QUE PAÍS É ESTE? ONDE ESTÃO NOSSOS GOVERNANTES? CADÊ NOSSA SEGURANÇA?

* Por Luís Aquino

Dias atrás, voltando para casa, acabei entrando em um engarrafamento no conturbado transito de Porto Velho. Enquanto esperava paciente a lentidão fui surpreendido pelas sirenes de vários carros de polícia, polícia rodoviária federal, motos e até um helicóptero. Na confusão, os batedores de moto ziguezagueavam entre os carros fazendo sinais para dar passagem, o helicóptero pairava sobre os carros e podia-se ver policiais gesticulando e até mesmo xingando a gente lá de cima. Contei seis motos, duas radiopatrulhas e quatro carros da PRF, além do helicóptero. Finalmente o comboio passou e percebi que ia em direção ao presídio de segurança, chegamos à conclusão que era um condenado sendo conduzido do aeroporto para lá. Minha esposa comentou: ”puxa, quem dera que um cidadão cumpridor dos deveres e pagador de impostos tivesse esse mesmo tipo de segurança quando necessário”.

Estamos vivendo em tempos de inversão de valores, não temos segurança, ficamos presos dentro de nossas grades, cadeados, ferrolhos e portas de segurança enquanto os bandidos estão soltos lá fora. A prisão abre as portas para garantir os direitos humanos dos criminosos a polícia não chega a tempo quando precisamos dela e, se por acaso você for apanhado em uma blitz sem um documento de identidade, vai levado preso. Ai de você se tiver uma arma de fogo pra tentar se defender (na verdade não sou a favor de armas, mas os bandidos as portam livremente), vai preso!! Outro dia fui a uma padaria e qual foi minha surpresa ao ser atendido pelo proprietário atrás de uma porta com grade de ferro. Comentei a situação e ele me disse que sentia pena era da netinha dele que ficava chorando pedindo pra brincar na frente de casa...

Que país é este meu Deus?

O autor é Militar da Reserva da FAB
Moro há dezessete anos em um loteamento de chácaras residenciais. Nada sofisticado, apenas uma gleba e terra que foi loteada pelo dono de uma antiga fazenda e foi destinada a uso residencial ou de recreio. Como fica um pouco distante do centro, as ruas não são asfaltadas e não há linhas de ônibus, poucos são os que, como eu decidiram morar no local e há muitos terrenos desocupados (desocupados, mas não sem dono). Um dia comecei a notar que pessoas estavam construindo casebres com material reutilizado, cercando terrenos e começou uma discreta faina martelos, enxadas e pás. O movimento cresceu e um dia fui chamado à casa de um vizinho, empresário local, para uma reunião. A tal reunião era de proprietários de chácaras que estavam sendo INVADIDAS!!! Ahhh, então aquilo tudo era uma invasão!!! O objetivo da reunião era o de tentar organizar os proprietários para tomarmos medidas judiciais a fim de coibir a ação dos invasores. Decidimos formar uma associação de proprietários e começar através dela os tramites judiciais e legais para a reintegração de posse das áreas invadidas e proteger as outras visando impedir futuras invasões. Como nossa justiça é lenta os processos estão engatinhando, os proprietários quando tentam impedir uma ação contra suas propriedades são enfrentados pelos invasores e mesmo afugentados por eles. A polícia, quando solicitada, (pasmem) afirma nada poder fazer...

Ontem minha mulher foi buscar nossa filha no ponto de ônibus e voltou chocada; aproveitando o feriado, dezenas de pessoas estavam invadindo muitos terrenos, inclusive derrubando cercas. Hoje recebi um email que um vizinho difundiu para os proprietários contando que ao tentar impedir a invasão de um de seus terrenos, foi ameaçado, a polícia foi chamada e ele acabou preso por ter sido encontrada uma arma no seu carro (da qual ele sequer mencionou a existência). O dono foi preso e o invasor ficou rindo!!!

Umas três semanas atrás, fiquei sem energia devido a queda de um elo fusível na rede que alimenta minha subestação. Chamei a companhia de energia através de um call center, registrei a ocorrência e fiquei esperando, três horas e nada... Liguei de novo e através da conversa acabei descobrindo que o tal call center fica... ali, no Rio de Janeiro (eu moro em Rondônia!!) Pra encurtar a história fiquei vinte e seis horas sem energia... Os tais invasores roubam energia de postes a centenas de metros distante através de “rabichos”, eles tinham energia, eu que pago NÃO... Estou com medo, não tenho a quem recorrer...
Que país é este meu Deus?

O autor é Militar da Reserva da FAB