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EM SÃO CARLOS, NENHUMA RUA ESCAPOU DA ENCHENTE
Quarta-feira, 19 Fevereiro de 2014 - 10:07 | RONDONIAGORA
Trafegar de carro ou moto pelas ruas do Distrito de São Carlos, só depois que a cheia acabar. Na comunidade onde residem 510 famílias, noventa e sete estão desabrigadas e outras quarenta e cinco podem ter que abandonar suas casas a qualquer momento. O transporte é de pessoas é feito com auxilio de pequenas embarcações e as remoções de pertences com o apoio de um trator modelo Jerico, da prefeitura de Porto Velho.
O administrador do Distrito, Ednardo Medeiros, recebeu na semana passada o apoio de uma equipe da Defesa Civil. Na parte frontal da comunidade, a água está acima das janelas de casas e comércios e avançou em direção ao bairros. Em São Carlos a situação se complica porque o Distrito fica entre o Rio Madeira e o lago do Cuniã, que também transbordou aumentando a força da enchente.
Antonio Dias dos Santos, o Pernambuco, é um antigo morador da localidade. Desde que reside em São Carlos, ele afirma nunca ter visto tanta água no Madeira. “Nem 97 aconteceu isso aqui. Já faz mais de duas semanas que a água não baixa, só aumenta. Tem muita gente precisando de ajuda ali pra dentro”, observou.
Benjamim Nunes Leite, agricultor, ainda não sabe ao certo o tamanho do prejuízo que amargou por causa da cheia. A plantação de mandioca está praticamente perdida porque não há como colher nem escoar. “A roça tá alagada lá, não tem como tirar. Pouca coisa eu tirei, fico tudo debaixo d’água. Agora vou esperar acabar essa enchente e ver o que vai sobrar, mas acho difícil aproveitar muita coisa”, disse o agricultor.
Até a tarde desta terça-feira (18), a Defesa Civil não havia enviado mantimentos para os desabrigados no Distrito de São Carlos.
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