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Disciplina e segurança são as principais mudanças na antiga Escola Manaus, hoje militarizada

Quinta-feira, 17 Agosto de 2017 - 15:17 | da Redação


Disciplina e segurança são as principais mudanças na antiga Escola Manaus, hoje militarizada

Há três semanas da mudança de gestão e administração da antiga Escola Manaus para Colégio Tiradentes Unidade 7, em Porto Velho, a instituição de ensino já tem muitas mudanças, principalmente no quesito disciplina dos alunos e segurança da escola.



De aproximadamente 400 alunos matriculados, o número subiu para mais de 500. Não há mais vagas. Das 15 salas de aula, apenas sete estão em funcionamento. Em 2014 um temporal destelhou a maioria das salas desativadas e um incêndio destruiu uma delas. Um salão coberto será organizado para servir de academia de judô, aula que será ministrada por um dos militares da equipe da direção.

“Agora a presença policial na escola é 24 horas, a escola não fica mais abandonada à noite, principal horário em que os furtos e depredações aconteciam. O quadro de professores foi mantido, e foram abertas vagas apenas para preencher as turmas de 6º ao 9º ano que não tinha aluno. Os pais não queriam matricular os filhos em uma escola como estava a esta aqui”, diz a diretora administrativa.

De aproximadamente 400 alunos matriculados, o número subiu para mais de 500. Não há mais vagas. Das 15 salas de aula, apenas sete estão em funcionamento. Em 2014 um temporal destelhou a maioria das salas desativadas e um incêndio destruiu uma delas. Um salão coberto será organizado para servir de academia de judô, aula que será ministrada por um dos militares da equipe da direção.

Os alunos seguem o padrão disciplinar da militarização, que aos poucos está exigindo os cabelos dos meninos cortados e das meninas amarrados, o uniforme e o comportamento dentro da escola, assim como a participação da hora cívica, quando os alunos se reúnem em filas no pátio para o hino nacional.

“Os nossos alunos do EJA, à noite, são os que ainda apresentam um pouco mais de resistência, mas eu diria que uma resistência velada. Eles não falam isso abertamente. São adultos, e por isso exigimos mais a questão da ordem. Se não quer ficar em sala de aula, se quer sair da escola, não volta mais. A escola tem regras. Porque era assim que muitos saiam e voltavam trazendo a droga para dentro do ambiente escolar”, conta a tenente Cleíssa.

A gestão é compartilhada, entre Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesdec). A direção fica por conta dos militares, e a vice-direção continua sendo mantida por profissionais da Educação. “O que acontece aqui é que a escola em si não é violenta, a violência está no entorno do colégio, e é isso que está sendo controlado”, explica.

A tenente Cleíssa considera que a escola ainda não tem um regimento interno, e por isso ainda não está definido como será feito o processo seletivo para o próximo ano, mas adianta que certamente o comportamento e histórico escolar dos alunos serão levados em consideração na hora da matrícula.

“Nós pretendemos fazer uma página no Facebook, publicar o regimento como exemplo da Unidade 2, localizada em Jacy Paraná, que é uma escola modelo, onde o conselho escolar de pais e alunos é um dos mais eficientes. Com a página, vamos pedir a opinião da comunidade escolar para fazermos o nosso próprio regimento, e unirmos forças com os pais, responsáveis e alunos e fazermos dessa escola também um modelo”, conta.

Uma parceria com o Exercito foi firmada e uma limpeza de entulhos deve ser realizada no local com a mão de obra dos soldados. A merenda escolar está sendo divida de forma a atender todos os alunos, já que quando foi distribuída no início do ano, o número de alunos era menor que o atual.

Para manter o ensino fundamental desde o 1º ano, o capitão Suedi Rocha está em conversação com a Seduc e Semed para que sejam repassados os recursos de material didático e merenda escolar para a Unidade 7 e assim os alunos poderão continuar na mesma instituição. “Nós estamos fazendo o possível para não prejudicar esses alunos com essa transferência, mas mantermos todas as turmas, para acomodar a toda a comunidade”.

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