Cidades
Grande operação de desocupação de fazendas tem prisões e ponte queimada em Nova Mutum
Terça-feira, 19 Outubro de 2021 - 14:49 | da Redação
Dois homens foram presos pela Polícia Militar nesta segunda-feira (18), durante a Operação Nova Mutum, que tem como objetivo de dar cumprimento nos mandados judiciais de reintegração de posse nas fazendas Arco-Íris, Boi Sossego, Três irmãos I e III, Norbrasil, Nova Esperança e Santa Carmem.
A abordagem da dupla aconteceu no fim da linha 23. Entre um dos presos, está um integrante da Liga dos Camponeses Pobres (LCP). Ele foi conduzido para a Delegacia Policial do distrito de Extrema pelo crime de organização criminosa.
Segundo a Polícia, há indícios de que o homem pertence e dá suporte a organização criminosa que se encontra instalada na região. Ele estava com aproximadamente R$ 2 mil em espécie, R$ 5 mil em cheque e uma nota promissória no valor de R$ 10 mil, um aparelho celular novo e uma motocicleta Honda Broz, que foi apreendida.
Ainda na segunda-feira, o patrulhamento preventivo rendeu na saída de algumas pessoas voluntariamente do local de litígio.
Nos primeiros dias também foi verificado a inutilização de pontes, que foram cerradas e queimadas, e tentativa de bloqueio de vias rurais com a derrubada de árvores pelos invasores, objetivando dificultar o trabalho de reconhecimento da região pelos integrantes da Operação Policial.
O patrulhamento aéreo do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) facilitou o reconhecimento de toda a região.
A missão
A Operação objetiva agir preventivamente na região, cessando e evitando ilícitos diversos com o patrulhamento ostensivo, dando o aporte de segurança necessária para a reintegração de posse da área em litígio, com o apoio na segurança dos oficiais de Justiça que executarão os mandados judiciais.
A Polícia informou que a operação deu início no dia 16 de outubro, com o lançamento de efetivo policial no terreno para efetivação do policiamento rural nas imediações do local de litígio, com o objetivo de controlar as estradas de acesso, buscando evitar a entrada de suprimentos e pessoas na região invadida.
Um levantamento feito pelas autoridades policiais apontou que mais de 400 famílias e aproximadamente três mil invasores estão na região.
Participam da operação a Polícia Militar, com suas diversas organizações policial administrativa e operacional, Corpo de Bombeiros Militar, Força Nacional de Segurança Pública, Núcleo de Operações Aéreas (NOA) da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) e outros.