Mulher que explorava sexualmente menores do Acre continua presa em Porto Velho

Edilene P. C., de 39 anos, continua presa, acusada de explorar sexualmente quatro adolescentes, em um bar no distrito de União Bandeirantes, em Porto Velho. As vítimas informaram aos policiais que no local funcionava uma casa de prostituição e que elas eram obrigadas a fazer sexo em troca de dinheiro.

De acordo com a delegada que investiga o caso, Janaína Xander Wessel, o inquérito policial instaurado contra Edilene já está sendo finalizado e será encaminhado para o Ministério Público (MP) nos próximos dias. “Nós já estamos em fase final para concluir os trabalhos sobre esse crime cometido contra essas adolescentes. A proprietária do bar vai responder por exploração sexual e por fornecer bebida alcoólica para menores de 18 anos que também é crime”, disse a delegada.

A delegada explica que os exploradores geralmente aliciam as vítimas prometendo um bom dinheiro com o trabalho de prostituição. “Nesse caso específico dessas vítimas que não são de Porto Velho, chegaram ao local, e se depararam com várias regras e nada daquilo que foi prometido existia. Elas criam uma dívida porque tudo é cobrado delas pela a aliciadora e o dinheiro apurado com a exploração fica todo para a proprietária do estabelecimento”, finalizou a delegada.

O caso

De acordo com o boletim de ocorrência, uma das adolescentes conseguiu fugir da casa de prostituição e foi até a Delegacia pedir ajuda na última quinta-feira (27). Bastante nervosa ela relatou que teria sido recrutada por Edilene no Estado do Acre para seguirem a União Bandeirantes no dia 19 deste mês.

A vítima disse que a promessa era de que ela iria para o distrito trabalhar como garota de programa e o transporte para chegar ao local foi pago por Edilene, que também prometeu moradia e alimentação para a adolescente.

Chegando ao local, ela e as amigas foram surpreendidas com várias regras. Disse ainda, que chegou a fazer cinco relações sexuais, e o dinheiro pago pelos clientes foi repassado para Edilene como quitação de uma dívida.

Ainda de acordo com a ocorrência, a adolescente relatou que ela e as amigas não podiam sair da casa, caso contrário, teriam que pagar uma multa.

Cansada das regras, a vítima decidiu fugir do local e foi até a delegacia pedir ajuda. Ela disse ainda que no local, teriam ficado mais três amigas que não conseguiram fugir.