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Instituição pede ajuda para manter casa de recuperação para mulheres dependentes químicas
Domingo, 24 Setembro de 2017 - 08:35 | da Redação
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Um desafio que poucos gostariam de assumir está sendo desenvolvido pelo Centro de Recuperação Geração Eleita, em Porto Velho. Após três anos trabalhando com mais de 20 homens ex-usuários de drogas, agora a instituição filantrópica está abraçando a causa feminina. Para isso, abriu mais um espaço para a mesma quantidade de mulheres que precisam e queiram o tratamento.
A terapia realizada no lugar, segundo a coordenadora da casa, Jaqueline Bastos dos Santos, é espiritual. “Quando elas chegam, procuramos ajuda profissional médica, marcamos exames, levamos no Caps e vemos se há necessidade de remédios para desintoxicação. Aqui elas vão ficar por seis meses, sem sair se não com acompanhamento, e trabalhamos o lado espiritual, oramos, realizamos cultos e como começamos agora, vamos desenvolver tarefas, como a panificação, que já é realizada com os homens no centro de internação masculino”, explica.
As duas casas alugadas são vizinhas, localizadas à Rua Abnatal Bentes de Souza (antiga Rua 6), no Bairro Agenor de Carvalho, e sobrevivem de doações, estando abertas para voluntários que possam atender os internos com serviços de atendimento médico, ginecológico, odontológico. A nova casa feminina precisa de móveis, um freezer para manter o material produzido como massas e recheios de salgados e pães, roupas, calçados, materiais de limpeza e higiene pessoal, mantimentos, enfim.
“Toda doação é bem-vinda. Eu vim há três dias para cá. Quero poder me curar e ajudar enquanto estiver aqui. Sei fazer pão, salgados, artesanato, e posso ensinar as colegas não só para vendermos, mas para ocuparmos a mente como uma terapia. Precisamos de ajuda. Somos seres humanos, e essa oportunidade é muito importante para mim”, declarou Sheila Lago Ferreira, 32 anos.
A mulher já tem um filho de 7 anos de idade, que está com a avó, e está no quarto mês de gestação do segundo filho. Essa é a 12ª internação de Sheila. “Eu fugia, desistia. Mas pelos meus filhos, pela minha vida, eu quero e vou conseguir sair dessa. Não é fácil... Passei por uma situação traumática aos 14 anos de idade. Fui violentada. Minha vida foi destruída a partir daquele dia. Mas eu não quero mais continuar assim, eu vou conseguir”.
Para quem quiser ajudar, o telefone da coordenadora Jaqueline é 99370-7429, ou pode procurar a equipe diretamente na casa. Toda ajuda pode fazer a diferença.
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