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Presidente do Conselho Estadual de Saúde sai em defesa do Programa Mais Médicos

Quarta-feira, 19 Março de 2014 - 13:03 | Assessoria


O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Raimundo Nonato da CUT, fez um alerta aos prefeitos e secretários municipais de saúde que assinaram o Termo de Adesão do Programa Mais Médicos: “Esses gestores correm o risco de serem descredenciados do Programa e perderam os médicos para outros municípios, caso continuem descumprindo o acordo”.



O alerta, segundo Raimundo Nonato, é necessário para evitar contratempos administrativos que certamente colocarão em xeque saúde dos municípios devido a debandada de médicos para outras cidades. Segundo Raimundo, o Conselho Estadual de Saúde tem recebido denúncias diárias contra gestores que vão desde trabalho escravo e exigência de procedimentos que não são atribuição do Programa.

“É preciso fique claro que os médicos do Programa vieram para fazer atendimento básico e não procedimento de alta complexidade. O que vem acontecendo com frequência é secretários e prefeitos exigindo dos médicos do Programa atribuição estranhas aos seus objetivos. Isso tem gerado constrangimentos dos profissionais e muitos já acenam com a possibilidade de abandonar o município”, explicou.
POC
Raimundo Nonato também alertou à população sobre os atendimentos na Policlínica Osvaldo Cruz, inaugurada na segunda-feira 17, em Porto Velho, pelo Governo do Estado. Segundo ele, a nova dinâmica da POC, prevê que os procedimentos com especialistas só serão aceitos mediante agendamento pelos municípios de origem do paciente.

Essa situação, segundo ele, pressupõe duas situações: a primeira que não serão aceitos atendimentos oriundos da demanda espontânea e o os responsáveis pelos agendamentos devem tomar muito cuidado para não errarem a marcação das consultas para evitar transtornos e constrangimento nos pacientes.

“A saúde do Estado começa a entrar numa nova conjuntura. Todos os entes envolvidos do Sistema de saúde começam a planejar suas ações e para isso, toda a sequência, que começa na atenção básica, deve funcionar de maneira correta. Quando este planejamento for realmente incorporado ao atendimento tenho certeza de que a saúde do Estado dará um salto de qualidade, evitando, por exemplo superlotações nas UPAS da capital”, explicou.

Sobre a superlotação das UPAS da capital, Raimundo Nonato da CUT ainda ressaltou que o problema reside também na desinformação da comunidade. “UPA é para atendimento de urgência e emergência. O problema é que a comunidade está buscando atendimento ambulatorial nas unidades básicas de saúde do município, mas não encontram tratamento. Está na hora dos gestores descerem do pedestal, vestir as sandálias da humildade, e colocar as coisas para funcionar”, finalizou.
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