Geral
Projeto do MPRO estimula mercado de trabalho a superar diferenças
Sexta-feira, 21 Março de 2014 - 10:32 | Assessoria
Há seis meses, Yasmin, Nataniele e Vitória mudaram o rumo de suas vidas ao ingressarem no quadro de estagiários do Ministério Público do Estado de Rondônia. Com idades entre 18 e 21 anos, elas estão tendo sua primeira experiência de trabalho, assim como centenas de estudantes de Ensino Médio que são recrutados todos os anos para o quadro de estagiários administrativos da Instituição. A única diferença é que as três têm a chamada deficiência intelectual, ou seja, possuem limitações de aprendizagem, o que dificulta o exercício de algumas atividades e, por isso, muitas vezes são discriminadas no mercado de trabalho.
Além das atividades nos setores onde estão lotadas, elas começaram a receber atendimento psicológico, uma vez por semana, com apoio de uma estagiária de Psicologia, e estão previstos também encontros coletivos. É mais um benefício que o Ministério Público vai oferecer a elas, acentua Daniela.
A psicóloga Daniela Bentes afirma que por se tratar de um projeto piloto, ao longo de sua execução, serão necessários alguns ajustes. Desde já, entretanto, pode-se destacar a boa receptividade dos servidores que trabalham nos locais em que as três estagiárias foram lotadas: Procuradoria-Geral de Justiça, Corregedoria-Geral e Secretaria-Geral. Os servidores criaram laços afetivos com elas e se preocupam em atendê-las bem, afirma Daniela. Não há como se medir produtividade, mas elas têm aprendido muito desde que entraram no MP, acrescenta.
Além das atividades nos setores onde estão lotadas, elas começaram a receber atendimento psicológico, uma vez por semana, com apoio de uma estagiária de Psicologia, e estão previstos também encontros coletivos. É mais um benefício que o Ministério Público vai oferecer a elas, acentua Daniela.
Receptividade
Yasmim Maciel Reis e Vitória Rosângela Gomes da Silva Souza, ambas com 18 anos, têm Síndrome de Down, e devido às dificuldades de inclusão de pessoas especiais nas escolas convencionais, ainda dão os primeiros passos para aprender a ler e escrever. Isso, porém, não tem sido uma barreira no dia a dia do trabalho no MP.
O papel de acompanhamento mais aproximado do dia a dia das meninas é feito por tutoras. Vitória, lotada na Procuradoria-Geral de Justiça, tem como tutora a servidora Jocineide Monteiro da Silva Leite (a Juci). Para Juci, o desempenho de Vitória superou todas as expectativas. Ela é muito responsável, pontual e até cobra quando eu chego atrasada, brinca. As limitações para a realização de algumas atividades são superadas pelo carinho e o companheirismo dos seus colegas de trabalho. A ligação entre Juci e Vitória é tão forte que Vitória sentiu bastante sua falta no período de férias de fim de ano e já decidiu que daqui pra frente Juci só sairá de férias junto com ela. Tão entrosada está com os demais colegas de trabalho, que eles já preparam uma festa com direito a convite e um grande bolo de aniversário para comemorar seus 18 anos.
Assim também é com Yasmin Maciel Reis, de 18 anos, lotada na Corregedoria-Geral, carinhosamente tratada por todos os servidores do setor e que tem como tutora a servidora Darleide Glória Araújo Silva de Carvalho. Bastante comunicativa e sorridente, Yasmim é a mais velha de quatro irmãos e está feliz por ter a primeira oportunidade de trabalhar. Como não teve oportunidade de estudar normalmente na escola, alguns servidores se prontificaram a ensinar-lhe a escrever algumas palavras. Yasmin diz que gosta de todos e está adorando ter a primeira oportunidade de trabalhar.
Nataniele Queiroz Ribeiro, aos 21 anos, está cursando a 6ª série e já desempenha diversas atribuições como fazer o protocolo de processos, tirar fotocópias de documentos, entre outros trabalhos, e já consegue fazer pesquisas na Internet. Hilda Alves da Silva, tutora de Nati, diz que ela é muito produtiva e vem aprendendo rápido o que lhe ensinam. Nati também confirma que já aprendeu muita coisa e que, com certeza, a experiência pode lhe abrir outras oportunidades de emprego futuramente.
Convênio
O convênio entre o Ministério Público do Estado de Rondônia e a Sociedade Pestalozzi para execução do projeto MP Para Todos Iguais na Diferença foi firmado em junho de 2013, e assinado pelo Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar, e a presidente da entidade, Margarida Maria de Paula Rocha.
Com validade de 60 meses, o convênio prevê a inclusão de seis estudantes de ensino especial da Pestalozzi no quadro de estagiários do Ministério Público do Estado de Rondônia, fazendo jus a uma bolsa correspondente a R$ 300,00.
