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Unidade de saúde Manoel Amorim de Matos vai mudar endereço mas permanece na Zona Sul de Porto Velho

Sexta-feira, 27 Outubro de 2017 - 14:52 | da Assessoria


Unidade de saúde Manoel Amorim de Matos vai mudar endereço mas permanece na Zona Sul de Porto Velho

A decisão faz parte de uma série de medidas adotadas nos últimos 40 dias pela Secretaria Municipal da Saúde (Semusa) de Porto Velho. Conforme a prefeitura, as ações já começam a produzir resultados mais satisfatórios e necessários para reverter a caótica situação que a atual gestão recebeu o setor.

Por conta disso, nos próximos dias, a Semusa vai transferir o funcionamento da unidade de saúde Manoel Amorim de Matos, do bairro Cohab, para uma unidade construída no bairro Castanheiras, também na Zona Sul da capital, que nunca foi ocupada mas já foi depredada por vândalos, e que passa atualmente por recuperação. A unidade Manoel Amorim de Matos está defasada e precisa passar por reparos.

De acordo coma prefeitura, a herança deixada pela administração passada foi um quadro dantesco: uma saúde com suas unidades básicas praticamente sem medicamentos, sem processos para aquisição, com apenas três ambulâncias funcionando e um descontrole administrativo em alta escala, que abria ralos e provocava a sangria de recursos públicos em vários pontos.

Foram meses de cobranças quase que obsessivas do prefeito Hildon Chaves para reparar equívocos, reorientar procedimentos e acabar com práticas deletérias à gestão pública. Para mexer no status quo, o secretário Orlando Ramires teve que enfrentar situações as mais adversas. Uma delas foi o reposicionamento do Centro Médico de Especialidades (CEM), que para fazer funcionar de maneira mais efetiva, foi acusado de tentar acabar com o atendimento especializado para a população porto-velhense.

O que havia era uma estrutura que contava com 51 médicos em apenas 13 consultórios. A produção era de 3,8 mil consultas por mês, a um custo que ia de R$ 300 a R$ 600 por consulta. A média diária de consulta por profissional era de 2,4 paciente, número que ‘quebraria’ qualquer consultório médico privado.

REMANEJAMENTO

Com a expertise de um profissional com mais de 30 anos de medicina, além de já ter sido secretário estadual de saúde e diretor-geral dos principais hospitais do Estado, o médico sanitarista Orlando Ramires passou a agir, primeiramente redistribuindo os especialistas em três unidades. No CEM ficaram 31 especialistas, dez foram remanejados para a Unidade de Saúde Hamilton Gondim e dez, principalmente pediatras, para a Unidade de Saúde Rafael Vaz e Silva que já foi no passado unidade de especialidades.

Apenas com esse remanejamento, o secretário Orlando Ramires espera um incremento acima de 50% no número de atendimentos, saltando de 3,8 mil para aproximadamente 12 mil atendimentos com especialistas.

Para dar mais transparência ao serviço, o secretário determinou que sejam enviadas cópias das escalas de plantão ao Ministério Público, ao Portal Transparência, ao Conselho Municipal de Saúde e ao gabinete do prefeito. “Vamos assegurar total transparência para evitar questionamentos e críticas infundadas”, observou.

REGULAÇÃO

Outra mudança, que impactará positivamente para a população foi no sistema de regulação, o serviço que transformou as filas físicas nas unidades de saúde em filas virtuais, isto é, com a regulação o paciente passou a acompanhar o andamento da fila no conforto de sua casa. Antes, quando o paciente procurava a unidade de saúde próxima de sua casa para agendar consulta com especialista no CEM e, ao chegar lá, se fosse pedido novo exame, ou indicada outra especialidade, esse paciente tinha que retornar ao final da fila e voltar à unidade de saúde para novo agendamento. A partir de agora não mais. Se houver necessidade de novo agendamento, será feito no próprio CEM.

Ramires também autorizou a aquisição de linhas de telefones celulares corporativos para fazer o contato com os pacientes e confirmar as agendas de consultas.

MEDICAMENTOS

Com relação ao estoque de medicamentos, um dos grandes problemas enfrentados pela atual gestão em todas as unidades de saúde, que tem acumulado reclamações ao prefeito Hildon da região do Baixo Madeira à Ponta do Abunã, deve ser regularizado em menos de um mês. “O estoque de medicamentos básicos, composto de 170 itens, sempre esteve em permanente desequilíbrio. Agora estamos equacionado essa situação. O soro fisiológico, por exemplo, temos 144.700 unidades, o suficiente para seis meses. Por esses dias, provavelmente neste fim de semana, estamos recebendo um milhão de captopril, usado no tratamento de pressão alta. Nos próximos 20 dias estaremos regularizando todo o estoque em nossas farmácias”, afirmou.

ECONOMIA

O ajuste e controle de gastos também deu boas respostas às cobranças do prefeito Hildon. Por meio de recursos administrativos, por exemplo, a Semusa conseguiu cancelar cerca de R$ 1,5 milhão em multas acumuladas desde 2012, a maioria aplicada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Isso permitiu a regularização da documentação de todas as ambulâncias do Samu.

Só nos últimos 40 dias, foram recuperados 14 veículos que estavam parados e estão em conserto outros 35, a um custo muito menor que os que eram pagos anteriormente. Cinco ambulâncias também foram recuperadas. Com a implantação de um controle mais rigoroso de combustível, nestes 40 dias foram economizados dez mil litros de óleo diesel e cinco mil de gasolina.

De acordo com o diretor Administrativo da Superintendência de Gastos Púbicos (SGP), Alexandro Miranda Pincer, isto é combustível suficiente para abastecer, por exemplo, com óleo diesel todo o maquinário da secretaria de Obras (Semob) ou da Secretaria da Agricultura (Semagric) ao longo de uma quinzena, e de gasolina todos os veículos da Semob e dos distritos, além de motos, roçadeiras, motosserras, barcos, voadeiras e rolos compactadores (sapo) por um período de um mês.

ORGANIZAÇÃO

Segundo o secretário Orlando Ramires, já se pode dizer que hoje a rede municipal da saúde “está organizada”. Ele admite a existência de “buracos que precisam ser tampados aqui e ali”, citou a unidade de saúde José Adelino, no bairro Ulysses Guimarães, como um desses locais, mas garante que no geral “foram ou estão sendo corrigidos problemas que se avolumaram ao longo de 15 anos de descaso”. O secretário disse que está procurando atender a orientação do prefeito Hildon Chaves de “criar políticas permanentes de saúde pública e não a marca pessoal transitória de um secretário”.

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