Réu confessa encontro com autores da morte de Chico Pernambuco, mas nega participação no crime

Acusado de mandar matar Francisco Vicente de Souza (Chico Pernambuco), o réu Katsumi Yuji Ikenohuchi Lema, começou a ser ouvido na manhã desta quinta-feira (18) no 1º Tribunal de Júri da Comarca de Porto Velho. Durante a sessão, ele afirmou que não tinha nenhum interesse na morte da vítima, mesmo após ter ouvido o depoimento de Henrique Ribeiro de Oliveira, que foi condenado a mais de 13 anos de prisão pelo crime.

Durante a exibição do depoimento de Henrique, Katsumi balançava a cabeça fazendo gesto negativo sobre o que Henrique falava para a delegada e os policiais investigadores.

Ele disse ainda que foi contratado por Marcos, mas quando chegou à cidade para efetuar o crime acabou reconhecendo ex-prefeito e desistiu. Henrique ainda garantiu que os veículos usados para dar fuga aos criminosos foram adquiridos por Marcos.

Durante a exibição do depoimento de Henrique, Katsumi balançava a cabeça fazendo gesto negativo sobre o que Henrique falava para a delegada e os policiais investigadores.

Depoimento Katsumi
Aparentando estar tranquilo durante o interrogatório, Katsumi Yuji Ikenohuchi Lema negou para a juíza ter participação do crime, afirmando que não mandou matar Chico Pernambuco e que não tinha interesse algum na morte do ex-prefeito.

Questionado sobre sua ligação com os outros condenados, Katsumi confirmou que conhecia apenas Marcos Ventura Brito por ser seu ex-cunhado. Ele confessou ainda que, antes do crime, Marcos e Henrique chegaram a ir até sua residência para falar sobre um projeto de manejo do outro lado do Rio Madeira.
Sobre a morte de Chico Pernambuco, Katsumi disse que estava em sua residência quando recebeu a ligação de sua mãe informando que o ex-prefeito teria sido morto. Sua reação segundo Katsumi foi susto e choque.

Durante a campanha de Chico Pernambuco, Katsumi disse que fez alguns favores para seu primo que é atual prefeito de Candeias do Jamari, Luiz Ikenohuchi, mas não chegou a trabalhar diretamente na campanha.

Após o interrogatório do réu o julgamento foi interrompido para o almoço e retorna agora a tarde para o debate entre o Ministério Público (MP) e advogados de defesa. Se houver necessidade haverá réplica e tréplica de 1 hora para cada. Em seguida os jurados se reúnem para a votação que decidirá que Katsumi é culpado ou inocente.