Os estagiários são recrutados após processo de seleção da Pestalozzi, entre os estudantes da entidade que apresentam condições de aprendizado e convívio em ambiente institucional, respeitando suas limitações e potenciais.
O Promotor de Justiça Éverson Antônio Pini acredita que a experiência vivenciada pelo Ministério Público pode ser adotada por outros entes governamentais. Nós não estamos promovendo inclusão, ao contrário, nós é que estamos nos incluindo na vida dessas pessoas, afirmou.
Além das atividades nos setores onde estão lotadas, elas começaram a receber atendimento psicológico, uma vez por semana, com apoio de uma estagiária de Psicologia, e estão previstos também encontros coletivos. É mais um benefício que o Ministério Público vai oferecer a elas, acentua Daniela.
A psicóloga Daniela Bentes afirma que por se tratar de um projeto piloto, ao longo de sua execução, serão necessários alguns ajustes. Desde já, entretanto, pode-se destacar a boa receptividade dos servidores que trabalham nos locais em que as três estagiárias foram lotadas: Procuradoria-Geral de Justiça, Corregedoria-Geral e Secretaria-Geral. Os servidores criaram laços afetivos com elas e se preocupam em atendê-las bem, afirma Daniela. Não há como se medir produtividade, mas elas têm aprendido muito desde que entraram no MP, acrescenta.
Além das atividades nos setores onde estão lotadas, elas começaram a receber atendimento psicológico, uma vez por semana, com apoio de uma estagiária de Psicologia, e estão previstos também encontros coletivos. É mais um benefício que o Ministério Público vai oferecer a elas, acentua Daniela.
Receptividade
Yasmim Maciel Reis e Vitória Rosângela Gomes da Silva Souza, ambas com 18 anos, têm Síndrome de Down, e devido às dificuldades de inclusão de pessoas especiais nas escolas convencionais, ainda dão os primeiros passos para aprender a ler e escrever. Isso, porém, não tem sido uma barreira no dia a dia do trabalho no MP.
O papel de acompanhamento mais aproximado do dia a dia das meninas é feito por tutoras. Vitória, lotada na Procuradoria-Geral de Justiça, tem como tutora a servidora Jocineide Monteiro da Silva Leite (a Juci). Para Juci, o desempenho de Vitória superou todas as expectativas. Ela é muito responsável, pontual e até cobra quando eu chego atrasada, brinca. As limitações para a realização de algumas atividades são superadas pelo carinho e o companheirismo dos seus colegas de trabalho. A ligação entre Juci e Vitória é tão forte que Vitória sentiu bastante sua falta no período de férias de fim de ano e já decidiu que daqui pra frente Juci só sairá de férias junto com ela. Tão entrosada está com os demais colegas de trabalho, que eles já preparam uma festa com direito a convite e um grande bolo de aniversário para comemorar seus 18 anos.
Assim também é com Yasmin Maciel Reis, de 18 anos, lotada na Corregedoria-Geral, carinhosamente tratada por todos os servidores do setor e que tem como tutora a servidora Darleide Glória Araújo Silva de Carvalho. Bastante comunicativa e sorridente, Yasmim é a mais velha de quatro irmãos e está feliz por ter a primeira oportunidade de trabalhar. Como não teve oportunidade de estudar normalmente na escola, alguns servidores se prontificaram a ensinar-lhe a escrever algumas palavras. Yasmin diz que gosta de todos e está adorando ter a primeira oportunidade de trabalhar.
Nataniele Queiroz Ribeiro, aos 21 anos, está cursando a 6ª série e já desempenha diversas atribuições como fazer o protocolo de processos, tirar fotocópias de documentos, entre outros trabalhos, e já consegue fazer pesquisas na Internet. Hilda Alves da Silva, tutora de Nati, diz que ela é muito produtiva e vem aprendendo rápido o que lhe ensinam. Nati também confirma que já aprendeu muita coisa e que, com certeza, a experiência pode lhe abrir outras oportunidades de emprego futuramente.
Convênio
O convênio entre o Ministério Público do Estado de Rondônia e a Sociedade Pestalozzi para execução do projeto MP Para Todos Iguais na Diferença foi firmado em junho de 2013, e assinado pelo Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar, e a presidente da entidade, Margarida Maria de Paula Rocha.
Com validade de 60 meses, o convênio prevê a inclusão de seis estudantes de ensino especial da Pestalozzi no quadro de estagiários do Ministério Público do Estado de Rondônia, fazendo jus a uma bolsa correspondente a R$ 300,00.
Os estagiários são recrutados após processo de seleção da Pestalozzi, entre os estudantes da entidade que apresentam condições de aprendizado e convívio em ambiente institucional, respeitando suas limitações e potenciais.
O Promotor de Justiça Éverson Antônio Pini acredita que a experiência vivenciada pelo Ministério Público pode ser adotada por outros entes governamentais. Nós não estamos promovendo inclusão, ao contrário, nós é que estamos nos incluindo na vida dessas pessoas, afirmou.