Polícia
Assassino que jogou corpo do namorado em poço já havia se mudado para casa do amante
Sábado, 30 Setembro de 2017 - 10:23 | da Redação
Dener Mendonça Soriano, 20 anos, o assassino confesso do próprio parceiro, Miguel Ângelo Ribeiro Borges, 41 anos, contou os detalhes sobre o latrocínio que aconteceu na madrugada de sexta-feira (29) no Bairro Socialista, Zona Leste de Porto Velho.
Dener envolveu o corpo de Miguel em dois lençóis e arrastou até um poço existente no quintal da residência, onde o jogou na intenção de ocultar o cadáver. Por cima do corpo, ainda jogou vários objetos e fechou o poço com pedaços de telhas e madeiras. O assassino limpou todos vestígios de sangue que ficaram na casa, e permaneceu no local.
Nesse momento, o criminoso se apossou de um objeto perfuro cortante e desferiu dois golpes na garganta da vítima, que correu para o banheiro. Dener conta que foi para o quarto e trancou a porta. Depois de um tempo, o assassino saiu do cômodo e foi verificar onde estava a vítima, que já havia morrido, caída no chão do banheiro.
Dener envolveu o corpo de Miguel em dois lençóis e arrastou até um poço existente no quintal da residência, onde o jogou na intenção de ocultar o cadáver. Por cima do corpo, ainda jogou vários objetos e fechou o poço com pedaços de telhas e madeiras. O assassino limpou todos vestígios de sangue que ficaram na casa, e permaneceu no local.
Os planos de Dener eram de sair da residência e ir morar com outro homem, a quem conheceu em uma rede social. O novo companheiro se ausentou da cidade para acompanhar o pai em tratamento de saúde, mas antes de viajar já havia reservado um apartamento para os dois, localizado na Avenida Rio de Janeiro, pois Dener alegava que os avós que eram proprietários da casa onde morava (a casa da vítima) haviam morrido e o tio (a vítima) estava brigando pela posse do imóvel.
Na manhã de sexta, por volta das 6 horas, o “amante” do assassino chegou do Acre, onde estava acompanhando o pai, e foi direto da rodoviária para a residência da vítima, onde Dener o aguardava. Dener estava queimando as roupas da vítima quando o amante chegou, e disse que pertenciam ao seu pai que havia morrido há pouco tempo e queria se desfazer das peças. Disse ainda ao amante que teriam que realizar a mudança no mesmo dia. Saíram por volta das 11 horas em busca de um caminhão para fazer a mudança e voltaram às 16 horas, iniciando a retirada de todos os pertences da casa.
O amante foi questionado pela Polícia se conhecia a vítima, mas disse que, das duas vezes que esteve na residência para visitar Dener, apenas uma vez o encontrou, quando chegava na casa e a vítima estava de saída. Dener teria dito ao amante que Miguel era seu tio.
Um vizinho e amigo de Miguel achou estranha a movimentação e questionou Dener se os dois estavam de mudança. O assassino respondeu apenas que sim. A testemunha estranhou o fato de Miguel não estar junto realizando a mudança. Assim que o caminhão saiu com destino ao novo apartamento, o vizinho seguiu o veículo até o local, e imediatamente telefonou para outro amigo da vítima questionando se sabia da mudança.
A segunda testemunha ligou para a irmã de Miguel. A mulher havia tentado contato com o irmão por várias vezes e não havia conseguido. Ela contou que recebeu uma mensagem via aplicativo on-line por volta das 15 horas de sexta e achou os dizeres esquisitos, sendo que a segunda testemunha também recebeu a mensagem. Nesse horário a vítima já estava morta, e provavelmente as mensagens foram enviadas pelo assassino, desligando o telefone da vítima em seguida.
A irmã de Miguel acionou a Polícia e contou que não estava conseguindo o contato com o irmão, e que Dener havia levado todos os móveis e eletrodomésticos do irmão para o apartamento indicado pela testemunha. A Polícia abordou Dener e o amante nas proximidades do local, e chegando no endereço constatou o fato, sendo esclarecido o crime pelo assassino.