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Ginásio Cláudio Coutinho com obras paralisadas; Seduc explica situação
Segunda-feira, 03 Agosto de 2015 - 15:31 | RONDONIAGORA
“É frustrante ver que a nossa capital tem tão poucos espaços para a prática de esportes, e os poucos que tem são tratados com esse descaso. Cresci assistindo a campeonatos neste ginásio, e há cinco anos, ele está assim, abandonado”. O desabafo é do professor de Educação Física, Carlos Fernando Dantas Costa sobre as obras paralisadas do Ginásio Cláudio Coutinho, em Porto Velho.
Após 34 anos de sua inauguração, em 10 de abril de 1981, o Ginásio Cláudio Coutinho está fechado para reforma e ampliação. O contrato do Governo do Estado foi firmado com a empresa Engeron Construções e Serviços Ltda - EPP, em maio de 2014, e o prazo para a entrega do serviço era de 270 dias, mas no início de agosto a obra está parada.
Segundo apurou o RONDONIAGORA, o trabalho teria parado por falta de repasse de pagamento por parte do Estado. O valor da obra de ampliação e reforma ultrapassa o montante de R$ 4,5 milhões, e inclui a instalação de 3.800 cadeiras substituindo as arquibancadas de concreto, piso oficial, placar eletrônico, saídas de emergência ampliadas, cobertura termoacústica, lanchonete, estação de tratamento de esgoto, e todas as salas técnicas climatizadas. O Estado alega problemas técnicos, em uma situação já comunicada ao Tribunal de Contas.
Com o prazo de entrega já vencido, o andamento da obra indica que ainda será mais longo o período de espera para que o serviço seja concluído. “É uma vergonha. Recentemente eu fui a Cuiabá para assistir a um jogo da seleção brasileira de voleibol porque na nossa cidade não existe um local adequado para receber um torneio desse porte”, disse, indignado, o professor Fernando.
Comerciantes das redondezas também reclamam da violência por falta de segurança no local. “O cuidado aqui tem que ser redobrado, com o prédio abandonado o lugar serve de abrigo para marginais”, denunciou a comerciante Mary Jane.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), responsável pela gestão do ginásio, as obras foram paralisadas por questões técnicas por parte da empreiteira, e que o fato já foi comunicado ao Tribunal de Contas do Estado. A afirmativa é que, tão logo as pendências sejam resolvidas, as obras podem ser retomadas, com uma expectativa de que o serviço seja concluído ainda no segundo semestre deste ano.