Polícia
GUGA VERDADEIRO CONFESSOU PARA POLÍCIA TER CONVERSADO COM BETO BABA, MAS MESMO ASSIM, DELEGADOS INDICIARAM FILHO DE HERMÍNIO SEM QUALQUER PROVA
Terça-feira, 10 Setembro de 2013 - 19:44 | RONDONIAGORA
Titular da 11ª Promotoria de Justiça de Porto Velho, o promotor Tiago Cadore dedicou 16 páginas de seu relatório final com as denúncias contra investigados da Operação Apocalipse, para assegurar a inocência de Roberto Rivelino Guedes Coelho, filho do deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) e que foi preso por orientação da Polícia Civil, que convenceu o juízo da vara de Tóxicos do envolvimento do rapaz com o crime organizado. Nada foi comprovado e pior: a Polícia sempre soube que “Guga” como também é conhecido, sempre foi inocente no caso. A injustiça foi tão grande que mesmo após a imprensa denunciar o caso, baseada em relatos dos advogados de defesa, a Polícia obteve a confissão do verdadeiro “Guga”, identificado como José Augusto Diogo Leite. Ele confessou que era o interlocutor da conversa gravada por policiais com Alberto Ferreira Siqueira, o “Beto Babá” e que causou a prisão do filho de Hermínio. Mesmo assim a Polícia não comunicou imediatamente o juízo e muito menos o Tribunal de Justiça. O “Guga” verdadeiro sequer foi investigado, informou o promotor Tiago Cadore.
“Isto é, realmente o "GUGA" apontado como ROBERTO RIVELlNO na representação policial deferida pelo Juízo era outra pessoa (JOSÉ AUGUSTO) e, por aquele fato determinante indicado na representação, prendeu-se, sim, o "GUGA errado. Esse "outro GUGA" (José Augusto) que a SESDEC tanto assegurou pela mídia ser mais um alvo da investigação, simplesmente não consta nos autos como investigado (sequer foi apontado na representação pelas medidas cautelares criminais. Foi ele, como dito linhas atrás, apenas interrogado no dia 28/08/2013 e, mais nada. Pelo menos de acordo com os documentos juntados a estes. 55 volumes do presente inquérito policial. Infelizmente, pelo apurado depois daquele dito telefonema interceptado no mês de maio de 2012 ("Beto" x "Guga" - obtenção de contracheque na Câmara Municipal), deduziu-se que aquele interlocutor apelidado de "GUGA" seria ROBERTO RIVELlNO e, daí em diante, "voltaram-se as baterias" investigativas contra o alvo errado; e ainda assim, nada se provou contra ele”, diz o representante do Ministério Público. Confira a seguir o que diz o MP na denúncia apresentada nesta terça-feira:
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