 1,6 mil para R$3,6 mil. Vê-se logo que alguma coisa está errada. Essa privatização é claramente para alguém se locupletar, e por isso não posso ficar calado. Tenho 32 anos de atuação na saúde de Rondônia, e não posso deixar de expressar minha indignação.