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JUSTIÇA FECHA LABORATÓRIOS DE MEDICINA E ENFERMAGEM DA UNIR
Sábado, 02 Março de 2013 - 07:36 | RONDONIAGORA com TRT
Em decisão liminar, a 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho determinou nesta sexta-feira (01/03) a imediata interdição dos laboratórios que atendem os cursos de Medicina e Enfermagem no Campus da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir), e do galpão onde funciona a marcenaria. A medida concedida em caráter de antecipação de tutela na Ação Civil Pública (ACP) interposta pela Procuradoria Regional do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região tem força de mandado.
A decisão é do juiz do trabalho substituto Carlos Antônio Chagas Júnior, que responde pela titularidade da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho e se baseou no resultado da inspeção judicial realizada pessoalmente nos Laboratórios de Anatomia, Enfermagem, na Marcenaria e blocos que atendem os respectivos cursos no final da quinta-feira(28). Na ocasião, o magistrado foi acompanhado do procurador do trabalho Bernardo Mata Schuch, auditores do trabalho Jakson de Almeida Silva e Arthur Marques Luz, procuradores da União, e da reitora, Maria Berenice Tourinho.
Na sua decisão, o juiz destaca que "sem a dignidade humana nem o direito à vida, nem o direito à educação podem ser usufruídos ou garantidos".
Laboratório de Anatomia
Vidros de formol vencidos desde 2008, filtros de máscaras vencidos desde 2010, insetos, poeira, tanque sujo, cerâmicas quebradas, falta de extintores de incêndio, ventilação precária e cadáveres em estado de decomposição, sem condições de uso para fins didáticos, foram as principais irregularidades encontradas na inspeção e relatadas na decisão judicial.
O juiz concedeu o prazo máximo de 30 dias para que a Reitoria cumpra as medidas de sanear os fatos descritos, sob pena de multa diária de R$ 5 mil a ser revertida em prol da comunidade.
Ao magistrado, o estudante do 2º ano de medicina, Uelington Jacson Fonseca da Costa, disse que o estoque de formol do laboratório de medicina está com data de validade vencida há 4 ou 5 anos, além dos "cadáveres estarem impróprios para as aulas e que pessoalmente limpava os blocos e pátios do bloco de medicina".
Os alunos não recebem EPI′s como máscaras e luvas antes das aulas práticas e ainda pagam do próprio bolso o seguro aula que é de competência do Ministério da Educação e Cultura. A informação foi confirmada também pelo estudante de enfermagem, Lunior Pereira da Silva Lopes de Mendonça, que fez um relato sobre as más condições de manutenção do laboratório do curso, que funciona sem refrigeração e com paredes mofadas. No local foi detectada muita poeira nas paredes e prateleiras, escalpe para soro sem qualquer proteção e várias caixas de medicamentos com datas vencidas.
Laboratório de Enfermagem
Considerado pelo magistrado como um atentado à dignidade humana, no local as autoridades encontraram um ambiente impróprio para a respiração com odor excessivo de mofo, sem qualquer ventilação, grossas camadas de poeira, escalpe com agulhas soltas, sem qualquer proteção. A central de ar encontrava-se inutilizada, móveis empilhados nos armários e diversos produtos e remédio vencidos desde 2008. Na mesma situação se encontrava o Laboratório de Enfermagem Materno Infantil.
Também foi dado o prazo de 30 dias para sanar os problemas encontrados e multa diária de 5 mil reais, por descumprimento.
Estrutura predial
O juiz confirmou na liminar a interdição de estrutura em fase de construção para o curso de Psicologia em frente ao laboratório de Medicina que serve de estacionamento, que apresentava diversas irregularidades como tijolos e lixo espalhados e sem cercas e tapumes de proteção.
A comitiva encerrou a inspeção com a verificação das instalações sanitárias, consideradas em boas condições de manutenção.
Antes da medida da interdição a reitora Maria Berenice Tourinho já defendia a prorrogação de prazos para promover a adequação necessária dos laboratórios como forma de evitar maior prejuízo ao calendário acadêmico, cujos aprovados no vestibular deste ano deveriam iniciar o ano letivo em maio de 2013.
A decisão é do juiz do trabalho substituto Carlos Antônio Chagas Júnior, que responde pela titularidade da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho e se baseou no resultado da inspeção judicial realizada pessoalmente nos Laboratórios de Anatomia, Enfermagem, na Marcenaria e blocos que atendem os respectivos cursos no final da quinta-feira(28). Na ocasião, o magistrado foi acompanhado do procurador do trabalho Bernardo Mata Schuch, auditores do trabalho Jakson de Almeida Silva e Arthur Marques Luz, procuradores da União, e da reitora, Maria Berenice Tourinho.
Na sua decisão, o juiz destaca que "sem a dignidade humana nem o direito à vida, nem o direito à educação podem ser usufruídos ou garantidos".
Laboratório de Anatomia
Vidros de formol vencidos desde 2008, filtros de máscaras vencidos desde 2010, insetos, poeira, tanque sujo, cerâmicas quebradas, falta de extintores de incêndio, ventilação precária e cadáveres em estado de decomposição, sem condições de uso para fins didáticos, foram as principais irregularidades encontradas na inspeção e relatadas na decisão judicial.
O juiz concedeu o prazo máximo de 30 dias para que a Reitoria cumpra as medidas de sanear os fatos descritos, sob pena de multa diária de R$ 5 mil a ser revertida em prol da comunidade.
Ao magistrado, o estudante do 2º ano de medicina, Uelington Jacson Fonseca da Costa, disse que o estoque de formol do laboratório de medicina está com data de validade vencida há 4 ou 5 anos, além dos "cadáveres estarem impróprios para as aulas e que pessoalmente limpava os blocos e pátios do bloco de medicina".
Os alunos não recebem EPI′s como máscaras e luvas antes das aulas práticas e ainda pagam do próprio bolso o seguro aula que é de competência do Ministério da Educação e Cultura. A informação foi confirmada também pelo estudante de enfermagem, Lunior Pereira da Silva Lopes de Mendonça, que fez um relato sobre as más condições de manutenção do laboratório do curso, que funciona sem refrigeração e com paredes mofadas. No local foi detectada muita poeira nas paredes e prateleiras, escalpe para soro sem qualquer proteção e várias caixas de medicamentos com datas vencidas.
Laboratório de Enfermagem
Considerado pelo magistrado como um atentado à dignidade humana, no local as autoridades encontraram um ambiente impróprio para a respiração com odor excessivo de mofo, sem qualquer ventilação, grossas camadas de poeira, escalpe com agulhas soltas, sem qualquer proteção. A central de ar encontrava-se inutilizada, móveis empilhados nos armários e diversos produtos e remédio vencidos desde 2008. Na mesma situação se encontrava o Laboratório de Enfermagem Materno Infantil.
Também foi dado o prazo de 30 dias para sanar os problemas encontrados e multa diária de 5 mil reais, por descumprimento.
Estrutura predial
O juiz confirmou na liminar a interdição de estrutura em fase de construção para o curso de Psicologia em frente ao laboratório de Medicina que serve de estacionamento, que apresentava diversas irregularidades como tijolos e lixo espalhados e sem cercas e tapumes de proteção.
A comitiva encerrou a inspeção com a verificação das instalações sanitárias, consideradas em boas condições de manutenção.
Antes da medida da interdição a reitora Maria Berenice Tourinho já defendia a prorrogação de prazos para promover a adequação necessária dos laboratórios como forma de evitar maior prejuízo ao calendário acadêmico, cujos aprovados no vestibular deste ano deveriam iniciar o ano letivo em maio de 2013.
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