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Servidores da Idaron realizam assembleia em Ouro Preto e criam comissão de greve

Segunda-feira, 07 Novembro de 2016 - 16:39 | Da redação


Em assembleia geral extraordinária realizada na noite de sexta-feira (4) e na manhã de sábado em Ouro Preto do Oeste, no Teatro Municipal, em pleno mês da campanha de vacinação contra febre aftosa, o Sindicato dos Servidores de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Sinsid) deliberou sobre vários assuntos, inclusive a possibilidade de paralisação das atividades, estado de greve ou greve geral.

O presidente do Sinsid, José David Fantin, nomeou uma comissão de negociação de greve formada por servidores da Idaron para negociar com o governo as demandas da categoria que aguarda decisão de várias ações judiciais, entre as quais a que pleiteia ganho de insalubridade retirado de uma parcela de servidores, auxílio transporte, revisão no PCCR e almejam, principalmente, melhores condições de trabalho. Pelo que ficou definido na Assembleia Geral a comissão decidirá até a terça se vão se juntar aos demais sindicatos na paralisação geral do dia 11 de novembro, e também se indicará a paralisação das atividades ou a greve, caso as negociações não avancem.

Na Assembleia, foi relatado que nas unidades da IDARON não há mais condições de trabalho, pois não tem material de limpeza e papel higiênico; falta combustível para abastecer veículos e de acordo com o presidente do Sinsid tem escritório caindo e em condições deploráveis. “Hora não tem saldo pra um veículo, chega outro carro e também não tem. As unidades não tem zelador, tem unidade que há mais de ano não tem papel higiênico e material de limpeza. O Servidor que está fazendo serviço de zelador nos prédios porque não tem custeio para isso não”, relacionou David, as queixas dos servidores.

Funcionários também relataram na Assembleia que o hidroavião, barcos e carros utilizados na fiscalização de fronteira estão parados por falta de manutenção, e que nas áreas de fronteiras são os servidores que bancam algumas despesas de trabalho. Com o fim do convênio com o Fefa os reparos e manutenção deixaram de ser realizados.

Outro problema é a falta de pessoal e, segundo José David Fantin, devido ao baixo salário os servidores do quadro administrativo da Idaron contratados como “assistente de gestão” eram entre 160 a 170, mas hoje são pouco mais de 90 servidores. “A partir de 2012, quando o governo estadual aprovou o plano de salário os funcionários do administrativo foram saindo, passaram em outros concursos, estão na iniciativa privada ou trabalhando por conta. A carga dos que saíram ficou para os que continuam trabalhando”, denunciou. A escala de trabalho nos postos fronteiriços é outra condição gritante e desumana, segundo o dirigente do sindicato da categoria.

Os servidores que participaram da Assembleia reclamam que o comando da Idaron foi politizado nos últimos anos.

Uma paralisação na Idaron poderia comprometer a 41ª campanha de vacinação, tendo em vista que ainda tem uma semana para terminar o prazo para os produtores vacinarem, e depois vem à fase de fiscalização e fechamento de dados da campanha.

Outro lado

Pela assessoria de imprensa, a Idaron informou que está avaliando as reivindicações do sindicato e procurando atender conforme as possibilidades, mas salienta-se que a direção escolheu três servidores de carreira para comporem uma Comissão Mista junto com o sindicato, ou seja, a direção está aberta para negociações. No entanto, de acordo com a assessoria algumas reivindicações dependem de orçamento e, no caso de alteração de PCCR, precisa de aprovação da Assembleia Legislativa.

Rondoniagora.com

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