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PREFEITURA SÓ CONSEGUE ATENDER 40% DA CAPITAL
Domingo, 02 Fevereiro de 2014 - 09:43 | RONDONIAGORA
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PORTO VELHO TEM AS PIORES AVALIAÇÕES NO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em Rondônia, trinta e oito prefeituras aderiram ao programa logo na primeira fase, entre elas a prefeitura de Porto Velho, administrada pelo médico Mauro Nazif (PSB). Iniciada a fase de avaliação dos requisitos exigidos pelo governo federal para liberação de médicos para as cidades, a capital de Rondônia foi reprovada e ficou de fora da primeira fase que trouxe para Rondônia quarenta e sete médicos.
Em Rondônia, trinta e oito prefeituras aderiram ao programa logo na primeira fase, entre elas a prefeitura de Porto Velho, administrada pelo médico Mauro Nazif (PSB). Iniciada a fase de avaliação dos requisitos exigidos pelo governo federal para liberação de médicos para as cidades, a capital de Rondônia foi reprovada e ficou de fora da primeira fase que trouxe para Rondônia quarenta e sete médicos.
Por não cumprir algumas exigências do programa, como garantir hospedagem para os profissionais, a equipe de Nazif passou pelo vexame de ver municípios como São Felipe receber médicos e a capital não.
Em Ji-Paraná, por exemplo, quinze médicos desembarcaram na cidade no dia 5 de setembro, menos de dois meses após o lançamento do “Mais Médicos”. O fracasso na tentativa da inclusão do município no programa nacional, levou o prefeito a trocar o comando da Secretaria Municipal de Saúde, que tinha á frente na época, o também médico Macário Barros.
A nova equipe assumiu com o compromisso de recuperar o tempo perdido e trazer para a capital o primeiro grupo de médicos para suprir a necessidade, principalmente a zona rural. Só cento e vinte dias após a oferta do governo federal, é que Porto Velho recebeu sete médicos cubanos, que hoje atendem nos distritos como Calama, São Carlos e União Bandeirantes.
Inoperante, Semusa perde mais recursos
A falha maior da prefeitura na área da saúde não está nas trapalhadas do cadastro no “Mais Médicos”. Até hoje, os gestores da pasta arrancam os cabelos quando precisam prestar contas com o Ministério da Saúde sobre a cobertura de atendimento no programa Saúde da Família, carro chefe quando o assunto é liberação de verba para as cidades.
Os 428 mil habitantes de Porto Velho deveriam contar com uma cobertura de no mínimo 80%, porém, devido a falta de equipes, de estrutura e de planejamento, a Semusa atingiu somente 40% do atendimento exigido, ficando com uma das piores avaliações dentro do programa. "A gente precisava pelo menos dobrar o número de equipes para atender toda nossa demanda”, observa a diretoria da Unidade de Saúde da Família Ernandes Índio, Licia Souza, que coordena sete equipes com doze profissionais cada.
Consulta só em 12 dias na Zona Leste de PVH
A unidade de saúde de Licia de Souza, na zona leste, é responsável pela cobertura de seis bairros, um aglomerado de aproximadamente dezoito mil pessoas. Tanta gente para pouco oferta faz crescer a fila de esperar por uma consulta que chega demorar até doze dias para acontecer.
Lá a estrutura da unidade é outro problema. Hoje a sala da direção funciona dentro de um consultório médico.
Como em um raio X, o serviço de saúde ofertado pela prefeitura de Porto Velho a seus contribuintes, expõe os problemas que afetam diretamente que está na ponta do atendimento. Sem trocadilhos, seria possível afirmar que o setor sobrevive com a ajuda de aparelhos, como um paciente que luta pela vida.