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MAB: CHEIA DO RIO MADEIRA É INTENSIFICADA POR HIDRELÉTRICAS
Sábado, 08 Março de 2014 - 20:17 | Altino Machado
O Sistema de Proteção da Amazônia prevê que a cheia do Rio Madeira, que desabriga mais de 10 mil pessoas em Rondônia e cobre trechos da BR-364, isolando o Acre do restante do país, deve atingir nos próximos três dias a cota histórica de 19,20 metros, o que pode significar o quadro mais crítico da enchente.
A previsão do Sipam foi anunciada pela Defesa Civil de Rondônia com a ponderação de que haverá uma estabilização do nível do Madeira por um período de até trinta dias. Portanto, os primeiros sinais de vazante, segundo o coronel Lioberto Caetano, coordenador estadual da Defesa Civil, só devem ser observados em abril.
Embora as usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau represem o Madeira em Porto Velho, para o Sipam o volume de água é consequência da evolução de chuvas na bacia do Rio Mamoré e da vazão no Rio Abunã. Os consórcios responsáveis pela construção das hidrelétrica negam que a enchente seja decorrente da obra.
Mas o Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (Napra), do Movimento dos Atingidos por Barragens, afirma em nota que a inundação do Rio Madeira foi intensificada após ilegal e descompassado aumento dos reservatórios de água das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio ao juntarem-se com a época de chuva que recai sobre a região, dando incisiva causa ao alagamento que se estende de Guajará-Mirim a Calama.
Segundo o Napra, o represamento do Madeira é incoerente com o que foi alegado nos Estudos de Impacto Ambiental e, também, descumpre adendos levantados pelo Ministério Público Federal. A nota manifesta apoio, solidariedade, disposição e indignação frente a atual conjuntura que assola a população de Porto Velho e distritos ao longo do Médio e Baixo Madeira.
- Inúmeras famílias estão sendo atingidas e encontram-se em situação crítica -algumas localidades estão encobertas totalmente pela água-, sem nenhuma condição que tutele uma subsistência básica. Além de suas casas, seus pertences e outros prejuízos que a água tem os levado, estão restritos a água potável, alimentação, mobilidade, saúde e educação.
Há 20 anos, o Napra realiza trabalhos voluntários em conjunto com as comunidades ribeirinhas do Baixo Rio Madeira.
- Diante da urgência da situação, esperamos que o poder público local não meça esforços na assistência primária das famílias atingidas. Contudo, e de grande importância, visamos que as devidas responsabilidades e punições com relação a esse processo de inundação além do natural sejam devidamente averiguadas e cumpridas pede a organização dos atingidos por barragens.
Na avaliação do Napra, devido às barragens no Madeira, os problemas se agravarão e os prejuízos serão ainda maiores.
A BR-364, a única via terrestre de acesso do Acre ao restante do país, poderá ser totalmente bloqueada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes e a Polícia Rodoviária Federal. Uma lâmina d′água cobre parte da pista na região de Velha Mutum e Jacy-Paraná, sendo permitido apenas o tráfego de caminhões durante o dia. A pista já começou a ceder em alguns trechos.
Caso a BR-364 tenha que ser totalmente bloqueada, o abastecimento do Acre terá que ser feito parcialmente por via fluvial, o que demandaria uma segunda mudança, para ponto mais perto de Porto Velho, do atracadouro da balsa que faz a travessia no Rio Madeira, de Rondônia para o Acre.
Na semana passada, o decreto de situação de emergência no Acre assinado pelo governador Tião Viana (PT) foi acatado pela Defesa Civil Nacional, o que permite decisões e compras em caráter extraordinário.
O governo do Acre tem buscado logística para manter o abastecimento de gás, combustível e bens de consumo por vias terrestres, áreas e fluviais. As autoridades garantem que não haverá desabastecimento. Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) tem sido usados no transporte de hortifrutigranjeiros e outros produtos entre Rondônia e Acre.
A previsão do Sipam foi anunciada pela Defesa Civil de Rondônia com a ponderação de que haverá uma estabilização do nível do Madeira por um período de até trinta dias. Portanto, os primeiros sinais de vazante, segundo o coronel Lioberto Caetano, coordenador estadual da Defesa Civil, só devem ser observados em abril.
Embora as usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau represem o Madeira em Porto Velho, para o Sipam o volume de água é consequência da evolução de chuvas na bacia do Rio Mamoré e da vazão no Rio Abunã. Os consórcios responsáveis pela construção das hidrelétrica negam que a enchente seja decorrente da obra.
Mas o Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (Napra), do Movimento dos Atingidos por Barragens, afirma em nota que a inundação do Rio Madeira foi intensificada após ilegal e descompassado aumento dos reservatórios de água das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio ao juntarem-se com a época de chuva que recai sobre a região, dando incisiva causa ao alagamento que se estende de Guajará-Mirim a Calama.
Segundo o Napra, o represamento do Madeira é incoerente com o que foi alegado nos Estudos de Impacto Ambiental e, também, descumpre adendos levantados pelo Ministério Público Federal. A nota manifesta apoio, solidariedade, disposição e indignação frente a atual conjuntura que assola a população de Porto Velho e distritos ao longo do Médio e Baixo Madeira.
- Inúmeras famílias estão sendo atingidas e encontram-se em situação crítica -algumas localidades estão encobertas totalmente pela água-, sem nenhuma condição que tutele uma subsistência básica. Além de suas casas, seus pertences e outros prejuízos que a água tem os levado, estão restritos a água potável, alimentação, mobilidade, saúde e educação.
Há 20 anos, o Napra realiza trabalhos voluntários em conjunto com as comunidades ribeirinhas do Baixo Rio Madeira.
- Diante da urgência da situação, esperamos que o poder público local não meça esforços na assistência primária das famílias atingidas. Contudo, e de grande importância, visamos que as devidas responsabilidades e punições com relação a esse processo de inundação além do natural sejam devidamente averiguadas e cumpridas pede a organização dos atingidos por barragens.
Na avaliação do Napra, devido às barragens no Madeira, os problemas se agravarão e os prejuízos serão ainda maiores.
A BR-364, a única via terrestre de acesso do Acre ao restante do país, poderá ser totalmente bloqueada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes e a Polícia Rodoviária Federal. Uma lâmina d′água cobre parte da pista na região de Velha Mutum e Jacy-Paraná, sendo permitido apenas o tráfego de caminhões durante o dia. A pista já começou a ceder em alguns trechos.
Caso a BR-364 tenha que ser totalmente bloqueada, o abastecimento do Acre terá que ser feito parcialmente por via fluvial, o que demandaria uma segunda mudança, para ponto mais perto de Porto Velho, do atracadouro da balsa que faz a travessia no Rio Madeira, de Rondônia para o Acre.
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O governo do Acre tem buscado logística para manter o abastecimento de gás, combustível e bens de consumo por vias terrestres, áreas e fluviais. As autoridades garantem que não haverá desabastecimento. Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) tem sido usados no transporte de hortifrutigranjeiros e outros produtos entre Rondônia e Acre.
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