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Com patrocínio da Energisa para grupos folclóricos, Governo adia Flor do Maracujá para fim de julho

Terça-feira, 04 Junho de 2019 - 14:24 | da Secom/RO


Com patrocínio da Energisa para grupos folclóricos, Governo adia Flor do Maracujá para fim de julho

O Arraial Flor do Maracujá não será mais realizado no final de junho e início de julho. A nova data do evento, considerado a maior festa junina da Região Norte, terá início em 26 de julho e segue até 4 de agosto. A informação é da própria Superintendência Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel) que disse ter feito acordo com os grupos folclóricos e a Federação de Quadrilhas e Bois-Bumbás de Rondônia (Federon).

Um dos impasses, o patrocínio e repasse aos grupos foi resolvido, segundo o Governo do Estado, que conseguiu patrocínio no valor de R$ 200 mil com empresa Energisa, para os custos de indumentárias, acessórios e alegorias dos grupos. A festa continuará no Parque do Tanques, em Porto Velho, contando com apresentações de quadrilhas e bois-bumbás, sob a realização do Estado de Rondônia e organização da Federon.

Na última semana, a federação chegou a publicar uma carta informando que não participaria do Flor do Maracujá neste ano por conta de ataques do superintendente da Sejucel à Federon “acusando-a, sem prova alguma, de fazer mal-uso do dinheiro arrecadado com o aluguel de barracas e de direitos de comercialização de produtos por ambulantes durante os festejos”.

Por outro lado, o superintende, Jobson Bandeira dos Santos, alegou que o fim da cobrança de alugueis de barracas e do estacionamento no Arraial Flor do Maracujá foi o principal motivo para a Federon anunciar que seus integrantes estariam fora da edição deste ano do Flor do Maracujá.

Na manhã desta terça-feira (4), em audiência pública na Câmara Municipal de Porto Velho, Jobson Santos anunciou a confirmação do recurso. “Ainda ontem à tarde, após termos apresentado a demanda ao governador Marcos Rocha, recebi a ligação dele confirmando que a empresa vai repassar o patrocínio aos grupos, garantindo desta forma até um valor superior ao que eles conseguiram no ano anterior, para que também possam repassar os 10% à Federação como filiados, o que mantém a entidade”.

Os valores que devem ser repassados aos grupos não passarão pelos cofres do Estado ou da Federação (já que se encontra inadimplente). Três grupos, o Anajupe (de quadrilha), e o Guarnecer e FBBROM (de bois-bumbás) estão adimplentes e serão denominados para a destinação do recurso e distribuição aos demais grupos de cada segmento.

“Nós já temos toda a estrutura de som, iluminação e arquibancadas garantida, e conseguimos três ônibus para o transporte dos grupos de acesso – já que o transporte para as quadrilhas e grupos de bois-bumbás foi dispensado pelos representantes e nós cancelamos o processo. Já garantimos também o pagamento de taxas e ambulância para atender a todos que forem ao evento. Se trabalhamos juntos, somos mais fortes”, disse o superintendente.

Para diminuir os preços de produtos oferecidos pelos permissionários de barracas durante a festa, a Sejucel não cobrará o aluguel que antes era cobrado pela Federon.

“Quanto às taxas de impostos, o maior preço a ser pago, dependendo da especificação do negócio a ser montado no local, será de R$ 500, e o menor será de R$ 100. Assim teremos comidas e outros produtos com preços acessíveis praticados no mercado”, declarou Jobson Santos.

Os valores arrecadados com as barracas serão destinados ao Fundo Estadual de Cultura, o que será revertido em investimentos para o crescimento do evento no próximo ano. Quanto ao estacionamento, os valores cobrados devem ser revertidos para alguma entidade filantrópica de Porto Velho. Os grupos e a Federon poderão ainda arrecadar com a venda de camarotes, com toda a estrutura montada pelo Governo do Estado. Com emendas parlamentares da deputada federal Mariana Carvalho (R$ 200 mil) e do deputado estadual Eyder Brasil (R$ 160 mil), ao todo o investimento gerido e aplicado pela Sejucel na Flor do Maracujá é de mais R$ 500 mil.

Para o vereador Alex Palitot, propositor da audiência, “o grande duelo deve acontecer na arena, onde bois-bumbás irão duelar, e as quadrilhas competir, em uma festa que gera economia criativa e promove a rica cultura popular, que faz parte da história do movimento na capital”.

Ainda nesta segunda-feira (3), o promotor de Justiça da Promotoria de Improbidade do Ministério Público de Rondônia, Geraldo Henrique Ramos Guimarães, reuniu-se com os representantes da Sejucel e da Federon para orientar sobre como ambas as partes devem proceder, sem ônus à população quanto ao evento cultural. “Sugiro que haja entrosamento entre os grupos e o governo, e trabalhem juntos em prol da cultura que é tão rica e importante para a identidade do nosso estado. Se regularizem com os processos de contas, procurem a Escola de Governo, façam cursos sobre prestação de contas, para que não haja mais impasses como este e a própria federação consiga a independência para a realização do evento com o apoio do poder público. A festa não pode deixar de acontecer”.

Rondoniagora.com

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