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Mais presos podem fugir da casa de detenção de Vilhena, alerta OAB

Terça-feira, 17 Maio de 2011 - 16:04 | RONDONIAGORA


O caos continua na Casa de Detenção regional de Vilhena e novas fugas podem acontecer, alertou nesta terça-feira o vice-presidente da Subseção vilhenense da Ordem dos Advogados do Brasil, advogado José Eudes Alves Pereira. Segundo ele, mesmo com as recentes fugas, nenhuma atitude foi tomada, por parte do Poder Público para solucionar os problemas do sistema prisional local.



“Para se ter uma ideia do perigo, são os próprios presos que fazem reparos na estrutura física da casa de detenção. É como entregar o queijo aos cuidados do rato”, compara. O advogado alerta ainda para a questão da localização do presídio. “O presídio, que na verdade funciona improvisado numa casa de detenção provisória, fica localizado na região central da cidade e é cercado por residências. A fuga de um único preso representa risco extremo para os cidadãos”.

Três dias antes da fuga dos nove presos, que escaparam por um túnel, a diretoria da Subseção encaminhou relatório a executiva da OAB-RO alertando sobre as precárias condições da prisão e o perigo de fugas. “Foi divulgada matéria na imprensa sobre isso, mesmo assim nada foi feito”.

Segundo o relatório, mais de 300 presos, entre ladrões, homicidas, traficantes e estupradores, podem fugir, a qualquer momento, devido à fragilidade da estrutura física da prisão e ao pouco efetivo de agentes penitenciários.

“As celas estão com várias avarias, tanto na parte externa quanto interna. Os rebocos dos chumbadores e as grades (portas) estão danificados. As grades do banho de sol e o teto das celas estão vulneráveis, devido os ferros serem arrancados pelos detentos, ao longo do tempo, para a fabricação de armas artesanais”.

De acordo com José Eudes, a direção do presídio e a OAB-Vilhena já solicitaram a reforma da casa de detenção ou a construção de um presídio e o aumento do efetivo de agentes penitenciários. “Há a necessidade de remoção de pelo menos 100 presos, para aliviar a problemática da superlotação”, reitera o vice-presidente da OAB Vilhena.
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