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Juiz afirma que não há previsão para desinterditar Casa de Detenção de Ariquemes

Quarta-feira, 25 Março de 2009 - 19:12 | TJ-RO


Juiz afirma que não há previsão para desinterditar Casa de Detenção de Ariquemes
"Não há previsão para que a Casa de Detenção de Ariquemes seja desinterditada". A afirmação é do juiz Arlen José Silva de Souza, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ariquemes, que interditou parcialmente a unidade no último dia 16 de março. De acordo com o magistrado, para que o presídio seja liberado, muitas providências devem ser tomadas pelo Poder Executivo. "A unidade encontra-se superlotada e com péssimas condições sanitárias. Existem apenas dois extintores, com cargas vencidas, para atender todas as instalações que, atualmente, possuem 305 presos".

Segundo o juiz, para restabelecer o funcionamento do local, o Poder Executivo deve providenciar a construção de duas celas, além de atender a todas as exigências da Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, em especial as seguintes: reforma do telhado, parte elétrica, hidráulica-sanitária, construção da fossa séptica, combate a incêndio e pânico, construção de saídas de emergência.

Desde a interdição, a unidade passou a receber diariamente apenas dois presos. O juiz determinou ainda que detentos por prisão civil, infiel depositário e inadimplentes de pensão alimentícia não sejam levados para a Casa de Detenção e que os presos da Comarca de Buritis (RO), que encontram-se em Ariquemes, sejam levados de volta para Buritis.

Ainda de acordo com o juiz, uma parceria do Conselho da Comunidade de Ariquemes com a Vara de Execuções Penais está possibilitando uma série de benefícios aos presos, entre eles, ações de ressocialização. Na última segunda-feira (23/03) foram inauguradas duas salas, uma de inclusão digital e um mini-auditório. Sete cursos já foram realizados, entre eles, de pedreiro, de pintor, de ceramista e eletricista predial, todos com a parceira do Senai. Agora, com as novas instalações, os apenados terão mais três cursos: inclusão digital, marceneiro e corte e costura industrial. "O Conselho está sempre procurando alternativas para melhorar o sistema penitenciário", concluiu o magistrado.
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